Madalena Sá Fernandes: "A literatura sempre foi o lugar no qual me sentia ouvida, compreendida, aconchegada"

Por: Marta Martins Silva a 2024-11-18

Madalena Sá Fernandes

Madalena Sá Fernandes

Madalena Sá Fernandes nasceu em Lisboa, em 1993.
Licenciou-se em Línguas, Literaturas e Culturas pela Universidade Nova de Lisboa.
Escreve crónicas no jornal Público.
Leme é o seu primeiro livro.

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No teu primeiro livro, As Primeiras Coisas, foste buscar muito do bairro onde nasceste, Vale da Amoreira, no Barreiro, e das pessoas com quem te cruzaste ao longo da infância e adolescência. O que tem de ti este toda a gente tem um plano? Todos os livros têm tudo de mim. O que este tem comum com os outros é a observação. Na génese de todos os meus livros, está o interesse pelos outros, a capacidade e interesse em ver os outros, em olhar profundamente para os outros e interessar-me pelas histórias dos outros. Eu não acho que o ponto de partida seja sempre um sentimento benigno, por vezes, é algo até parasitário, parte quase sempre de uma necessidade egoísta. Mas, ao mesmo tempo, pela atenção que dedicamos ao outro e que é necessária para criar as personagens, acaba por ser colateralmente um ato de amor…ou pelo menos de atenção. 

Foi preciso mais coragem para escrever o Leme ou para o tornar público?

Quando decidi escrever o Leme, o Leme ainda não era o livro que viria a ser, era uma fuga total àquele assunto. Eu já sabia que queria escrever um livro para publicar se sentisse que tinha o que eu achava necessário em qualidade, por isso, quando decidi abandonar o outro caminho, o Leme acaba por surgir de uma desistência, quando eu decido desistir daquilo que eu achava que ia escrever, é quando eu decido encarar aquela história. Mas entre a escrita e a publicação, nesse pequeno intervalo, veio muito medo, vieram as dúvidas… e aí não estavam relacionadas com a escrita, o que me deu mais medo foi a parte da publicação. Porque a escrita foi quase de rajada, terapêutica, necessária. 

 

Esta desistência da ficção que estavas a escrever antes do Leme se impor aconteceu porque a realidade que tinhas para contar era tão forte que não a podias ignorar? 

Em certa medida, sim… e também porque o caminho que eu estava a fazer com essa ficção era muito postiço quanto à linguagem, muito artificial, e eu percebi que me movo melhor numa linguagem menos floreada. E porque a história estava, de facto, a impor-se, havia uma necessidade de aquela história se impor. Essa história e essas personagens — no caso, a figura do padrasto, muito presente no Leme — estava a tentar impor-se nos romances que eu estava a escrever. 

 

Quase como se estivesse a forçar a entrada na tua ficção.

Tanto que eu estava a escrever sobre uma coisa completamente diferente e aparecia de repente aquela figura ali, noutro contexto, nada que ver, e com isso, eu percebi que, às vezes, é mesmo preciso encarar. 

 

Há um alívio associado a perceber isso e a enfrentar isso?

Primeiro, uma grande ansiedade, o alívio surgiu na escrita, depois, antes da publicação, houve o medo e, depois, voltou a haver alívio com a reação das pessoas. Eu imaginava as reações mais obtusas possíveis e as reações foram, pelo contrário, incríveis. 

 

Foi considerado uma das grandes estreias do ano em Portugal em 2023, 2.º lugar no Prémio Livro do Ano Bertrand. Se tomarmos o significado da palavra Leme para o dicionário como a peça móvel que imprime a direção ao navio, este sucesso ter-se-á devido a este livro ser uma peça que encaixou na vida de muitas pessoas que passaram pelo mesmo e precisavam dela?

Se isso aconteceu, eu fico muito feliz, e eu sei que sim porque várias pessoas me disseram, não era a minha intenção. A minha intenção era mais de escrita.

 

Esse desassossego, a escrita ampara-o muito, porque eu escrevo a perguntar.


Mais terapêutica, mas mais para ti?

Diria até mais literária. Mas o Leme acabou por ter essa influência terapêutica em muitas pessoas, não só porque toca num tema infelizmente muito relevante na nossa sociedade, que é a questão da violência doméstica, e em pessoas que já passaram, veem passar ou estão a passar, aquilo ecoa de maneira diferente porque se identificam, há um tema comum. Embora a história seja muito particular, o tema é comum. Mas não era de todo a minha intenção, não queria fazer o Manual de…

 

A tua ideia não era um guia de autoajuda.

Não queria nada que fosse para aí. Mas acabou por ter esse efeito e eu gostei de sentir a união à volta do livro.

 

Quase uma comunidade que se junta à volta do livro.

Sim, isso.

 

Neste caso, o livro foi catártico para ti, que o escreveste, mas também para quem o leu. 

Sem dúvida. Sempre fiz muito uso dos livros para minha catarse pessoal, mas com os livros dos outros. A literatura sempre foi o lugar no qual me sentia ouvida, compreendida, aconchegada. 
Nas redes sociais, tens um texto em que dizes que as perguntas são as novas discotecas. “Procuro-as em êxtase e é graças a elas que não durmo”.
 

São estas perguntas que te fazem escrever? Há um questionamento constante?

Sim, há um desassossego. Esse desassossego, a escrita ampara-o muito, porque eu escrevo a perguntar. Não quer dizer que na minha escrita haja muitas perguntas, mas eu vou perguntando e respondendo e travando esse diálogo comigo própria. Falo de desassossego porque agora ando de roda do Livro do Desassossego [Fernando Pessoa] e é um livro que é sobre uma grande pergunta. Acho que a escrita acaba por ser uma grande pergunta. Uma obra pode, muitas vezes, ser, e, no meu caso, acho que é para aí que caminho cada vez mais, um questionamento acerca do que é a própria obra. O objeto artístico ser a incapacidade de se chegar ao objeto artístico, isso interessa-me. 

 

As feridas do passado que puseste no papel e que tornaste públicas cicatrizaram? Ou estão lá na mesma, mas estão mais arrumadinhas?

Eu acho a imagem da cicatriz perfeita. Houve a ferida, e, com a ajuda do Leme, houve uma sutura nessa ferida, por isso, a imagem da cicatriz é adequada; a ferida é o que está descrito no Leme, a escrita é o processo de suturar essa ferida, essa escrita não elimina a ferida, mas dá-lhe, de certa forma, uma elaboração. Está lá a marca, mas já não está aberta.

 

Depois do Leme, foi claro que Deriva seria o título do segundo livro?

Eu tenho uma fixação por tudo o que seja marítimo, pelo mar, eu vivo ao pé do mar. Em vez de ir viver ao pé da minha família, escolhi ir viver ao pé do mar, tenho uma relação com o mar muito próxima. Não tive dúvidas no nome do Leme, o Deriva acabou por surgir porque eu queria compilar as crónicas e achei que seria um momento bom a seguir ao Leme não só para dar mais tempo e espaço para poder preparar o próximo, como porque, depois da intensidade do Leme, as crónicas davam para desanuviar um bocadinho.

 

Embora estejas lá também tu inteira.

Sim. Mas quis também dar um tom humorístico que o Leme, por ser o Leme, não teria, mas que é um lado muito importante para mim, e fundamental que foi a minha estreia na escrita. Enquanto o Leme tem uma direção muito específica, o Deriva anda por vários assuntos, por aqui e por ali. 

 

(...) a escrita é o processo de suturar essa ferida (...)


É isso que te agrada na crónica, esse lado de poder estar sempre a escrever sobre um tema diferente e poderes terminá-lo ali, ele não viver contigo muito tempo?

Gosto, por um lado, dessa efemeridade que a crónica tem e, por outro, desse lado anacrónico de poder ser um tema que não tem de morrer ali, ao contrário dos artigos de opinião. Gosto da brevidade, mas gosto mais dos assuntos não breves. A capa do Deriva é uma menina debruçada sobre alguma coisa e eu imagino que debruçada sobre assuntos pequeninos, como que para apanhar um búzio. A crónica permite ter essa lupa apontada às coisas pequeninas que, muitas vezes, não têm espaço na chamada grande literatura. Sempre achei as crónicas o lugar no qual cabem as minúcias, as coisas que não interessam tanto… 

 

Mas, num búzio, pode caber um mar inteiro. Tu, a partir de um pormenor…

Exatamente. Adoro isso de ir aos pormenores e a crónica é o espaço que me permite conseguir isso. 

 

E, lendo as tuas crónicas, consigo imaginar-te a conversar contigo, mas também a conversar com as pessoas para quem escreves, sentes isso?

Porque, enquanto na literatura há uma escrita mais interior que não deve ser apontada para ninguém, a crónica é um registo que nasce num jornal, é escrita para ser lida por pessoas. Os livros também, mas não têm tanto esse registo. A crónica é essa conversa com alguém que nos está a ler e, por ser para um jornal, a priori, tem essa intenção, e eu gosto dessa conversa descontraída que aprendi no Brasil. Foi lá que descobri os grandes cronistas e percebi que dava para tirar a literatura desse pedestal e pô-la mais como uma conversa.

 

Tudo cabe numa crónica? O meu gravador, esta mesa onde estamos sentadas, um copo de água?

Exatamente. Uma crónica é precisamente estares muito tempo a olhar para uma coisa, e, depois, decidires escrever sobre ela, e isso é, ao mesmo tempo, incrível e assustador, mas é bom para quem está à frente de um computador. Há aquela clássica crónica de "sobre quê que eu vou escrever esta crónica" e já há crónicas sobre quantas crónicas há sobre a dificuldade de escrever uma crónica. Isto é infinito. 

 

Quem ler o Deriva daqui a 20 anos o que vai achar desta Madalena que tanto fala das férias em família, de dormir numa cama com percevejos, de casamentos, de insónias… achas que se vai continuar a rever?

Eu, no Deriva, não incluo, por causa disso, coisas muito específicas que aconteceram no ano. Tentei que tivesse um carácter mais intemporal, embora claro que é um livro geracional num certo sentido, tem a ver com esta fase de vida. 

 

E tu, vais gostar de te ler?

Não vou, de certeza. Não vou ler porque me vou irritar, isso já me acontece agora [risos].

 

Escreves ao pé do mar?

Escrevo ao pé do mar porque a minha casa é ao pé do mar. Mas o pré-Leme foi escrito num bar de praia da Costa da Caparica. O Leme final foi caos [risos]. Mas, agora, escrevo em casa e, a seguir a escrever, vou passear para ao pé do mar. 

 

Podemos chamar a isso um ritual de escrita?

Sim, de manhã, escrita e, à tarde, mar. Agora, estou a fazer o mestrado e venho dois dias por semana a Lisboa, mas, quando estou em casa, é isso.

 

Gosto dessa efemeridade que a crónica tem e desse lado anacrónico de poder ser um tema que não tem de morrer ali (...) percebi que dava para tirar a literatura desse pedestal e pô-la mais como uma conversa.


Tens mais rituais?

Tenho alguns relacionados com a escrita. De manhã, leio ensaio, depois, escrevo; leio crónica, depois, escrevo; de tarde, passeio ao pé do mar e leio romance ou ficção — agora, estou a abandonar um bocadinho o romance — e, à noite, poesia. 

 

És escritora, mas és uma grande leitora também. Para ti, é indissociável uma coisa da outra?

Para mim, sim. Nem sequer existe escrita possível… é muito difícil para mim começar a escrever sem ler um bocadinho antes. 

 

Emocionaste-te a folhear os livros do primeiro ano da tua filha. O teu encantamento pela escrita surgiu na infância?

Lembro-me de que, na escola, a minha paixão sempre foi português. Sempre gostei de fazer as composições, de me deliciar com a professora a ler as minhas composições para a turma, começou logo ali o meu enamoramento, e eu era apaixonada. Pelas aulas de português, pela interpretação, e havia uma coisa que era o portefólio, em que tínhamos de ler um livro e apresentá-lo à turma e isso era…eu gostava mais daquilo do que do recreio.

 

E foste sempre escrevendo.

Sim, também escrevia poesia. Depois, fui estudar Literatura e fiquei um bocadinho inibida de escrever na altura da faculdade e foi o Brasil que acalmou um bocadinho isso.

 

Tens 30 anos e já publicaste dois livros de sucesso. A responsabilidade aumenta com o sucesso? Ou consegues passar ao lado disso?

Eu tento. Claro que o segundo livro é aqui uma batota, porque é uma compilação de crónicas, mas acho que é no segundo que o autor se afirma. Mas ceder a isso é perigoso. É fazer o melhor possível e abstrair um bocadinho do resto.

 

O que podemos esperar agora da Madalena?

Podemos esperar autoficção na mesma, percebi que não estou muito interessada no romance, estou muito numa de ensaio, autorreflexão, mais neste registo. 

 

Responder às tais perguntas que parecem uma discoteca.

Sim, sim.

 

(...) há coisas que é preciso serem escritas por mulheres.


Sentes que este êxito que tens tido tem ajudado a elevar também as novas vozes da literatura feminina que têm surgido? Sentes-te a contribuir para esta caminhada?

Não sei, eu quero escrever, sou mulher, há coisas que é preciso serem escritas por mulheres, mas, como eu fujo sempre das caixinhas, eu não quero ser porta-voz de nada, nesse aspeto. Mas gosto muito de ler mulheres, leio cada vez mais mulheres e as autoras da minha vida são mulheres. 

 

Algum tema sobre o qual nunca escreverias?

Acho que não… Não vejo nenhum que, à partida, não escrevesse. Por exemplo, o que poderia ser?

 

Há muitas pessoas que diriam que nunca escreveriam sobre a intimidade, o que não me parece que seja o teu caso.

Não, isso não, isso não. No próximo, então… isso não é um problema.

 

E isso não te confrange?

Não, de todo. Se fosse para ser um livro ou um panfleto sensacionalista, confranger-me-ia. Agora, assim, não. Se fizer sentido para o livro, se não for gratuito, sim.

 

O que achas que as tuas filhas (de 5 e 6 anos) vão achar dos teus livros quando os lerem?

Acho que elas vão gostar. Espero que fiquem orgulhosas. Mas pensei nisso quando escrevi o Leme, sobre qual seria a reação delas, mas, na altura certa, terei a conversa sobre isso com elas. 

 

Uma das tuas crónicas mais hilariantes foi sobre o Jesus, o teu cão. Como é que ele chegou à tua vida?

Ele agora está com o pai das minhas filhas, com o meu ex-namorado. Mas, quando eu comecei a namorar com o dono do Jesus, o Jesus tinha um mês, por isso, chegámos quase ao mesmo tempo. Naqueles primeiros tempos, e durante muitos anos, ficou o nosso cão e acompanhou o nascimento das minhas filhas, era muito protetor das gravidezes, passeava-o muito por Lisboa e ele é um Grand Danois, portanto, era mais ele que me passeava a mim.

 

Conta-me duas das peripécias mais engraçadas que viveste com o Jesus precisamente por ele se chamar Jesus… e ser um cão.

Felizmente, eu pude-me ilibar da responsabilidade de lhe dar o nome porque ele já o tinha quando começámos a namorar, mas a verdade é que até achava alguma piada pelas situações que provocava. Houve uma altura em que vivíamos em Arroios [Lisboa], vou com ele para uma esplanada de uma pastelaria, ato-o a uma daquelas mesas de metal, digo "Jesus, fica quieto", peço o meu galão e a minha tosta mista, e uma velhota numa mesa ao lado diz "Ai, Jesus" e o Jesus lança-se desenfreado para o colo da mulher. Cai mesa, cai galão, cai tosta mista, a senhora aos gritos, uma confusão enorme [risos]. E outra foi na Alameda [Lisboa], no parque. O Jesus não era castrado e vai copular com outra cadela, começam naquilo e eu em pânico a gritar: "Jesus, Jesus" para ver se ele parava. As pessoas deviam pensar "mas esta beata está a invocar o nome de Cristo perante o prazer canino?"[risos].
 

O que te ensinou o Jesus?

Acho que foi a questão da responsabilidade. Eu tive o Jesus antes de estar grávida, mas associo muito o Jesus à minha gravidez, porque, passados alguns meses, eu fiquei grávida. E houve ali uma simbiose, ele deitava o focinho na minha barriga, eu tinha de cuidar dele, então, foi um pré-cuidado antes do cuidar do bebé e as duas coisas estão muito ligadas. Mas acho que ensinou sobretudo a questão da responsabilidade e de um amor diferente, de parte a parte, silencioso e bonito. E acho que outra coisa importante que o Jesus me ensinou foi a ter um centro, que as minhas filhas vieram consolidar, porque a liberdade já não era total. 

 

Imaginas-te a voltar a ter um outro Jesus… mas com outro nome?

Eu sempre adorei cães, mas começo a gostar mais de gatos. Quando era pequenina, o meu sonho maior era ter um cão e os meus pais diziam muito que não por causa da questão da responsabilidade e por vivermos num apartamento. E como eu queria tanto um cão e os meus pais não me deram, cuidar do Jesus foi a primeira experiência com um cão e, por isso, uma espécie de um sonho realizado. Quero muito ter um, mas como estou com uma vida muito itinerante, queria esperar mais um bocadinho. As minhas filhas têm o Jesus na casa do pai, mas queria que da minha parte também tivessem um cão ou um gato.

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