“O livro é melhor”: o que faz de uma adaptação boa ou má?

Por: Marta Ribeiro a 2023-09-04 // Coordenação Editorial: Marisa Sousa

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Harry Potter e a Pedra Filosofal
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Em Parte Incerta
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A Todos os Rapazes que Amei
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Ao longo dos anos, cada vez mais livros têm sido adaptados ao ecrã – pequeno ou grande. Filmes como O Padrinho ou Senhor dos Anéis acabaram por se tornar num marco maior do que a obra que os inspirou. Mas, muitas vezes, os leitores insistem que “o livro é melhor” porque na adaptação são esquecidos pormenores, a evolução das personagens é muito rápida ou o papel principal foi entregue ao ator errado. 
 

Afinal, o que faz de uma adaptação boa ou má?
 

É importante lembrar que, para os fãs acérrimos de um livro, a adaptação parte em desvantagem. Mas não é impossível conquistá-los. Só é preciso:


1. Manter-se fiel ao livro 

Sagas como Harry Potter ou O Senhor dos Anéis são aclamadas pelos leitores porque têm uma atenção ao detalhe acima da média. O universo criado, ainda que com algumas diferenças, mantém-se fiel às descrições dos escritores. Mas não há regra sem exceção: é o caso de Bridgerton. A série distancia-se do livro em vários pontos – por exemplo, a Rainha Carlota, uma das personagens favoritas do público, não existe nos livros. Julia Quinn também nunca refere a cor da pele dos personagens ao longo dos romances, mas a adaptação da Netflix retrata várias pessoas negras que fazem parte da alta sociedade inglesa – incluindo a própria rainha. 

 

2. Escolher os atores certos para cada papel

Não raras vezes um ator fica tão conhecido por interpretar um papel que acaba colado a ele durante muitos anos. Mas é também desse realismo que vivem os bons filmes: acreditarmos que o que estamos a ver não é ficção. Daniel Radcliffe será sempre Harry Potter para a geração que cresceu a vê-lo ir para Hogwarts durante anos. Já Anthony Hopkins ganhou um Óscar de Melhor Ator pelo filme O Silêncio dos Inocentes, apesar de ter estado no ecrã durante apenas 16 minutos, que o eternizaram como Hannibal Lecter.

 

3. Criar um universo visual que espelhe o livro

As cores, o ambiente, os planos, todos os pormenores influenciam a forma como o filme é percecionado. Quando David Fincher adaptou Em Parte Incerta criou um universo escuro, onde a tensão se sentia em todos os cantos. A capacidade de transpor sensações no ecrã é especialmente importante para quem já leu o livro, e espera sentir a história da mesma forma. 

Com uma estética muito diferente – quase diametralmente oposta –, a adaptação de A Todos os Rapazes que Amei, de Jenny Han, transpõe o universo de Lara Jean para o pequeno ecrã. As cores vibrantes, as simetrias, a organização, tudo faz sentido e está ligado à forma como o livro está escrito. A escritora é produtora executiva de todos os filmes da trilogia que escreveu, o que facilita a transposição da própria visão para o ecrã. Mais recentemente adaptou o livro O Verão em que Me Apaixonei para uma série da Prime Video, que conta com duas temporadas.

Opinião dos leitores

Agradecimento
Rodrigo Gouveia | 09-09-2023
Obrigado pelo artigo que achei interessante. Concordo particularmente com a necessidade de se criar um ambiente visual (e sonoro) que permita percecionar o filme de forma semelhante ao livro. Para mim, a vantagem que os livros têm é a de poder descrever um ambiente psicológico com mais detalhe do que os filmes. Por isso os filmes que adaptam livros têm de usar as suas "armas" como o som e a imagem para conseguir replicar essas sensações.
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