Maria Isabel Barreno
Biografia
Maria Isabel Barreno nasceu em Lisboa, a 10 de julho de 1939. Licenciou-se em Ciências Historico-Filosóficas na Faculdade de Letras de Lisboa. Trabalhou no Instituto Nacional de Investigação Industrial, foi jornalista e Conselheira Cultural para os Assuntos do Ensino na Embaixada portuguesa em Paris. Publicou um total de 24 obras, entre as quais dez romances e quatro livros de contos. Participou também em diversas antologias de contos. Recebeu os prémios Camilo Castelo Branco e do Pen Club para o livro de contos Os sensos incomuns, e o prémio Fernando Namora para o romance Crónica do tempo. A Sextante Editora publicou em 2009 o seu romance mais recente, Vozes do vento.
partilhar
Em destaque VER +
Novas Cartas Portuguesas - Edição Comemorativa 50 Anos
«É tal a rotura introduzida pelas Novas Cartas Portuguesas que a sua primeira abordagem só pode ser feita à luz do que elas não são. Não são uma colectânea de cartas, embora se reconheça nelas o estilo tradicionalmente cultivado pelas mulheres em literatura. Não são um conjunto de poemas esparsos, embora em poesia se converta toda a realidade retratada. Não são tão-pouco um romance, embora a história vivida (ou imaginada) de Mariana Alcoforado lhes seja a trama principal.
São talvez um pouco de tudo isso. E ainda mais […].
Porque rompem, extravasam. Daí que as Novas Cartas Portuguesas se caracterizem antes de mais pelo excesso. Excessivas as situações, excessivo o tom, excessivas as repetições dum mesmo acto, excessivo afinal todo o livro que vai terminando sem realmente terminar, como se tal excesso não coubesse nas dimensões normais.»
Maria de Lourdes Pintasilgo, in Pré-prefácio
São talvez um pouco de tudo isso. E ainda mais […].
Porque rompem, extravasam. Daí que as Novas Cartas Portuguesas se caracterizem antes de mais pelo excesso. Excessivas as situações, excessivo o tom, excessivas as repetições dum mesmo acto, excessivo afinal todo o livro que vai terminando sem realmente terminar, como se tal excesso não coubesse nas dimensões normais.»
Maria de Lourdes Pintasilgo, in Pré-prefácio