A poesia à mesa da sua casa

Por: Bertrand Livreiros a 2021-03-15 // Coordenação Editorial: Marisa Sousa

Andreia C. Faria

Andreia C. Faria

Andreia C. Faria nasceu no Porto, em 1984. Publicou Flúor (Textura Edições, 2013), Um pouco acima do lugar onde melhor se escuta o coração (Edições Artefacto, 2015) e Tão Bela Como Qualquer Rapaz (Língua Morta, 2017, Melhor Livro de Poesia / Prémio Autores SPA). Em 2019 publicou Alegria para o fim do mundo (Porto Editora, Prémio Literário Fundação Inês de Castro), volume que reúne todos os livros anteriores. Em 2020 publicou o conjunto de prosas Clavicórdio (Língua Morta).

VER +
Fernando Assis Pacheco

Fernando Assis Pacheco

Fernando Assis Pacheco (1937-1995) nasceu em Coimbra, cidade onde se licenciou em Filologia Germânica e onde viveu até iniciar o serviço militar, em 1961. na juventude, foi actor de teatro e redactor da revista Vértice. cumpriu parte do serviço militar em Portugal, tendo seguido como expedicionário para Angola, onde esteve até 1965. nunca conheceu outra profissão que não fosse o jornalismo: deixou a sua marca de grande repórter no Diário de Lisboa, na República, no Jornal de Letras, Artes e Ideias, no Musicalíssimo e no Se7e, onde foi diretor-adjunto. Foi também redator e chefe de redação de O Jornal, semanário onde durante dez anos exerceu crítica literária, e colaborador da RTP. Cuidar dos Vivos (1963) foi o seu livro de estreia. Entre os demais livros que publicou, encontram-se Variações em SousaWalt e Trabalhos e Paixões de Benito Prada. A Musa Irregular – Edição aumentada reúne toda a sua produção poética, e inclui vários inéditos. Assis Pacheco traduziu para português Pablo Neruda e Gabriel García Márquez. Morreu a 30 de novembro de 1995, à porta de uma livraria.

VER +
Mafalda Veiga

Mafalda Veiga

Mafalda Veiga é escritora de canções, intérprete e compositora. Nasceu em Lisboa, a 24 de dezembro de 1965, onde viveu a maior parte da sua vida. Passou a infância e a adolescência em Espanha. Bisneta do pintor Simão da Veiga, aos sete anos já mexia em pincéis, óleos e telas com a avó, também pintora, e julgou ser essa a sua vocação. Foi então que o pai lhe ofereceu a primeira viola. Aprendeu a tocar com o seu tio mais novo, Pedro da Veiga, guitarrista de fado, e nunca mais parou. Aos treze anos, escreveu a primeira canção. O gosto pela composição e escrita de canções impunha-se. O seu primeiro disco, "PÁSSAROS DO SUL" (prémio Sete de Ouro Revelação), foi editado em novembro de 1987, quando estava ainda no segundo ano de Línguas e Literaturas Modernas, na Faculdade de Letras de Lisboa. Foi disco de prata. Terminou o curso de Literatura entre a escrita e os concertos. A escolha estava feita. Editou, ao longo dos últimos 30 anos, vários álbuns que foram discos de ouro, prata e platina, nomeadamente "TATUAGEM" (de 1999, cujas canções fizeram parte de bandas-sonoras de novelas da brasileira Tv Globo), "AO VIVO" (de 2000, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa), o DVD "5 DE OUTUBRO NO COLISEU DE LISBOA" (2004), "CHÃO" (de 2009, Prémio Zeca Afonso), "ZOOM" (2011) e "PRAIA" (de 2016, que é simultaneamente um disco e um caderno de autor). Publicou os livros "Songbook" (Quasi Edições, 2004) e "O carocho-pirilampo que tinha medo de voar" (Quasi Edições, 2005) e "E arrumei as gavetas e cuidei do meu jardim" (Blue Book, 2019) com imagens originais da pintora Ana Vidigal.

VER +
Herberto Helder

Herberto Helder

Herberto Helder nasceu em 1930 no Funchal, onde concluiu o 5.º ano. Em 1948 matriculou-se em Direito mas cedo abandonou esse curso para se inscrever em Filologia Românica, que frequentou durante três anos. Teve inúmeros trabalhos e colaborou em vários periódicos como A Briosa, Re-nhau-nhau, Búzio, Folhas de Poesia, Graal, Cadernos do Meio-dia, Pirâmide, Távola Redonda, Jornal de Letras e Artes. Em 1969 trabalhou como diretor literário da editorial Estampa. Viajou pela Bélgica, Holanda, Dinamarca e em 1971 partiu para África onde fez uma série de reportagens para a revista Notícias. Em 1994 foi-lhe atribuído o Prémio Pessoa, que recusou. Faleceu em Cascais a 23 de março de 2015, tinha 84 anos.

VER +

Mário-Henrique Leiria

Mário-Henrique Leiria (1923-1980) é um dos nomes maiores das letras lusas e um dos grandes autores de culto do século XX

Expoente maior do surrealismo, Mário-Henrique Leiria foi um obreiro das literaturas alternativas quer como escritor, experimentalista sempre, brilhante eternamente, quer como tradutor que foi de várias literaturas e géneros de vanguarda à época (ficção-científica ou policial psicológico).

A obra de Mário-Henrique Leiria, sendo curta aborda os mais diversos géneros e formas. para além dos famosos «Contos do Gin-Tonic» e «Novos Contos do Gin-Tonic», podem encontrar-se poesia, colagem, novela, cartas, traduções, preacios e artigos.

Autor de culto, é certamente uma das vozes mais originais e invulgares das letras lusas do século passado.

Para além de escritor foi editor (no Brasil, onde esteve exilado), pintor, e encenador teatral.

VER +

Últimos artigos publicados

“Orbital”, tudo sobre o novo vencedor do Booker Prize

O vencedor da edição de 2024 do mais importante galardão britânico da literatura, e sucessor de Canção do Profeta, de Paul Lynch, foi anunciado no passado dia 12 de novembro. Fique a saber tudo sobre Orbital, de Samantha Harvey, uma meditação sobre a vida na Terra a partir do espaço. Quem é Samantha Harvey? Num ano especialmente dominado pelas mulheres – os finalistas da edição de 2024 do Booker Prize incluíam o maior número de escritores do sexo feminino desde que o prémio foi lançado há 55 anos –, Samantha Harvey tornou-se a 21ª escritora a vencer o galardão. Nascida em Kent, na Inglaterra, em 1975, é formada em Filosofia, autora de cinco romances, escultora, e professora no curso de Mestrado em Escrita Criativa, na Bath Spa University. Na década de 2000, trabalhou no Museu de Astronomia Herschel, em Bath, local onde foi descoberto o planeta Úrano, e onde despertou o seu interesse por aquele que viria  a ser o tema do seu mais recente romance.

Prémio Livreiros Bertrand para Autores Lusófonos 2023: e o vencedor é...

Na passada quinta-feira, dia 30 de maio, pelas 17h, o Auditório Sul da Feira do Livro de Lisboa foi palco da cerimónia de divulgação do vencedor da 2ª edição do Prémio Livreiros Bertrand para Autores Lusófonos. Este prémio, atribuído pela primeira vez no ano passado, reconhece a melhor obra original em língua portuguesa, de autor lusófono, cuja primeira edição tenha sido publicada no ano transato. A escolha cabe aos mais de quatrocentos livreiros de todas as livrarias Bertrand e o vencedor recebe um prémio pecuniário no valor de dez mil euros. A escolha da obra vencedora é efetuada através de voto secreto dos livreiros da rede da livraria mais antiga do mundo. @font-face {font-family:"Cambria Math"; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:roman; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-536870145 1107305727 0 0 415 0;}@font-face {font-family:Aptos; panose-1:2 11 0 4 2 2 2 2 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:536871559 3 0 0 415 0;}p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-unhide:no; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; margin-top:0cm; margin-right:0cm; margin-bottom:8.0pt; margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Aptos",sans-serif; mso-ascii-font-family:Aptos; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:Aptos; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Aptos; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-font-kerning:1.0pt; mso-ligatures:standardcontextual; mso-fareast-language:EN-US;}span.msoIns {mso-style-type:export-only; mso-style-name:""; text-decoration:underline; text-underline:single; color:teal;}.MsoChpDefault {mso-style-type:export-only; mso-default-props:yes; mso-ascii-font-family:Aptos; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:Aptos; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Aptos; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-fareast-language:EN-US;}.MsoPapDefault {mso-style-type:export-only; margin-bottom:8.0pt; line-height:115%;}div.WordSection1 {page:WordSection1;}

Os leitores e livreiros Bertrand elegeram os melhores livros de 2023: conheça os vencedores

Os livros do ano 2023 já foram escolhidos pelo júri mais exigente. Leitores e livreiros Bertrand elegeram as obras vencedoras em cada uma das sete categorias que foram a votos: Melhor Livro de Ficção Lusófona, Melhor Livro de Ficção Estrangeira, Melhor Livro de Não Ficção (lusófona e estrangeira), Melhor livro de Poesia, Melhor Reedição de Grandes Obras da Literatura, Melhor Livro Infantil e Melhor BD e Novela Gráfica. 

Este ano, a poesia portuguesa senta-se à sua mesa. À semelhança do que aconteceu com a edição deste ano do festival literário Correntes d'Escritas, também o festival Poesia à mesa, organizado anualmente na cidade de São João da Madeira, procurou reinventar-se num novo formato. Com exibição exclusivamente online, através das redes sociais do evento e do municípioa organização promete contudo "a mesma intensidade e cumplicidade poéticas", com um "programa que se constrói de palavras". À semelhança dos anos anteriores, esta 19ª edição do festival homenageia seis poetas - nomeadamente, Andreia C. Faria, Fernando Assis Pacheco, Herberto Helder, Mafalda Veiga, Mário-Henrique Leiria e Soror Violante do Céu.

Começou hoje, dia 15, e termina no dia 21 de março.


 

Entre as propostas do programa, destacam-se “Poetizando”, uma conversa sobre a vida, a poesia e as palavras de Fernando Assis Pacheco, com o poeta José Fanha e o radialista Fernando Alves, a 18 de março; a exposição de Arte Contemporânea e Arte Bruta “Imagens, Signos e Escrita nas Coleções do Centro de Arte Oliva”, em exibição na Biblioteca Municipal até ao dia 15 de setembro, ou a atuação do pianista jazz João Paulo Esteves da Silva, no dia 19. No dia 20 de março, a Peregrinação poética é apresentada como o "maior momento de envolvimento comunitário" do festival, existindo ainda espaço para atuações poéticas diárias, pelos trabalhadores fabris da cidade. Por sua vez, o Dia Mundial da Poesia e último dia do festival, dia 21 de março, contará com a presença de Mafalda Veiga, uma das mais conceituadas cantautoras portuguesas.

Esta edição traz também novidades como a inclusão da poesia na ementa das refeições takeaway servidas pelos restaurantes aderentes, e materiais exclusivos do festival, como máscaras de proteção covid-19 personalizadas com poemas.

Consulte aqui o programa completo.

X
O QUE É O CHECKOUT EXPRESSO?


O ‘Checkout Expresso’ utiliza os seus dados habituais (morada e/ou forma de envio, meio de pagamento e dados de faturação) para que a sua compra seja muito mais rápida. Assim, não tem de os indicar de cada vez que fizer uma compra. Em qualquer altura, pode atualizar estes dados na sua ‘Área de Cliente’.

Para que lhe sobre mais tempo para as suas leituras.