Maria do Rosário Pedreira
Biografia
Maria do Rosário Pedreira nasceu em Lisboa em 1959. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Depois de uma breve passagem pelo ensino, que a influenciou a escrever para jovens, ingressou na carreira editorial, sendo hoje editora de literatura portuguesa. A sua obra iniciou-se pela ficção juvenil com duas coleções que foram adaptadas à televisão e venderam cerca de um milhão de exemplares. Embora tenha publicado um romance e contos dispersos em revistas e antologias, é sobretudo conhecida como poeta, tendo publicado quatro livros, hoje coligidos na sua Poesia Reunida, publicada pela Quetzal em 2012 e distinguida com o Prémio da Fundação Inês de Castro. Está traduzida em várias línguas e publicada em volumes independentes, revistas e antologias em diversos países. Tem participado em numerosos encontros de escritores em Portugal e no estrangeiro. É ainda autora de letras para fado e canções e publicou uma biografia de Amália Rodrigues para crianças. Tem um blogue dedicado aos livros e à edição, Horas Extraordinárias, que mantém desde 2010. Escreve regularmente crónicas para a imprensa, algumas delas reunidas no livro Adeus, Futuro, publicado pela Quetzal em 2021.
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Esse Fado vaidoso
Uma galeria de novos autores e intérpretes transformou o modo como o fado é hoje olhado e divulgado em todo o mundo. Este livro reúne a poesia - desde os escritores medievais até aos contemporâneos - que mudou a voz dos portugueses.
Há poemas do fado tradicional que têm atravessado gerações e continuam a emocionar-nos como clássicos intemporais. Trata-se, geralmente, de temas que construíram uma mitologia do fado, da sua melancolia, da relação amorosa, da paixão, do ciúme, da saudade, e ainda do destino a que não se foge, do abandono, do desencontro, da separação ou da esperança desenganada. No entanto, sobretudo a partir de Amália, a poesia encontrou também no fado a sua voz de exceção. Esses primeiros autores trazidos para a área (como David Mourão-Ferreira, Alexandre O’Neill e Pedro Homem de Mello) tinham uma grande mestria e um conhecimento rigoroso da métrica e dos tópicos do fado, mas não se confundiam com os seus letristas típicos.
Com a renovação do seu estilo, além do mais, muitos outros poetas começaram a escrever para as novas vozes que surgiram e revolucionaram o género, transformando-o numa forma de expressão ainda mais universal.
Este livro é uma antologia monumental dessa poesia transcrita para o novo fado, dos trovadores medievais a Pessoa, Pedro Tamen, Lídia Jorge ou mesmo José Luís Peixoto.
Há poemas do fado tradicional que têm atravessado gerações e continuam a emocionar-nos como clássicos intemporais. Trata-se, geralmente, de temas que construíram uma mitologia do fado, da sua melancolia, da relação amorosa, da paixão, do ciúme, da saudade, e ainda do destino a que não se foge, do abandono, do desencontro, da separação ou da esperança desenganada. No entanto, sobretudo a partir de Amália, a poesia encontrou também no fado a sua voz de exceção. Esses primeiros autores trazidos para a área (como David Mourão-Ferreira, Alexandre O’Neill e Pedro Homem de Mello) tinham uma grande mestria e um conhecimento rigoroso da métrica e dos tópicos do fado, mas não se confundiam com os seus letristas típicos.
Com a renovação do seu estilo, além do mais, muitos outros poetas começaram a escrever para as novas vozes que surgiram e revolucionaram o género, transformando-o numa forma de expressão ainda mais universal.
Este livro é uma antologia monumental dessa poesia transcrita para o novo fado, dos trovadores medievais a Pessoa, Pedro Tamen, Lídia Jorge ou mesmo José Luís Peixoto.