Natália Correia nunca se absteve de fazer referências feministas importantes nas suas intervenções públicas, privadas e até na sua obra. Defendia o papel que considerava que a mulher devia ter na sociedade e na sua emancipação.
Em 1981, recebeu a medalha de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada. Dez anos depois, em 1991, venceu o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores e foi distinguida Grande-Oficial da Ordem da Liberdade, que distingue personalidades por serviços relevantes prestados em defesa dos valores da Civilização.
Morreu inesperada e precocemente em março de 1993. A sua morte deixou o panorama cultural e intelectual português mais pobre.
Em 2018, a sua vida, juntamente com as histórias de Snu Abecassis e Vera Lagoa, pseudónimo de Maria Armanda Falcão, deu lugar a uma série de 13 episódios, realizada por Fernando Vendrell e exibida na RTP, com Soraia Chaves a interpretar Natália Correia.
Enquanto promovia a série, Soraia Chaves disse ao jornal O Sol que Natália Correia “não era uma só mulher, era muitas mulheres, tinha um universo gigante dentro dela”. E esta talvez seja, de facto, a melhor forma de a definir. Só assim poderá explicar-se a sua relevância e o seu papel.