Não existe senão o presente.

Por: Beatriz Sertório a 2022-04-15 // Coordenação Editorial: Marisa Sousa

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Violeta
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Cheque-livro: tudo o que precisas de saber

Arranca hoje, dia 4 de novembro, o programa que oferece aos jovens o prazer da leitura. Se completaste ou vais completar 18 anos em 2023 ou 2024, tens direito a um cheque-livro de vinte euros para gastar numa livraria próxima de ti. Mas sabes como resgatar o teu cheque-livro? Quais os livros abrangidos? E até quando podes utilizá-lo? Se tens dúvidas, estamos aqui para as esclarecer!

Três escritoras que transformaram os seus diagnósticos de cancro da mama em arte

“Ainda não encontrei outra forma de sobreviver senão continuar a escrever uma linha, mais uma linha, mais uma linha ...”. Esta citação do autor japonês Yukio Mishima poderia descrever as experiências de vida destas três escritoras. Depois de confrontadas com o diagnóstico que ninguém quer receber, transformaram a sua dor, medo e incertezas em palavras e fizeram da escrita catarse. Neste Dia da Prevenção do Cancro da Mama, um dia dedicado à sensibilização para esta luta que afeta cerca de 9000 portugueses e portuguesas todos os anos, partilhamos as suas histórias e os livros que nasceram de um dos períodos mais difíceis das suas vidas.

Duas verdades e um mito da língua portuguesa — adivinha qual?

"Queria? Já não quer?". Com certeza já ouviu esta piada, repetida até à exaustão por funcionários de café de todo o país, mas será realmente um erro dizer “queria um café” em vez de “quero”, ou “quereria”? No novo livro de Marco Neves, que vai buscar o título a esta expressão — Queria? Já Não Quer? Mitos e disparates da língua portuguesa (Guerra & Paz) — são desmascarados alguns mitos e enganos sobre palavras e expressões quotidianas da línguas portuguesa, tais como esta.

A caminhar para os seus 80 anos, refletiu Vergílio Ferreira num ensaio intitulado Pensar:

"Uma vida inteira — que amontoado de coisas. Mas quantas coisas nela são coisas de serem? Tão poucas. Porque só o são, se elas nos surpreenderem e a pancada que nos dão ficar a doer."
 

Tendo vivido até aos 100 anos, Violeta, a protagonista do mais recente romance da chilena Isabel Allende, carregou muitas dores ao longo da sua vida. Nasceu durante a pandemia da Gripe Espanhola, atravessou a crise da Grande Depressão, testemunhou (ainda que à distância) as atrocidades da Segunda Guerra Mundial e ainda viveu o suficiente para ver o mundo mergulhado numa nova pandemia. Entre os grandes momentos da História, estão aqueles que não aparecem nos manuais, mas que, apesar disso, são o próprio “amontoado de coisas” de que a vida é feita.
 

“Há um tempo para viver e um tempo para morrer. Entre ambos, há tempo para recordar.” — Isabel Allende
 

Depois de mais de 25 livros publicados e traduzidos em 42 idiomas, Violeta marca os quarenta anos de vida literária desta que é a autora de língua espanhola mais lida em todo o mundo. Quando questionada acerca da inspiração que a levou a escrever este romance, confessa que surgiu num desses mesmos momentos em que a dor teima em não passar - a morte da sua mãe, em 2018. Por as suas emoções não lhe permitirem distanciar-se o suficiente para escrever uma biografia, decidiu então transformar a história de vida da sua mãe em ficção, oferecendo-a, assim, à eternidade que é própria da literatura.

Violeta, como tantas personagens marcantes de Allende, é uma mulher forte, social e economicamente independente, que se eleva perante a mentalidade retrógrada e conservadora da sua família através da educação. Vive num país sul-americano, nunca nomeado, marcado pela mancha do patriarcado, o qual desafia constantemente. No final de uma vida preenchida, que se estendeu ao longo de um século, começa a escrever cartas nas quais recorda as suas vivências, e a partir das quais se dá a conhecer ao leitor.

 

“Depois de viver um século, sinto que o tempo me escorreu por entre os dedos. Para onde foram estes 100 anos?” — Isabel Allende
 

Ao nascer durante uma pandemia e tendo morrido no decorrer de outra, Violeta é testemunha de como a História ocorre em ciclos; com as analogias que esta tece ao longo do tempo, o passado torna-se advertência para o presente e, com ele, aprendemos a escrever um futuro melhor. Por sua vez, no último ciclo da vida de cada um, aprenderemos, então, a mesma verdade que esta constata nos seus últimos dias: no final de contas, no “amontoado de coisas” que formam a História das nossas vidas, não existe senão o presente.

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