Dia Mundial da Internet | “Já não vivemos com os media, mas nos media”

Por: Sónia Rodrigues Pinto a 2019-05-17 // Coordenação Editorial: Marisa Sousa

Ernest Cline

Ernest Cline é o conhecido argumentista do filme de culto Loucos e Fãs. É também escritor e geek a tempo inteiro. Vive no Texas com a mulher e a filha. Possui uma vasta coleção de videojogos clássicos. Ready Player One - Jogador 1 é o seu primeiro livro, cujos direitos foram adquiridos por 35 países, tendo sido adaptado ao cinema pela Warner Brothers com uma excelente realização de Steven Spielberg .

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William Gibson

William Gibson

William Gibson revolucionou a ficção científica com a publicação de Neuromancer, no ano de 1984. Tendo sido o primeiro autor que nos deu a conhecer o conceito da Matrix e que cunhou o termo «ciberespaço» e que acendeu o pavio do movimento «Cyberpunk». Mais de quatro décadas depois, o texto de Gibson mantém-se tão apelativo e diferente como no primeiro dia. A sua narrativa noir ainda brilha como crómio nas sombras e a sua representação sobre a ascensão e o abuso de poder corporativo afiguram-se mais prescientes que nunca. Um híbrido entre thriller e advertência, Neuromancer é um clássico intemporal da ficção científica moderna e uma das visões de futuro mais potentes e atraentes de sempre.

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Dave Eggers

Dave Eggers

Dave Eggers nasceu em Boston, em 1970, numa família com 4 irmãos. Depois da morte dos seus pais, em 1991, mudou-se com o irmão mais novo, de quem ficou tutor legal, para a Califórnia, onde frequentou a Universidade de Berkley. Escritor galardoado, Eggers recebeu também várias distinções pela sua actuação junto das comunidades, nomeadamente, pelo trabalho que desenvolve em 826 Valência - um projecto educativo sem fins lucrativos que promove as competência linguísticas e literárias de jovens dos seis aos dezoito anos -; e, mais recentemente, pela denúncia do fracasso da administração americana no rescaldo do Katrina, através do seu envolvimento no caso Zeitoun e subsequente relato em livro (Quetzal, 2010). Dave Eggers é fundador da editora independente McSweeney’s. Vive com a mulher - a escritora Vandela Vida - e os seus dois filhos na baía de São Francisco.

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Isabel Allende

Isabel Allende

Isabel Allende nasceu em 1942, no Peru. Passou a primeira infância no Chile e viveu em vários lugares na adolescência e juventude. Depois do golpe militar de 1973 no Chile, exilou-se na Venezuela e, desde 1987, vive como imigrante na Califórnia. Define-se como “eterna estrangeira”.
Iniciou a carreira de jornalista, no Chile e na Venezuela.
Em 1982, o seu primeiro romance, A Casa dos Espíritos, transformou-se num dos míticos livros da literatura latino-americana. A este romance seguiram-se muitos outros, alcançando sucesso internacional. A sua obra foi traduzida em 40 línguas e vendeu mais de 75 milhões de exemplares, sendo a escritora mais lida em língua espanhola.
Recebeu mais de 60 prémios internacionais, entre os quais o Prémio Nacional de Literatura do Chile, em 2010, o Prémio Hans Christian Andersen, na Dinamarca, em 2012, pela sua trilogia As Memórias da Águia e do Jaguar, e a Medalha da Liberdade, nos Estados Unidos, a mais alta distinção civil, em 2014.
Em 2018, Isabel Allende tornou-se a primeira escritora de língua espanhola premiada com a medalha de honra do National Book Award, nos Estados Unidos, pelo seu enorme contributo para o mundo das letras.

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Em agosto de 2017, o jornalista Noah Smith escreveu no Twitter: “Há 15 anos, a Internet era a escapatória do mundo real. Agora, o mundo real é uma escapatória da Internet.” Estas palavras, que depressa se tornaram virais nas redes sociais, espelham o que se passa atualmente no mundo, indo ao encontro da sugestão da visão de Mark Deuze, professor e investigador, que defende que “já não vivemos com os media, mas nos media“.

Hoje celebramos o Dia Mundial da Internet, uma data que pretende refletir sobre as potencialidades e desafios das novas tecnologias na vida dos cidadãos. Também na literatura se têm refletido os receios e previsões dos efeitos adversos do mundo digital. Escolhemos cinco sugestões.

 


 

 
O Círculo (2016), de Dave Eggers

Mae Holland é contratada para trabalhar no Círculo, a empresa digital mais influente do mundo. Através de um inovador sistema operativo, o Círculo unifica endereços de e-mail, perfis de redes sociais, transações bancárias, construindo uma identidade virtual única no sentido da criação de uma nova era de transparência.

O que começa como uma fascinante história de ambição profissional depressa se transforma num romance de suspense que coloca algumas das mais fervorosas questões da atualidade: o papel da memória, o passado, a privacidade, a democracia e os limites do conhecimento.

 
Super Sad True Love Story (2010), de Gary Shteyngart

A obra de Shteyngart oferece-nos um retrato cómico e incisivo da América do futuro, ao mesmo tempo que narra uma história de amor que começa da forma mais improvável e estranha. Mais do que isso, Super Sad True Love Story é um arrepiante modelo daquilo que o futuro se pode tornar com o exagero das tecnologias. Nesta realidade, usam-se dispositivos móveis ao pescoço, que permitem rankings em tempo real das pessoas à nossa volta.

Quando Lenny Abramov, a personagem principal, vai a um bar com amigos, é informado que a rapariga bonita que ele andava a mirar classificou a sua “aparência masculina em 120 de 800 e personalidade em 450”. Outros dados que podem ser consultados vão desde níveis de colesterol até ao tempo estimado de vida, preferências sexuais ou religiosas, etc.

Veja também O Periférico, do mesmo autor, publicado em 2019 pela Saída de Emergência.

 
Neuromancer (2016), de William Gibson

Originalmente publicado em 1984, William Gibson previu uma rede global de milhares de computadores, sete anos antes da Internet tornar-se popular. Ainda que não seja uma descrição literal daquilo que o mundo digital é para nós hoje, o autor anteviu um mundo de comunicação numa altura em que pensar num computador pessoal era visto como uma espécie de luxo.

Também foi Gibson que popularizou o termo “ciberespaço” através das suas novelas, bem como previu a ameaça de hackers digitais, elementos que ajudaram a que recebesse o Prémio Hugo, Nebula e Philip K. Dick. 

 
O Jogo de Ripper (2016), de Isabel Allende

A escritora chilena estreou-se nos thrillers com a história de Amanda, uma investigadora nata, viciada em livros policiais e em Ripper, um jogo de mistério online, em que ela participa, com outros adolescentes espalhados pelo mundo, com o objetivo de resolver os casos de homicídio de Jack, o Estripador. 

Quando uma série de assassinatos ocorre em São Francisco, Amanda e o seu grupo de amigos encontram terreno para saírem das investigações virtuais, descobrindo, bem antes da polícia, a existência de uma ligação entre os crimes. Quando a sua mãe desaparece, o caso torna-se pessoal, e Amanda terá de deslindar o mistério antes que seja demasiado tarde. 

 
Ready Player One (2018), de Ernest Cline

Em 2044 o mundo tornou-se um lugar triste, devastado por conflitos, escassez de recursos, fome, pobreza e doenças. Wade Watts só se sente feliz na realidade virtual conhecida como OASIS, onde pode viver, jogar e apaixonar-se sem constrangimentos. Quando o criador do OASIS morre, deixa a sua imensa fortuna e o controlo da realidade virtual a quem conseguir resolver os enigmas que aí escondeu. Os utilizadores têm apenas como pistas a cultura pop dos anos 1980. Começa assim uma frenética e perigosa caça ao tesouro.

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