Livro banido das escolas e bibliotecas de Hong Kong chega às livrarias

Por: Beatriz Sertório a 2020-07-13 // Coordenação Editorial: Marisa Sousa

Joshua Wong

Joshua Wong nasceu em 1996. Apesar de jovem, foi considerado um dos líderes mais influentes do mundo pela TIME, Prospect e Forbes. Em 2018, foi indicado ao Prémio Nobel da Paz pelo seu papel no Movimento dos Guarda-Chuvas. É secretário-geral do Demosistõ, um partido político pró-democracia que fundou em 2016 e que defende uma maior autonomia para Hong Kong. Joshua fundou o movimento Scholarism para protestar contra a aplicação do programa de Educação Nacional chinês em Hong Kong. Foi detido inúmeras vezes e passou mais de 100 dias na cadeia.

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Livros e cidadania

“Parece impossível escrever sobre o protagonismo do mundo do livro no século XXI, sobre as livrarias independentes e as bibliotecas mais desafiantes ou inovadoras, sobre as constelações de leitores que, como eu, continuam a acreditar no papel sem pensar na Amazon como antagonista.” Ao longo dos últimos anos, o autor espanhol Jorge Carrión visitou bibliotecas (reais e imaginárias) e livrarias em todo o mundo, com o intuito de deixar firmado o valor do livro e da sua proximidade como pilares da nossa educação sentimental e intelectual. Depois de Livrarias, publicado pela Quetzal em 2017, regressa agora com um livro-manifesto a que chamou Contra a Amazon.

Música e literatura

“As mãos pousam ao piano. Na brancura do teclado, os dedos se deixam deslizar, potentes cavalos-marinhos de volta à água aonde pertencem. Lançada de cima, a luz do palco o divisa da escuridão, abre cortinas por entre as cortinas.” Assim começa a história de Rômulo Castelo, um pianista virtuoso, inteiramente dedicado à busca da perfeição na sua arte. Todas as manhãs, ao acordar, fecha-se na sua sala de estudos e ensaia aquela que é considerada a peça intocável de Franz Liszt, o Rondeau Fantastique. Em breve, Rômulo irá oferecê-la ao mundo, numa tournée pela Europa que o sagrará como o maior intérprete daquele compositor. 

Pai é…

Pai é táxi, é quem nos leva às cavalitas e nos guia pelas ruas da vida. Segue todas as direções que lhe indicamos com um sorriso no rosto e nunca nos deixa ficar parados em engarrafamentos. Sabe todos os caminhos e tem a melhor banda sonora.

Escreveu Ray Bradbury em Fahrenheit 451: "Então, vê agora por que os livros são tão odiados e temidos? Eles mostram os poros no rosto da vida. As pessoas acomodadas só querem rostos de cera, sem poros, sem pêlos, sem expressão." Embora este clássico distópico tenha sido publicado em 1953, ainda hoje os livros são alvo de censura em sociedades onde a liberdade de expressão é vista como uma potencial ameaça. O recente desaparecimento de livros como os do ativista político Joshua Wong das bibliotecas e escolas de Hong Kong, é um exemplo disso mesmo. 

O seu manifesto em prol da democracia, intitulado (Da falta de) Liberdade de Expressãochega às livrarias no dia 17 de julho.


Joshua Wong era um estudante de apenas 14 anos quando organizou o primeiro protesto estudantil em Hong Kong contra a Educação Nacional. Desde então, esteve à frente do Movimento dos Guarda-Chuvas, que, em 2014, mobilizou milhares de pessoas para exigir avanços democráticos em Hong Kong, fundou um partido político (Demosisto) e uniu a comunidade internacional em torno dos protestos contra a nova lei de extradições para a China.


A sua luta pela democracia levou a que fosse nomeado para Pessoa do Ano pela revista TIME, e indicado para o Prémio Nobel da Paz em 2018; mas valeu-lhe também o encarceramento inúmeras vezes e, recentemente, a censura. Na sequência da entrada em vigor da nova lei de segurança interna em Hong Kong, que criminaliza a subversão, livros de proeminentes ativistas, como Joshua Wong ou a conselheira legislativa Tanya Chan, têm vindo a ser retirados das bibliotecas e das escolas da região.

 

Fotografia: Joshua Wong (TYRONE SIU/REUTERS).
 

Um desses livros é agora publicado pela Bertrand Editora, com data prevista de chegada às livrarias no dia 17 de julho. Intitulado (Da falta de) Liberdade de Expressão - Um manifesto em prol da democraciarelata como Wong encontrou o ativismo, reúne as cartas que este escreveu enquanto prisioneiro político da República Popular da China e encerra com um apelo global à união e à ação, em defesa dos valores democráticos. Com introdução de Ai Weiwei, artista contemporâneo e também ativista, e prefácio a cargo de Chris Patten, o último governador britânico de Hong Kong, o livro oferece, segundo o jornal Sunday Times, “um olhar relevador acerca da turbulência nas ruas de Hong Kong que fez manchete em todo o mundo.”

(Da falta de) Liberdade de Expressão já disponível para reserva na nossa livraria online.

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