Leme
de Madalena Sá Fernandes
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Sobre o livro
A história crua de uma relação tóxica. Uma narrativa que não deixa pedra sobre pedra nos pilares da resiliência de uma criança subjugada ao negro poder do seu padrasto.
Leme é o relato da vivência de uma rapariga que assiste, durante anos, à erosão dos pilares que sustentam as ligações humanas: vê a mãe subjugada à violência do homem com quem mantém uma relação amorosa disfuncional; vive na pele a distorção dos papéis desempenhados por pais e filhos; alimenta-se da solidão para ultrapassar um quotidiano de medo e fúria; disputa um lugar só para si no meio do caos familiar; aprende a reconhecer o consolo das pequenas vitórias; e, por fim, reconstrói-se a si e às suas memórias.
Nenhuma criança conhece de antemão os nomes das coisas, mas todas as crianças reconhecem instintivamente o perigo. Para a protagonista desta história, o perigo tem o nome de um homem, e é sinónimo de obsessão, desequilíbrio, solidão, desamparo, poucas certezas e muitas dúvidas. Leme é um golpe de escrita para regressar à vida. Uma cintilação plena de vida e um soco no escuro que nos engole: eis um livro que aponta diretamente aos limites do bem e do mal.
Comentários
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Livro pequeno, mas intenso
É um livro com capítulos pequenos, mas bastante intensos. Aborda a violência doméstica, vista aos olhos de uma criança que assiste recorrentemente ao sofrimento da sua mãe nas mãos de um padrasto com comportamentos possessivos e descontrolados. Estas vivências marcam a forma como a narradora encara a vida, quando é mais crescida. Apesar de se tornar uma pessoa com força para enfrentar novos desafios, há cicatrizes emocionais que o tempo não cura. Recomendo este livro a todas as pessoas, que gostam de ler uma história honesta e que permita várias reflexões.
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Melhor autora de não-ficção
Lido num piscar de olhos. Narrativa fácil de seguir, com observações geniais e um conteúdo forte e necessário. Recomendo muito e quero ler mais desta brilhante escritora!
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Fantástico
Fantástica leitura. Duro mas cheio de beleza e necessário.
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O melhor livro que li este ano
O melhor livro que li este ano. Recomendo a mil por cento. Uma leitura fácil e difícil em simultâneo
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Lido numa noite, a prender o fôlego
Um livro que revela uma promessa na nossa literatura. Há muito que não lia um livro tão depressa. Curioso para ver o que se segue
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Avassalador e Magistral
Nunca me esquecerei do que este livro foi para mim. Um livro que não deixa ninguém igual após a leitura.
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Um livro Comovedor e Forte
Adorei este livro, o melhor de 2023 para mim! Forte, intenso, mas tão bonito. De grande sensibilidade.
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Verdade e Clareza
Recomendo a quem gosta de capítulos curtos e concisos que dão ritmo à leitura. Li este livro quase com o sentimento de que me alguem me contava a sua história, sentado ao meu lado. Sem grandes enrredos, uma história, pura e dura de como uma infância marcada pela violência e pelo medo pode moldar toda uma vida futura. Arrisco a dizer que facilmente muitos leitores que eventualmente tenham passado por situações de violência doméstica sentirão empatia com a personagem de igual modo que irão sentir angústia, medo e no final um sentimento libertador.
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Infância marcada
Uma escrita verdadeira , inspiradora e de superação. Aborda o tema da violência doméstica, algo infelizmente bastante usual na nossa comunidade. Gritos de dor que são abafados pelo medo.
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Muito bom!
Um livro duro mas real. Aborda temas como a violência doméstica, bipolaridade e submissão. Confesso que quando comecei a ler não sabia nada sobre ele muito menos que era uma biografia. O sofrimento da Madalena criança e mulher foi algo que me fez refletir na quantidade de pessoas que sofrem este flagelo pelo mundo fora. ´´O medo está todo dentro de casa. Não sentia medo nenhum do mundo.´´
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Uma memória forte, pungente… uma memória ficcionada de difícil digestão, mas muito bem escrita. As marcas em “tinta permanente” tatuadas, esculpidas não no corpo mas na vida de alguém que experiencia a violência nas suas piores formas. Mas também a dificuldade de lidar com os sentimentos contraditórios, o amar e odiar alguém que nos marca para sempre. A escrita enquanto terapia. Um grande livro de estreia.
Um relato muito poderoso e doloroso de uma criança que passou por tanto. É uma leitura rápida em termos de capítulos curtos, no entanto, é extensa porque são sentimentos e vivências pesadas que custam a ´´digerir´´ enquanto leitor.
Leu-se num ápice, tem capítulos curtos e daí a rapidez da leitura, é uma viagem pela infância de uma criança traumatizada pelo padrasto e pela violência que este impunha a ela e a mãe até ao dia em que teve de dizer basta. Todos os episódios são relatados de forma crua e bastante pessoal mas acho que no final houve a certeza de paz de espírito quando esta pessoa desaparece de vez e encerra este capítulo dando o leme da vida da protagonista novamente para que um novo capítulo se desenhe…
O ´Leme´ é sem sombra de dúvidas um livro para nos destruir a alma e voltar a reconstrui-la. Seguimos o ponto de vista das memórias de infância da autora durante o período de tempo em que a mãe esteve num relacionamento abusivo. Com uma escrita tão apelativa, seguimos o rumo da história como se lá estivéssemos. Crescemos com a história tal como sofremos com ela. É uma leitura emocionante e muito bela.
Este é um livro que nos fala sobre o tema da violência doméstica pelos olhos de uma criança, que apesar de não entender certas coisas, sabe exatamente distinguir o certo e o errado. Leitura com capítulos pequenos que nos transporta para o livro e nos fazer emocionar.
Uma história de coragem e superação. Fala sobre temas muito importantes: violência doméstica, bipolaridade, depressão, obsessão, aceitação, o crescer com tudo isto junto. A escrita é muito boa mesmo e só podia ser de uma autora portuguesa!