Dia da mulher | 15 livros sobre mulheres inspiradoras

Por: Bertrand Livreiros a 2019-03-08 // Coordenação Editorial: Marisa Sousa

Christina Lamb

Christina Lamb

Christina Lamb é uma das mais destacadas correspondentes estrangeiras a nível mundial. Estudou em Oxford e Harvard e desde 1987 grande parte do seu trabalho tem-se centrado no Afeganistão e no Paquistão. É autora de cinco livros e recebeu inúmeros prémios, incluindo o Prix Bayeux-Calvados, o prémio europeu mais prestigiado para correspondentes de guerra. Atualmente, Christina trabalha para o Sunday Times e vive em Londres e em Portugal com o marido e o filho.

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Margot Lee Shetterly

Margot Lee Shetterly

Margot Lee Shetterly cresceu em Hampton, na Virgínia, onde conheceu a maior parte das mulheres que protagonizam Elementos secretos. É uma jornalista independente e investigadora, que trabalha com os arquivos das histórias de mulheres afro-americanas, que estiveram na NASA. É filha de uma das primeiras engenheiras negras a trabalhar lá e, portanto, conhece estas histórias de dentro, e teve acesso direto aos executivos da NASA e às mulheres que protagonizam o livro. Margot Lee Shetterly vive em Charlottesville, na Virgínia.

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Virginia Woolf

Virginia Woolf

Virginia Woolf nasceu em Londres a 25 de janeiro de 1882, filha de Sir Leslie Stephen, escritor e historiador ilustre da Inglaterra vitoriana. Desde cedo ligada a grupos de intelectuais, casou em 1912 com Leonard Woolf e com ele fundou a editora Hogarth Press, responsável pela revelação de autores como Katherine Mansfield e T. S. Eliot e pela publicação das suas próprias obras. Reconhecida como uma das mais proeminentes figuras do modernismo britânico, destacam-se entre os seus trabalhos os romances Mrs Dalloway (1925), Orlando (1928) e As Ondas (1931), assim como o ensaio Um Quarto que Seja Seu (1929). Após sucessivas crises depressivas e não suportando o isolamento provocado pelo agravar da Segunda Guerra Mundial, suicida-se a 28 de março de 1941, em Lewes.

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Cheryl Strayed

Cheryl Strayed

Cheryl Strayed é uma conceituada autora norte-americana. Livre é a sua segunda obra publicada e foi um bestseller do New York Times. Recebeu os prémios Barnes & Noble Discover Award, Indie Choice Award, Oregon Book Award, Pacific Northwest Booksellers Award e Midwest Booksellers Choice Award.

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Anne Frank

Anne Frank

Anne Frank nasceu a 12 de junho de 1929 em Frankfurt, na Alemanha, no seio de uma família judaica. Em 1933, após a tomada de poder pelos nazis, os seus pais decidiram partir para Amesterdão, na Holanda, país que tinha fama de bem acolher as minorias religiosas. Em 1940, porém, os alemães invadem este território e iniciam uma forte perseguição aos judeus, reencaminhando-os para "campos de trabalho". Depois de dois anos de reclusão num anexo ao antigo escritório do pai, Anne Frank é detida em agosto de 1944. Viria a morrer de tifo no campo de concentração de Bergen-Belsen em março de 1945.

O diário que escreveu durante este período tornou-se uma das obras de não ficção mais lidas em todo o mundo.

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Ari Folman

Ari Folman

Ari Folman nasceu a 17 de dezembro de 1962, em Haifa, Israel, e é um premiado realizador de cinema, argumentista e compositor de bandas sonoras. Escreveu e realizou o filme A Valsa com Bashir, nomeado para os Óscares e vencedor de um Globo de Ouro para melhor filme estrangeiro, em 2008.

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Tara Westover

Tara Westover é uma autora americana que vive no Reino Unido. Nascida no Idaho, filha de um pai que se opunha à educação pública, nunca frequentou a escola. Passou os dias a trabalhar no ferro-velho do pai ou a cozinhar para a mãe, uma herdeira e parteira autodidata. Tinha dezassete anos quando entrou numa sala de aulas pela primeira vez, e esse foi um ambiente que desde logo a atraiu. Licenciou-se pelo Trinity College, em Cambridge, em 2009, e no ano seguinte foi professora convidada pela Universidade de Harvard. Mais tarde, regressou a Cambridge, onde, em 2014, se doutorou em História.

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Louisa May Alcott

Louisa May Alcott

Louisa May Alcott é uma autora americana que sonhava ser atriz mas que acabou por se tornar numa escritora incontornável no panorama da literatura juvenil. Criada com a família na Nova Inglaterra, cresceu rodeada de destacados intelectuais, tais como Nathaniel Hawthorne e Henry David Thoreau, amigos do seu pai, que era filósofo e professor. Além da sua notoriedade como escritora, a autora tornou-se muito popular pelas posições que assumiu em defesa da abolição da escravatura e do direito de voto para as mulheres.

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M.ª Isabel Sánchez Vegara

M.ª Isabel Sánchez Vegara

Maria Isabel Sánchez Vegara estudou Publicidade e Relações Públicas e desde pequena que se sente atraída por poesia. É diretora criativa e faz anúncios para a televisão. No entanto, diverte-se muito mais a escrever livros. Vive em Barcelona, é feliz e gosto de ioga, jardineiras de ganga, cangurus e de galgos.

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David Polonsky

David Polonsky

David Polonsky nasceu em Kiev, na Ucrânia, em 1973, e é um ilustrador e designer premiado. Foi responsável pelas ilustrações de A Valsa com Bashir.

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Charlotte Brontë

Charlotte Brontë

Escritora inglesa, nascida em 1816, em Thornton (Yorkshire), e falecida em 1855, filha de um pastor anglicano, perdeu a mãe em 1821, ficando confiada aos cuidados de uma tia materna. Em 1842, foi estudar, juntamente com a irmã Emily, para Bruxelas, onde mais tarde exerceu a função de professora. Em 1846, publicou, com Emily e Anne, o volume de versos Poems by Currer, Ellis, and Acton Bell, vindo o primeiro romance que escreveu, The Professor, a ser publicado postumamente, em 1857. Publicou igualmente os famosos romances Jane Eyre (1847), Shirley (1849) e Villette (1853).

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Francesca Cavallo

Francesca Cavallo é escritora e encenadora premiada.

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Elena Favilli

Elena Favilli

Elena Favilli é autora bestseller do New York Times, galardoada com vários prémios, e jornalista, também conhecida por quebrar preconceitos de natureza profissional.
Em 2016, coescreveu e publicou o projeto literário mais apoiado em toda a história do crowdfounding, Histórias de Adormecer para Raparigas Rebeldes, traduzido para cerca de cinquenta línguas.
Elena cresceu em Itália e é, atualmente, diretora-geral de Rebel Girls, uma empresa de media digital dedicada a divulgar e investigar as vidas de mulheres pioneiras.

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Malala Yousafzai

Malala Yousafzai

PRÉMIO NOBEL DA PAZ 2014

Malala Yousafzai iniciou a sua campanha pela educação das raparigas quando tinha apenas dez anos, na altura em que o Vale de Swat passou a ser controlado pelos talibãs. Em 2009, iniciou um blogue para a BBC Urdu acerca da vida sob o regime talibã e participou num documentário do New York Times sobre a educação no Paquistão. Em outubro de 2012, esta jovem transformou-se num alvo a abater e foi alvejada pelos talibãs quando voltava da escolar para casa. Sobreviveu e hoje continua a sua campanha pela educação das raparigas. Em 2011, em reconhecimento da sua coragem e da luta por esta causa, Malala foi nomeada para o International Childrenís Peace Prize e recebeu o primeiro National Youth Peace Prize do Paquistão. Foi distinguida com muitos outros prémios, incluindo o International Children’s Peace Prize, o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento e o Amnesty International Ambassador of Conscience Award. Em 2014, tornou-se a pessoa mais jovem de sempre a receber o Prémio Nobel da Paz. Malala vive atualmente em Birmingham, Inglaterra, e continua a sua luta pelo direito universal à educação através do Fundo Malala (malalafund.org), uma organização sem fins lucrativos que apoia esta causa em todo o mundo. Em Portugal, toda a obra da autora é publicada pela Editorial Presença.

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Yusra Mardini

Yusra Mardini nasceu em Damasco, na Síria. Em 2015 fugiu do seu país quando se tornou demasiado perigoso viver numa cidade devastada pela guerra. Participou nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, integrada na Equipa Olímpica de Refugiados, e é Embaixadora da Boa Vontade do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. Vive em Berlim, onde continua a treinar e a participar em competições internacionais.

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María Hesse

María Hesse

María Hesse (1982). Sem saber, tornou-se ilustradora aos 6 anos. Mas a mãe e a professora sabiam que seria esse o seu caminho. Alguns bons anos depois, após terminar os estudos em Educação Especial, agarrou num lápis e lançou-se, profissionalmente, na piscina da ilustração.
Trabalha há três anos com a editora Edelvives na produção de livros didáticos e também realiza trabalhos de ilustração para as revistas Jot Down, Maasui Magazine e Glamour.
María publicou, em várias editoras, as suas obras ilustradas: Orgulho e Preconceito, Frida Khalo: Uma Biografia, obra que ganhou o Prémio da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil do Brasil, Bowie: Uma Biografia e, mais recente, O Prazer.
Para além dos seus trabalhos na área da edição, María Hesse teve as suas obras em várias exposições, desenvolvendo ainda uma atividade pessoal onde a sensibilidade e as mulheres são as principais protagonistas.

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Uma Educação
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O Diário de Anne Frank - Diário Gráfico
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Eu, Malala
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Amelia Earhart
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Histórias de Adormecer para Raparigas Rebeldes 2
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Em celebração do Dia da Mulher, fizemos uma seleção de 15 livros sobre mulheres inspiradoras, algumas reais, outras personagens fictícias, que desafiaram obstáculos, expetativas e convenções e inspiraram leitores por todo o mundo. Como escreveu um dia Simone de Beauvoir: “Não se nasce mulher: torna-se”.

 


 

HISTÓRIAS REAIS

 

1. Uma Educação, Tara Westover

Tara Westover cresceu a preparar-se para o Fim dos Tempos, para ver o Sol escurecer e a Lua pingar, como que de sangue. Passava o verão a conservar pêssegos e o inverno a cuidar da rotatividade das provisões de emergência da família, na esperança de que, quando o mundo dos homens falhasse, a sua família continuasse a viver.
Não tinha certidão de nascimento e nunca pusera um pé na escola. Não tinha boletim médico, porque o pai não acreditava em médicos nem em hospitais. Não havia quaisquer registos da sua existência.
O pai foi ficando cada vez mais radical com o passar do tempo, e o seu irmão, mais violento. Aos dezasseis anos, Tara decidiu educar-se a si própria. A sua sede de conhecimento haveria de a levar das montanhas do Idaho até outros continentes, a cruzar os mares e os céus, acabando em Cambridge e Harvard. Só então se perguntou se tinha ido demasiado longe. Se ainda podia voltar a casa.

Uma Educação é a história apaixonante de uma mulher que se reinventa. Mas é também uma história pungente de laços de família e de dor quando esses laços são cortados. Com o engenho dos grandes escritores, Tara Westover dá forma, a partir da sua experiência singular, a uma narrativa que vai ao cerne do que é a educação e do que ela nos pode oferecer: a perspetiva de ver a vida com outros olhos e a vontade de mudarmos.

 

2. Livre, Cheryl Strayed

Aos 26 anos, Cheryl Strayed tinha perdido tudo – o casamento, a família, a estabilidade profissional -, e a sua existência aproximava-se perigosamente do ponto de não-retorno. Sem nada a perder, Cheryl decidiu embrenhar-se sozinha na natureza selvagem, percorrendo a pé, durante três meses, mil e setecentos quilómetros do Pacific Crest Trail, desde o deserto de Mojave, ao longo da Califórnia e do Oregon, até ao estado de Washington.

Numa fusão única entre livro de memórias e narrativa de aventuras, esta obra inspiradora é um testemunho vivo da capacidade do espírito humano para superar as crises mais agudas e reinventar um sentido para a vida.

 

3. Eu serei a última, Nadia Murad

Um testemunho íntimo de sobrevivência, uma história terrível e inspiradora.

A 15 de Agosto de 2014 a vida de Nadia Murad mudou para sempre. As tropas do Estado Islâmico invadiram a sua aldeia, onde a minoria yazidi levava uma vida tranquila, e levaram a cabo um massacre. Executaram homens e mulheres, entre eles a mãe e seis dos seus irmãos e amontoaram os corpos em valas comuns.

Nadia, que tinha então 21 anos, foi sequestrada e vendida como escrava sexual. Os soldados torturaram-na e violaram-na repetidamente até que, numa noite, conseguiu fugir pelas ruas de Mossul.

Para que não se esqueça, porque quer ser a última a vivê-la, Nadia conta a sua história.

 

MENTES BRILHANTES

 

4. Elementos secretos, Margot Lee Shetterly

Entre estas “calculadoras” havia um pequeno grupo excecional de mulheres afro-americanas, especialmente talentosas. Faziam parte das mentes mais brilhantes da sua geração. Mulheres que tinham sido relegadas para ensinar matemática em escolas públicas só para negros do Sul, mas que foram chamadas para servir durante a Segunda Guerra Mundial, devido à escassez de mão de obra, quando a indústria da aviação necessitava de qualquer pessoa que pudesse ajudar. De repente, essas mulheres desvalorizadas até então, encontraram empregos adequados à sua genialidade, e responderam afirmativamente à chamada do Tio Sam e foram para Hampton, na Virgínia, para o fascinante laboratório aeronáutico de Langley.

Mesmo ali, foram segregadas do resto das mulheres porque a Lei na Virgínia assim o estabelecia. Deste modo, esta equipa ajudou de forma excelente a que os Estados Unidos ganhassem a corrida espacial à URSS durante a Guerra Fria.

Esta é a história incrível de um grupo de matemáticas afro-americanas que, com os seus cálculos, ajudaram a NASA e os EUA em alguns dos acontecimentos mais importantes da corrida espacial.

 

5. Frida Kahlo, Maria Hesse

A vida de Kahlo, desde a sua infância, passando pelo acidente traumático que mudaria sua vida e sua arte, seu amor complicado por Diego Rivera e a feroz determinação que a levou a se tornar uma grande artista.

Inspirado pelas experiências da icônica pintora mexicana, este livro oferece um belo passeio ilustrado pela vida e obra de Frida Kahlo.

 

6. Diário 1927-1941, Virginia Woolf

 Entre 1927 e 1941, Virginia Woolf viveu um dos seus períodos criativos mais fecundos e afirmou-se como uma das figuras de maior relevo dentro da sociedade literária londrina. Neste período foi um dos maiores expoentes de um conjunto de artistas e intelectuais empenhados na defesa da importância das artes e que ficou conhecido como o Grupo de Bloomsbury.

São desta época algumas das suas obras mais marcantes, nomeadamente Rumo ao Farol (1927), Orlando (1928) e Um Quarto que Seja Seu (1929).
Neste diário, somos convidados a conhecer as suas reflexões mais íntimas sobre o mundo e sobre a Humanidade, com a singularidade e universalidade que muito poucos conseguem alcançar.

 

PEQUENAS GRANDES MULHERES

 

7. Mariposa, Yusra Mardini

Yusra Mardini abandonou a Síria em 2015, com apenas 17 anos, depois de uma bomba destruir o telhado da piscina onde costumava treinar. Juntamente com a irmã mais velha, embarcou num bote sobrelotado de refugiados em direção à costa da Turquia. Quando a embarcação se começou a afundar, Yusra tomou uma decisão arrojada que mudou a sua vida e salvou os restantes passageiros: atirou-se ao mar para fazer avançar o bote até à costa de Lesbos.

A viagem durou várias horas. Mariposa conta a história da jovem Yusra, da Síria devastada pela guerra até aos jogos olímpicos no Rio de Janeiro, onde competiu na recém-formada Equipa Olímpica de Refugiados e realizou o seu sonho de se tornar nadadora olímpica. Ao contar a sua história, a jovem demonstra-nos que os refugiados são pessoas comuns em circunstâncias extraordinárias, que fogem das suas casas para não morrerem dentro delas.

 

8. O Diário de Anne Frank – Diário Gráfico, Ari Folman, David Polonsky e Anne Frank

Escrito entre 12 de junho de 1942 e 1 de agosto de 1944, O Diário de Anne Frank foi publicado pela primeira vez em 1947, por iniciativa de seu pai, revelando ao mundo o dia a dia de dois longos anos de uma adolescente forçada a esconder-se, juntamente com a sua família e um grupo de outros judeus, durante a ocupação nazi da cidade de Amesterdão.

Todos os que se encontravam naquele pequeno anexo secreto acabaram por ser presos em agosto de 1944, e em março de 1945 Anne Frank morreu no campo de concentração de Bergen-Belsen, a escassos dois meses do final da guerra na Europa. O seu diário tornar-se-ia um dos livros de não ficção mais lidos em todo o mundo, testemunho incomparável do terror da guerra e do fulgor do espírito humano.

 

9. Eu, Malala, Malala Yousafzai e Christina Lamb

No dia 9 de outubro de 2012, Malala Yousafzai, então com 15 anos, regressava a casa vinda da escola quando a carrinha onde viajava foi mandada parar e um homem armado disparou três vezes sobre a jovem. Nos últimos anos Malala – uma voz cada vez mais conhecida em todo o Paquistão por lutar pelo direito à educação de todas as crianças, especialmente das raparigas – tornou-se um alvo para os terroristas islâmicos. Esta é a história, contada na primeira pessoa, da menina que se recusou a baixar os braços e a deixar que os talibãs lhe ditassem a vida. É também a história do pai que nunca desistiu de a encorajar a seguir os seus sonhos numa sociedade que dá primazia aos homens, e de uma região dilacerada por décadas de conflitos políticos, religiosos e tribais. Um livro que nos leva numa viagem extraordinária e que nos inspira a acreditar no poder das palavras para mudar o mundo.

 

PARA OS MAIS NOVOS

 

10. Amelia Earhart, Mariadiamantes e M.ª Isabel Sánchez Vegara

A pequena Amelia Earhart tinha os pés bem assentes na terra, mas o seu sonho era andar com a cabeça nas nuvens.

Um dia, o seu sonho de menina concretizou-se e Amelia tornou-se a primeira mulher a rasgar as nuvens sobre o Oceano Atlântico, de avião.

Nesta coleção, meninos e meninas vão descobrir como pequenos sonhos se transformam em grandes histórias de vida que mudaram o mundo em que vivemos.

 

11. Histórias de Adormecer para Raparigas Rebeldes 2, Elena Favilli e Francesca Cavallo

Depois de o primeiro volume de Histórias de Adormecer Para Raparigas Rebeldes ter embalado mais de um milhão de pessoas, as autoras Francesca Cavallo e Elena Favilli dão-nos a conhecer cem novas histórias de mulheres extraordinárias cujas vidas imprimiram no mundo uma marca de coragem, iniciativa e irreverência. Cada biografia é um pequeno conto inspirador que nos faz sonhar com um infinito universo de possibilidades. Entre escritoras, astronautas, fotógrafas, atrizes, políticas, cantoras, professoras, ativistas, revolucionárias, rainhas, enfermeiras, acrobatas… Estão mulheres tão diferentes como Agatha Christie, Yeonmi Parke, Nefertiti, J.K. Rowling, Beatrix Potter ou Simone Veil. Vidas que renovam a nossa esperança num mundo mais justo, igualitário e belo. Histórias que inspiram a sonhar mais longe.

 

12. Portuguesas ExtraordináriasMaria do Rosário Pedreira

As mulheres portuguesas são famosas por serem trabalhadoras, lutadoras, carinhosas e dedicadas. Cavaleiras, empresárias, políticas… Ao longo da História, várias foram as que se rebelaram contra convenções e obstáculos e alcançaram feitos incríveis que mudaram Portugal e o Mundo.

Este livro, com ilustrações apelativas, biografias, curiosidades e factos históricos fascinantes, celebra algumas das mais importantes portuguesas que se destacaram em diferentes áreas, da política às letras e ao empreendedorismo.

Fica a conhecer as pioneiras que abriram caminho para futuras gerações de mulheres extraordinárias: Josefa de Óbidos; Catarina de Bragança; Vieira da Silva; Catarina Eufémia; Maria de Lourdes Pintasilgo; Maria Lamas; entre outras.

 

HEROÍNAS DE HISTÓRIAS

 

13. Jane Eyre, Charlotte Brontë

Jane Eyre, pobre e órfã, cresceu em casa da sua tia, onde a solidão e a crueldade imperavam, e depois numa escola de caridade com um regime severo. Esta infância fortaleceu, no entanto, o seu carácter independente, que se revela crucial ao ocupar o lugar de preceptora em Thornfield Hall. Mas, quando se apaixona por Mr. Rochester, o seu patrão, um homem de grande ironia e algum cinismo, a descoberta de um dos seus segredos força-a a uma opção. Deverá ficar com ele e viver com as consequências, ou seguir as suas convicções, mesmo que para tal tenha de abandonar o homem que ama? Publicado em 1847, “Jane Eyre” chocou inúmeros leitores da Inglaterra vitoriana com a apaixonada e intensa busca de uma mulher pela igualdade e a liberdade.

 

14. Mulherzinhas, Louisa May Alcott

As irmãs Meg, Jo, Beth e Amy passam por um período difícil depois de verem o pai partir para a guerra e de se confrontarem com problemas económicos inesperados. No entanto, a união familiar e o espírito lutador que conseguem manter juntamente com a mãe ajudam-nas a ultrapassar todas as dificuldades. Quer em casa quer nas relações com os amigos e vizinhos, conseguem surpreender e continuar a ser fiéis aos seus sonhos, vivendo todos os dias com esperança e boa disposição. Um livro que nos dá o retrato de uma família de classe média americana do seu tempo, sublinhando os seus principais valores morais, e em que o amor e a coragem se revelam mais fortes do que todas as dificuldades.

 

15. A Letra Escarlate, Nathaniel Hawthorne

Na América puritana, o peito das mulheres adúlteras era marcado com uma letra escarlate, a marca da infâmia. Nesta sociedade quase totalitária, onde a vontade individual se verga ao peso da moralidade, uma mulher, Hester, será ostracizada, perseguida e vilipendiada por um crime que não é crime – amar fora do casamento. Mas ela ergue-se em todo o seu esplendor. Resiste e persiste. Indomável. Além de Hester, duas outras personagens permanecem na memória do leitor. Arthur Dimmesdale, o amante cobarde, torturado pelo peso da culpa, incapaz de assumir a sua relação. E Roger Chillingworth, o marido traído, de espírito vingativo, atormentando a vida dos amantes.
Psicologicamente denso, de uma simbologia complexa, este é o primeiro dos grandes romances americanos. Uma obra única. Uma obra imortal. Um verdadeiro monumento à literatura.

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