Dia Mundial do Livro | Os livros favoritos da nossa equipa

Por: Bertrand Livreiros a 2019-04-23 // Coordenação Editorial: Marisa Sousa

Aldous Huxley

Aldous Huxley

Aldous Huxley (1894-1963) é um escritor visionário e um dos mais astutos guias nos meandros do futuro da civilização. Romancista, crítico e ensaísta, autor de uma vasta obra, corria-lhe nas veias um profundo interesse pela ciência, que se reflectiria na sua obra mais famosa, Admirável Mundo Novo. Estudou Literatura em Oxford, depois de ter contraído uma grave infeção ocular na adolescência, e foi professor de Eric Arthur Blair (George Orwell), em Eton. Repartiu a sua vida entre a Itália, a França e os EUA, país que o perturbou pela sua mescla de hedonismo e de puritanismo. De satirista social e figura próxima do Grupo de Bloomsbury, nos anos 20, às suas experiências com a mescalina e o LSD, nos anos 40 e 50, e à viragem para o pacifismo e para o misticismo, reinventou-se continuamente e é hoje tido por um dos maiores escritores do século XX.

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Joseph Mitchell

Joseph Mitchell (1908-1996) foi um dos jornalistas da The New Yorker que certamente mais contribuiu para marcar o tom e o estilo desta mítica revista americana. Foi sobretudo através dos chamados Perfis, como o de Joe Gould, que Mitchell trouxe às páginas da revista uma infindável galeria de vencidos da vida, vagabundos, bêbados, artistas falhados, donos de bares, e ainda o dono de um circo de pulgas amestradas, uma mulher barbuda, um vendedor de baratas de corrida e outras personagens dos bairros populares e dos cais – gente de Nova Iorque, tão viva e imprevisível como a gente de Dublin de Joyce, ou as personagens de Gogol, dois escritores que ele muito apreciava.

Nascido na Carolina do Norte, Mitchell chegou a Nova Iorque aos vinte e um anos, em 1929. Durante nove anos, trabalhou para vários jornais da cidade, iniciando a sua galeria de tipos, que haveria de prosseguir na The New Yorker, onde entrou em 1938, e onde se manteve até à sua morte.

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José Saramago

José Saramago

Prémio Nobel de Literatura, 1998

Autor de mais de 40 títulos, José Saramago nasceu em 1922, na aldeia de Azinhaga.
As noites passadas na biblioteca pública do Palácio Galveias, em Lisboa, foram fundamentais para a sua formação. «E foi aí, sem ajudas nem conselhos, apenas guiado pela curiosidade e pela vontade de aprender, que o meu gosto pela leitura se desenvolveu e apurou.»
Em 1947 publicou o seu primeiro livro que intitulou A Viúva, mas que, por razões editoriais, viria a sair com o título de Terra do Pecado. Seis anos depois, em 1953, terminaria o romance Claraboia, publicado apenas após a sua morte.
No final dos anos 50 tornou-se responsável pela produção na Editorial Estúdios Cor, função que conjugaria com a de tradutor, a partir de 1955, e de crítico literário.
Regressa à escrita em 1966 com Os Poemas Possíveis.
Em 1971 assumiu funções de editorialista no Diário de Lisboa e em abril de 1975 é nomeado diretor-adjunto do Diário de Notícias.
No princípio de 1976 instala-se no Lavre para documentar o seu projeto de escrever sobre os camponeses sem terra. Assim nasceu o romance Levantado do Chão e o modo de narrar que caracteriza a sua ficção novelesca. Até 2010, ano da sua morte, a 18 de junho, em Lanzarote, José Saramago construiu uma obra incontornável na literatura portuguesa e universal, com títulos que vão de Memorial do Convento a Caim, passando por O Ano da Morte de Ricardo Reis, O Evangelho segundo Jesus Cristo, Ensaio sobre a Cegueira, Todos os Nomes ou A Viagem do Elefante, obras traduzidas em todo o mundo.
No ano de 2007 foi criada em Lisboa uma Fundação com o seu nome, que trabalha pela difusão da literatura, pela defesa dos direitos humanos e do meio ambiente, tomando como documento orientador a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Desde 2012 a Fundação José Saramago tem a sua sede na Casa dos Bicos, em Lisboa.
José Saramago recebeu o Prémio Camões em 1995 e o Prémio Nobel de Literatura em 1998.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou postumamente, a 16 de novembro de 2021, José Saramago com o grande-colar da Ordem de Camões, pelos "serviços únicos prestados à cultura e à língua portuguesas", no arranque das comemorações do centenário do nascimento do escritor.

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Anthony Doerr

Anthony Doerr

Anthony Doerr é autor de Toda a Luz Que Não Podemos Ver, romance premiado com a Andrew Carnegie Medal, o Alex Award e o prémio Pulitzer, das coletâneas de contos Memory Wall e The Shell Collector, e ainda de About Grace e Four Seasons in Rome. Vencedor dos prémios O.Henry Award, Rome Prize, New York Public Libraryís Young Lionís Award, National Magazine Award e Story Prize, a Granta considerou-o um dos melhores jovens romancistas americanos. Nascido e criado em Cleveland, no Ohio, Anthony Doerr vive em Boise, no Idaho, EUA, com a mulher e os dois filhos.

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Jane Austen

Jane Austen

Importante romancista inglesa (1775-1815) cuja escrita marca a passagem do Neoclassicismo para o Romantismo. Quando era ainda criança, escreveu novelas para a família, em parte publicadas em Love and Friendship and Other Early Works (1922). Na produção literária desta autora são considerados dois períodos: de 1796 a 1798, em que escreveu Sense and Sensibility (Sensibilidade e Bom Senso) e Pride and Prejudice (Orgulho e Preconceito), publicados em 1811 e 1813, respetivamente; e a partir de 1811, com a escrita de Mansfield Park (1814), Emma (1816) e Persuasion (Persuasão, 1818).

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Vergílio Ferreira

Vergílio Ferreira

Romancista e ensaísta português, natural de Melo (Gouveia), nasceu em 1916 e morreu em 1996. Estudou no Seminário do Fundão, licenciou-se em Filologia Clássica na Universidade de Coimbra e exerceu funções docentes no Ensino Secundário. Notabilizou-se no domínio da prosa ficcional, sendo um dos maiores romancistas portugueses deste século.
Literariamente, começou por ser neo-realista (anos 40), com "Vagão Jota" (1946), "Mudança" (1949), etc. Mas, a partir da publicação de "Manhã Submersa" (1954) e, sobretudo, de "Aparição" (1959), Vergílio Ferreira adere a preocupações de natureza metafísica e existencialista. A sua prosa, que entronca na tradição queirosiana, é uma das mais inovadoras dos ficcionistas deste século.
O ensaio é outra das grandes vertentes da sua obra que, aliás, acaba por influenciar a sua criação romanesca. Temas como a morte, o mistério, o amor, o sentido do universo, o vazio de valores, a arte, são recorrentes na sua produção literária. Além disto, Vergílio Ferreira deixou-nos vários volumes do diário intitulado "Conta-Corrente". Das suas últimas obras destacam-se: "Espaço do Invisível", "Do Mundo Original" (ensaios), "Para Sempre" (1983), "Até ao Fim" (1997) e "Na tua Face" (1993). Recebeu o Prémio Camões em 1992.

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J. K. Rowling

J. K. Rowling

J. K. Rowling é a autora da série de livros Harry Potter, que definiu uma época e que continua a ser extremamente popular, bem como de vários romances isolados e de uma série de policiais publicada sob o pseudónimo Robert Galbraith. Quando teve a ideia para escrever a história de Harry Potter num comboio que viajava atrasado em 1990, a autora concebeu as linhas gerais da série e depois escreveu os sete livros que a compõem, sendo que o primeiro, Harry Potter e a Pedra Filosofal, foi publicado no Reino Unido em 1997. A série demorou mais dez anos a ser completada e foi concluída em 2007, com a publicação de Harry Potter e os Talismãs da Morte. Após a publicação de cada livro, seguiram-se as respetivas adaptações cinematográficas, que foram estrondosos sucessos de bilheteira. Os livros da série Harry Potter já venderam mais de 600 milhões de exemplares em todo o mundo e foram traduzidos para mais de 80 línguas. A par da série, J. K. Rowling escreveu três pequenos livros relacionados com ela e cujas receitas reverteram para instituições de solidariedade, incluindo Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los, que, mais tarde, inspirou uma nova série de filmes protagonizada pelo magizoologista Newt Scamander. A história de Harry já em adulto teve continuidade em palco na peça Harry Potter e a Criança Amaldiçoada, que J. K. Rowling escreveu com o dramaturgo Jack Thorne e o encenador John Tiffany, e que está atualmente em cena em variadíssimos locais por todo o mundo. Em 2020, J. K. Rowling voltou a escrever para o público infantil com o conto de fadas O Ickabog, cujas receitas a autora doou à sua fundação de caridade, a Volant, para ajudar instituições de solidariedade social a aliviar os efeitos sociais da pandemia por COVID-19. O seu mais recente livro infantil, O Porquinho de Natal, foi publicado em 2021. J. K. Rowling recebeu muitos prémios e galardões pelos seus trabalhos, incluindo a Excelentíssima Ordem do Império Britânico e a Ordem dos Companheiros de Honra, a Ordem Nacional da Legião de Honra, o Prémio Hans Christian Andersen e o Prémio Príncipe das Astúrias. A autora apoia um grande número de causas humanitárias através da Volant e fundou a Lumos, uma instituição de caridade infantil internacional. J. K. Rowling vive na Escócia com a família. Para saber mais sobre J. K. Rowling, visite jkrowlingstories.com.

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George Orwell

George Orwell

George Orwell, pseudónimo do escritor Eric Arthur Blair, nasceu na cidade de Motihari, na então Índia britânica, a 25 de junho de 1903, tendo-se mudado para Inglaterra com a família, ainda durante a infância. Escritor e jornalista, Orwell é uma das mais influentes figuras da literatura do século xx. Defensor incondicional da liberdade humana e acérrimo opositor do totalitarismo, inscreve-se no panorama literário com as obras Dias Birmaneses (1934) e Homenagem à Catalunha (1938). Mas será, sem dúvida, com Quinta dos Animais (1945) e Mil Novecentos e Oitenta e Quatro (1949), duas narrativas com uma atualidade assombrosa, que o autor alcança o reconhecimento internacional. Morreu de tuberculose, em Londres, a 21 de janeiro de 1950.

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João Leal

João Leal

João Leal nasceu em Lisboa, em 1973. Estudou Teologia e trabalha com livros há mais de duas décadas. É casado com Joana, tem duas filhas e vive em Belas, Sintra.

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10%

Alçapão
11,99€
10% CARTÃO LEITOR BERTRAND

20%

1984
14,00€
20% CARTÃO LEITOR BERTRAND
PORTES GRÁTIS

20%

Ensaio sobre a Cegueira
18,85€
20% CARTÃO LEITOR BERTRAND
PORTES GRÁTIS

10%

O Segredo de Joe Gould
15,50€
10% CARTÃO LEITOR BERTRAND
PORTES GRÁTIS

10%

Toda a Luz que Não Podemos Ver
23,90€
10% CARTÃO LEITOR BERTRAND
PORTES GRÁTIS

10%

Harry Potter e a Pedra Filosofal
15,90€
10% CARTÃO LEITOR BERTRAND
PORTES GRÁTIS

20%

As Intermitências da Morte
17,75€
20% CARTÃO LEITOR BERTRAND
PORTES GRÁTIS

10%

Orgulho e Preconceito
18,90€
10% CARTÃO LEITOR BERTRAND
PORTES GRÁTIS

10%

Para Sempre
17,70€
10% CARTÃO LEITOR BERTRAND
PORTES GRÁTIS

10%

Admirável Mundo Novo
18,50€
10% CARTÃO LEITOR BERTRAND
PORTES GRÁTIS

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Hoje, 23 de abril, celebramos o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor. Esta data, tão especial para qualquer apaixonado por livros, foi instituída pela UNESCO, em 1995, com o objetivo de incentivar hábitos de leitura e reconhecer a importância que os livros têm para todos nós.

Abrimos-lhe um pouco a porta do nosso mundo e perguntámos à equipa Bertrand que costuma estar deste lado quais são os seus livros favoritos de sempre. Será que algum dos seus livros está nesta lista? Descubra quais são, afinal, os livros que têm lugar cativo no coração da nossa equipa.

 

ALÇAPÃO, DE JOÃO LEAL

Para Ana, a obra de João Leal encabeça a sua lista de favoritos “pela forma como a história me tocou, mas também pela capacidade do autor em fazer com que todas as histórias se cruzem com a do personagem principal, e pelo final absolutamente surpreendente”.Considerado um “thriller fantástico e repleto de suspense”Alçapão foi a primeira escolha de Ana Castanheira. A primeira parte desta obra vai ao encontro de Rodrigo, relatando a sua vida traumática no colégio de S. João. O leitor passa a ser espetador dos maus tratos e da violência praticados no orfanato. A dada altura, Rodrigo e Jorge, o seu único amigo, são arrastados para uma série de crimes que orientam a narrativa para situações sobrenaturais, relacionadas com um misterioso alçapão.

 

1984, DE GEORGE ORWELL

Este é livro predileto de Beatriz Sertório, que o leu pela primeira vez quando tinha 15 anos. Escrito em 1949, a distopia de Orwell retrata um mundo oprimido pelo poder do totalitarismo, da manipulação política e da vigilância constante, sufocante e subjugante. Escrito há 70 anos, mas com uma pertinência e atualidade quase assustadoras, para Beatriz, ‘este foi o livro que me fez querer estudar literatura”.

 

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA, DE JOSÉ SARAMAGO

“Só devemos ler Saramago quando estivermos realmente preparados”. Foi assim que Marisa Sousa justificou a sua escolha. Depois de uma relação difícil com Memorial do Convento, livro imposto na escola secundária, a distopia de Saramago passou a fazer parte dos seus favoritos. “Devorei-o de um fôlego, numa noite. Depois não consegui dormir, como se me tivesse apercebido da cegueira”.

Situado num universo onde a cegueira é como um vírus, uma doença que se alastra e nos dá a ver o pior e o melhor de nós, Ensaio sobre a Cegueira está também na lista de favoritos de Beatriz, por ter sido o livro que lhe mostrou que “na literatura tudo é possível”.

 

O SEGREDO DE JOE GOULD, DE JOSEPH MITCHELL

Composto por duas crónicas, separadas por décadas e publicadas originalmente no “The New Yorker”, O Segredo de Joe Gould foi escolhido por João Leal, por ser “uma poderosa e breve metáfora acerca da criatividade e do estranho fascínio que os escritores exercem sobre o público”. Vindo de uma das mais importantes famílias de Massachusetts, este homem largou tudo para viver nas ruas de Nova Iorque, enquanto escrevia “História Oral do Nosso Tempo”.

De burguês a “sem-abrigo genial”, o segredo a que se refere o título resulta da busca, feita pelos seus amigos, após a morte de Gould, em 1957, na tentativa de encontrar o famoso manuscrito pelo qual ficou conhecido – e revelado por Mitchell na segunda parte desta obra.

 

TODA A LUZ QUE NÃO PODEMOS VER, DE ANTHONY DOERR

França, 1944. As bombas caem, os edifícios soterraram as personagens – a libertação de Sant-Malo do domínio alemão foi assim: brutal. E, então, Doerr volta atrás no tempo e as personagens são crianças. Marie Laure ainda não é cega, Werner ainda desconhece a Juventude Hitleriana. E os seus mundos vão-se progressivamente complicando, arrastando-os para o meio de uma guerra maior do que a que travam consigo próprios, conduzindo-os até aquele momento inicial em que mundo se desmorona e as suas vidas se cruzam. Toda a Luz que Não Podemos Ver é a escolha de Raquel Neves, que nos garante ser “um livro brilhante e profundamente comovedor”.

 
HARRY POTTER E A PEDRA FILOSOFAL, DE J. K. ROWLING

Uma obra incontornável para muitos da nossa equipa, o primeiro livro da coleção de J. K. Rowling marcou a infância de tantos outros e incentivou o gosto pela leitura de várias gerações. “Um livro que mudou tudo”. É impossível, garantem-nos, não querer acompanhar a história do pequeno Harry que, depois de uma infância miserável na casa dos tios, recebe o melhor presente de todos: magia. “Quando li o livro pela primeira vez, tinha a mesma idade que as personagens e estava a começar numa escola nova, com pessoas que não conhecia. Harry Potter e a Pedra Filosofal foi uma espécie de fuga”, confessam-nos por aqui.

 

AS INTERMITÊNCIAS DA MORTE, DE JOSÉ SARAMAGO

À semelhança de Marisa, Sónia Paulino encontrou, em As Intermitências da Morte, o ponto de viragem na sua relação com a escrita de José Saramago. No meio de uma história de amor um tanto sobrenatural, o autor cria uma panóplia de situações imaginárias, baseadas no que aconteceria se, porventura, a Morte se cansasse de exercer a sua principal atividade. Começando com a provocação “no dia seguinte ninguém morreu”, o autor divaga sobre a obsessão da eternidade, a desvalorização da mortalidade e as suas consequências, numa sociedade onde não se pode morrer. Para Sónia, “o mundo que Saramago criou a partir desta ideia é um dos melhores exemplos do motivo deste ser um dos melhores autores que Portugal teve”.

 

ORGULHO E PRECONCEITO, DE JANE AUSTEN

Um livro que nos chega de 1813, Orgulho e Preconceito e que se transformou no predileto de Raquel Bronze, ‘por ser o romance que me fez olhar para os clássicos com outros olhos, sem preconceito”. A história de amor irreverente de Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy permanece a favorita de muitos, até aos dias de hoje, pelo seu sarcasmo e crítica à sociedade do séc. XIX – argumentos que também o levam a ser um dos livros favoritos de Sónia“a ironia de Austen mostra que foi uma mulher muito à frente do seu tempo”.

 

PARA SEMPRE, DE VERGÍLIO FERREIRA

Para Sempre é a obra escolhida por Sara Branco. Conta a história de um homem que, no fim da sua vida, regressa à casa onde esteve na sua infância, conhecendo a sua história comum, à distância mas com a intensidade de uma vida inteira. As memórias acabam por ser, para Paulo, uma necessidade de se esvaziar da vida. ao mesmo tempo que procura uma palavra que lhe resuma a vida, que a justifique, que lhe dê sentido.

“Páginas inteiras de uma escrita frontal, sentida, solitária, que nos envolve no universo de Paulo”, o livro de Vergílio Ferreira, escrito em 1985, é, para Sara, “Muito mais do que possa parecer, é um hino à vida e a tudo quanto tem dentro”.

 

ADMIRÁVEL MUNDO NOVO, DE ALDOUS HUXLEY

No top de preferências da nossa equipa figura outro clássico da literatura contemporânea: Admirável Mundo Novo, escrito em 1932. À semelhança de 1984, mantém-se tão atual como quando foi publicado. Filipa Contente escolheu-o precisamente por “se adequar tão bem aos nossos dias”, ao colocar o Homem num patamar de subjugação em relação às suas invenções, num mundo distópico onde a ciência e a tecnologia deixaram de estar ao seu serviço, tornando-se, pelo contrário,  seus amos.

Nesta obra, confrontamo-nos com a felicidade artificial, condicionamentos sociais e manipulação. “Estas questões são apresentadas de forma impressionante, por Huxley, obrigando sempre o leitor a repensar sobre as mesmas”, acrescenta Filipa.

 

Agora que já sabe um pouco mais sobre as nossas paixões, conte-nos quais são as suas.

 
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