Os livros favoritos de Bob Dylan
Por: Joana Vilela a 2023-05-24 // Coordenação Editorial: Marisa Sousa
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Bob Dylan (nome artístico de Robert Allen Zimmerman) é uma das figuras mais emblemáticas do meio musical, com mais de 100 milhões de álbuns vendidos em todo o mundo. Nascido no estado de Minnesota, neto de imigrantes judeus russos, aos dez anos de idade Dylan escreveu seus primeiros poemas e, ainda adolescente, aprendeu piano e guitarra sozinho.
Em 2004, foi eleito pela renomada revista Rolling Stone o 7º maior cantor de todos os tempos e, pela mesma revista, o 2º melhor artista da música de todos os tempos, ficando atrás somente dos Beatles, e uma das suas principais canções, "Like a Rolling Stone", foi escolhida como uma das melhores de todos os tempos.
Ao longo da sua carreira, o vencedor do Prémio Nobel da Literatura em 2016, nunca escondeu o seu amor pela literatura, chegando mesmo a afirmar “Considero-me em primeiro lugar um poeta e em segundo lugar um músico. Eu vivo como um poeta e morrerei como um poeta”. No dia em que celebra o seu 82º aniversário, recordamos alguns dos seus livros preferidos.
1. Pela Estrada Fora, Jack Kerouac
Esta obra retrata uma viagem feita pelo autor por terras norte-americanas, entre 1945 e 1950, tendo-se tornado um livro de culto para a chamada geração beatnik — movimento anti materialista que englobava artistas, poetas, músicos, escritores, entre outros.
2. Odisseia, Homero
A Odisseia de Homero não é apenas um dos grandes épicos da literatura grega, é também um dos pilares do cânone ocidental, um poema de rara e extraordinária beleza e o livro que mais influência exerceu, ao longo dos tempos, no imaginário ocidental.
3. The Blues Line: A Collection of Blues Lyrics, Eric Sackheim
Um livro que acondiciona quase três centenas de letras de músicas de blues.
4. All Access: The Rock 'n' Roll Photography of Ken Regan, Ken Regan
Ken Regan tornou-se um dos principais fotógrafos de referência no meio musical, precisamente pelo seu trabalho com Bob Dylan, que o levou a eventos como o Live Aid. Este livro reúne um conjunto de fotografias que demonstram uma visão intimista de artistas e bastidores.
5. As Vinhas da Ira, John Steinbeck
Universalmente considerado a obra-prima de John Steinbeck, publicado em 1939 e premiado com o Pulitzer em 1940, esta obra é o retrato épico do desapiedado conflito entre os poderosos e aqueles que nada têm, do modo como um homem pode reagir à injustiça, e também da força tranquila e estoica de uma mulher.
6. Victory, Joseph Conrad
Publicado em 1915, durante a Primeira Guerra Mundial, a narrativa recorre a temas recorrentes na obra de Conrad, como a solidão, a inconformidade com o mundo, o conflito entre o mal e a esperança.
7. Tropic of Cancer, Henry Miller
Originalmente publicado em 1934, foi proibido durante quase 30 anos nos Estados Unidos e no Reino Unido. Considerado um clássico de literatura erótica desconstruiu tabus e desmistificou convenções no seu pouco apologético caminho em busca do desejo.
8. Guerra e Paz, Lev Tolstoi
Narra a invasão da Rússia por Napoleão e os efeitos que esse acontecimento teve na vida da aristocracia, dos militares e de toda a população. Neste romance surgiram algumas das mais perduráveis personagens da literatura: o príncipe Andrei, Pierre Bezúkhov e a fascinante Natacha Rostova.
9. Moby Dick, Herman Melville
Uma das mais esmagadoras obras da história da literatura, a obra-prima de Melville, é acima de tudo a história de um louco e da sua vingança. Capitão Ahab, após ter sido mutilado por uma baleia, Moby Dick, procura vingança e inicia uma luta entre o homem e a natureza, adivinhando-se uma inevitável derrota.
10. A Oeste Nada de Novo, Erich Maria Remarque
Em 1914, um professor incentiva uma turma de estudantes alemães, jovens e idealistas, a alistar-se para a "guerra gloriosa". Todos o fazem, movidos pelo ardor e pelo patriotismo próprios da juventude. Mas o seu desencanto começa logo durante a recruta brutal. Mais tarde, ao embarcarem no comboio que os levará à frente de combate, veem com os próprios olhos as feridas terríveis sofridas sob o impacto das bombas e a metralha implacável.
Fonte: Far Out Magazine