Sabia que a poesia já foi um desporto olímpico?

Por: Beatriz Sertório a 2024-08-09

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Os 5 livros mais lidos deste Verão

Há quem meça um verão bem passado pelos dias de férias, pela quantidade de idas à praia ou pelo número de concertos com amigos, mas um leitor mede-o pelos livros que leu. Com o final de mais um verão a aproximar-se, fazemos um balanço das leituras que acompanharam os leitores Bertrand durante este período e partilhamos os cinco livros mais procurados da estação. Entre eles, encontram-se dois autores portugueses e duas autoras internacionais bestsellers — adivinha quais são?

6 livros até 10€ para ler mais por menos

Para começar o mês de setembro, sugerimos 6 livros a preços mini, para que não haja desculpas possíveis para não cumprir a meta de livros a ler até ao final do ano. Estas sugestões são tesouros escondidos que não vai querer perder, desde thrillers clássicos e contemporâneos, a relatos únicos sobre a nossa atualidade, ficção cheia de humor e sátira, e até algo para os mais pequenos. Assim é fácil ler mais — por menos. Aceita o desafio?

Os filmes inspirados em livros que chegam à sua televisão em setembro

A rentrée está aí e traz novidades literárias à sua televisão. A partir de dia 2 de setembro, na RTP1, poderá assistir a seis novos telefilmes baseados em contos de alguns dos mais reconhecidos autores portugueses. Vergílio Ferreira, Luís de Sttau Monteiro e Lídia Jorge são alguns dos nomes que inspiraram estas adaptações a que poderá assistir durante seis segundas-feiras consecutivas, às 21 horas. Dos elencos fazem parte nomes familiares do cinema e da televisão portuguesas, tais como Maria D’Aires, José Raposo, António Pedro Cerdeira, Luísa Ortigoso e Ana Bustorff.

A dias da grande cerimónia de encerramento de mais uma edição memorável dos Jogos Olímpicos, revisitamos a História deste evento para recordar um tempo em que os poetas também subiam ao pódio. Corria o ano de 1912, nas Olimpíadas de verão na cidade de Estocolmo, quando foi atribuída pela primeira vez uma medalha olímpica a um escritor. 

O responsável pela introdução não só da literatura mas também da escultura, da pintura, da arquitetura e da música na maior competição atlética do mundo foi o francês Baron Pierre de Coubertin, fundador dos Jogos Olímpicos da era moderna. Amante da literatura e defensor da união clássica do desporto e das artes, implementou estas artes como modalidades desportivas em 1912, e criou ainda uma revista mensal, La Revue Athlétique, com o objetivo de “aumentar o interesse pelo desportos masculinos em França"

Sendo apenas elegíveis obras que não tivessem sido anteriormente publicadas, exibidas ou representadas, e que tivessem alguma relação direta com o desporto, o concurso literário de Estocolmo teve menos de dez participantes, mas entre eles figuravam personalidades como Marcel Boulenger, um romancista francês que ganhou uma medalha de bronze em esgrima nos Jogos Olímpicos de 1900, o simbolista francês Paul Adam ou o dramaturgo suíço René Morax. 

O ouro, contudo, foi atribuído a dois desconhecidos do público, os alemães Georges Hohrod e Martin Eschbach, pelo poema "Ode ao Desporto". Nas palavras do júri, a sua obra era "de longe a vencedora" por elogiar  “o atletismo numa forma que é simultaneamente literária e atlética". O único problema? Hohrod e Eschbach nunca existiram. Eram meros pseudónimos do próprio Barão Pierre de Coubertin, que só revelaria a sua autoria anos mais tarde. A controvérsia gerada por este episódio, bem como algumas questões levantadas em relação à qualidade das obras premiadas em anos seguintes, fizeram com que as artes tenham tido uma participação curta na competição. Assim sendo, em 1948, as Olimpíadas de Londres foram as últimas competições artísticas dos jogos. 

Entre os últimos poetas a ser reconhecidos com esta distinção encontravam-se a poetisa finlandesa e medalhista de ouro Aale Tynni
 a primeira mulher a ganhar  e o medalhista de prata Ernst Van Heerden, um poeta sul-africano que foi também o primeiro vencedor de uma medalha olímpica assumidamente homossexual.

E se ainda hoje os poetas pudessem ser medalhistas olímpicos, quem levaria a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024?

Fonte: Literary Hub

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