Memorial do Convento
de José Saramago
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Grátis
Sobre o livro
«Um romance histórico inovador. Personagem principal, o Convento de Mafra. O escritor aparta-se da descrição engessada, privilegiando a caracterização de uma época. Segue o estilo: "Era uma vez um rei que fez promessas de levantar um convento em Mafra... Era uma vez a gente que construiu esse convento... Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes... Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido". Tudo, "era uma vez...". Logo a começar por "D. João, quinto do nome na tabela real, irá esta noite ao quarto de sua mulher, D. Maria Ana Josefa, que chegou há mais de dois anos da Áustria para dar infantes à coroa portuguesa a até hoje ainda não emprenhou (...). Depois, a sobressair, essa espantosa personagem, Blimunda, ao encontro de Baltasar. Milhares de léguas andou Blimundo, e o romance correu mundo, na escrita e na ópera (numa adaptação do compositor italiano Azio Corghi). Para a nossa memória ficam essas duas personagens inesquecíveis, um Sete Sóis e o outro Sete Luas, a passearem o seu amor pelo Portugal violento e inquisitorial dos tristes tempos do rei D. João V.» (Diário de Notícias, 9 de outubro de 1998)
Caligrafia da capa por JOSÉ MATTOSO
Comentários
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Uma promessa, um convento, uma passarola...
Para mim, como para muitos portugueses, este foi o meu primeiro contacto com uma obra de Saramago. A primeira coisa que chama a atenção é a sua escrita invulgar e por vezes de difícil intendimento. Mas passado isso o leitor é presenteado com uma excelente história que nos obriga a pensar e refletir de uma forma tão pouco ortodoxa, como só Saramago sabe fazer.
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A não perder
Um livro absolutamente incrível que nos envolve a cada página.
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Leitura essencial
Este foi o primeiro livro que li de Saramago e nunca consegui perceber a razão porque tantas pessoas parecem não gostar dele. Até consigo entender que, possivelmente, não seja o melhor livro para ter um primeiro contacto com este autor e talvez não seja a leitura mais apelativa para alunos do secundário, altura em que a maior parte das pessoas o lê (e por obrigação, o que também não ajuda) mas também não concordo que devamos "descer ao nível" dos alunos ao dar-lhes apenas livros mais fáceis para ler, para que não se afastem da leitura por causa de uma experiência negativa. Posto isto, o "Memorial do Convento" não é, de forma alguma, um livro enigmático, aborrecido ou difícil de entender. Em vez disso, é mordaz, é engraçado e crítico de um modo que continua a ser profundamente atual. Quase não há uma única página do meu exemplar que não tenha uma citação sublinhada, por me ter identificado com ela, por ter gostado ou simplesmente achado provocadora e/ou engraçada (e sim, Saramago é engraçado). A única razão porque dou 4 estrelas em vez de 5 é porque, desde este meu primeiro contacto com a obra de Saramago, já li mais livros dele e acho que tem outros muito melhores. Contudo, nem que seja apenas por me ter feito descobrir a genialidade deste autor que se tornou, automaticamente, num dos meus preferidos, este será sempre um livro muito importante para mim e um cuja leitura hei-de sempre recomendar.
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Fantástico
Verdadeiramente fascinante! Adorei este livro!
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O livro que me fez apaixonar pela literatura portuguesa e em especial pela obra de Saramago. Uma crítica à sociedade, à religião e com o toque do humor peculiar como Saramago sempre nos habituou.
Uma das melhores obras de Saramago. Contexto histórico exímio que nos envolve completamente. Personagens muito bem desenvolvidas e histórias, mesmo quando secundárias, muito interessantes. A história da construção do Convento torna-nos fascinados pelo local em si. Rapidamente se percebe que o autor procura tornar os heróis da história quem no convento trabalhou. São os trabalhadores os verdadeiros homenageados. A história de amor do Baltasar e da Blimunda é comovente. Só um nome como Saramago consegue tornar um tema destes tão cativante!
É um dos melhores romances de Saramago. Mais uma vez, oferece-nos o seu poder descritivo (magnífico) contanto a história de amor de Blimunda e Baltasar, um amor puro e distinto de todos os restantes, um amor que sente e tudo pode.
Foi o meu primeiro Saramago. Este livro marca, não só por unir a ficção com a realidade, mas também pela forma como são descritas certas particularidades vividas na corte portuguesa daquela época. O romance de Baltazar e Belimunda é distinto de todos os outros, não sendo uma típica história de amor.
Um dos melhores romances de José Saramago. Extraordinária descrição do amor de Baltasar e Blimunda, que serve os anseios do Padre Bartolomeu na sua saga pela criação da 'Passarola'. Pelo meio, a construção do Convento de Mafra, que se ergue à medida que a história vai avançando. Leitura imprescindível para o conhecimento da literatura universal.
A promessa de um Rei, a construção do Convento de Mafra, o ouro do Brasil, a história de amor de Blimunda e Baltazar... Tantos motivos para ler este livro como se não bastasse por si só a mestria de Saramago.