Estes são os 13 finalistas do Booker Prize International 2020
Por: Sónia Rodrigues Pinto a 2020-02-27 // Coordenação Editorial: Marisa Sousa
Últimos artigos publicados
Já se conhecem os finalistas do Booker Prize International 2020. A longlist foi divulgada esta quinta-feira, revelando 13 nomeados, escolhidos a partir de um conjunto inicial de 124 obras de diversas línguas e nacionalidades. O prémio procura incentivar a publicação e leitura de ficção de qualidade a nível global, promovendo, simultaneamente, o trabalho dos tradutores no Reino Unido ou Irlanda.
Entre os nomeados deste ano, encontram-se, entre outros, a argentina Samantha Schweblin (já nomeada para a longlist de 2019 com Mouthful of Birds); a mexicana Fernanda Melchor; o espanhol Enrique Vila-Matas, de Espanha, nomeado com o romance Mac and His Problem; o francês Michel Houellbecq, com Serotonin, e a japonesa Yoko Ogawa, com a obra The Memory Police.
Em comunicado, o presidente do júri do Booker International, Ted Hodgkinson, escritor e crítico literário, destaca a “mestria cumulativa enraizada no diálogo entre autores e tradutores”, que possui o “poder de ampliar o alcance das vidas que se encontram numa página”.
Nove dos 13 nomeados que integram a longlist foram publicados por editoras independentes, como é o caso da obra de Shokoofeh Azar, Enlightenment Of The Greengage Tree, publicado pela Europa Editions, cujo tradutor de língua persa escolheu o anonimato, por razões de segurança. Lucie Campos, diretora da Villa Gillet, editora e membro do júri deste ano, garantiu que as editoras não foram relevantes no processo de seleção: “Só depois é que olhamos para trás e vimos que a lista era composta por nove editoras independentes. O que isto demonstra é o incrível trabalho que está a ser feito para identificar estes livros e trazê-los à tona. As editoras estão a assumir riscos de forma empolgante, ao trazerem ficção ambiciosa e relevante.”
A LONGLIST DE NOMEADOS
- Red Dog, de Willem Anker (África do Sul). Traduzido por Michiel Heyns (Pushkin Press);
- The Enlightenment of The Greengage Tree, de Shokoofeh Azar (Irão). Tradutor anónimo (Europa Editions);
- The Adventures of China Iron, de Gabriela Cabezón Cámara (Argentina). Traduzido por Iona Macintyre e Fiona Mackintosh (Charco Press);
- The Other Name: Septology I – II, de Jon Fosse (Noruega). Traduzido por Damion Searls (Fitzcarraldo Editions);
- The Eighth Life, de Nino Haratischvili (Geórgia). Traduzido por Charlotte Collins e Ruth Martin (Scribe UK);
- Serotonin, de Michel Houellebecq (França). Traduzido por Shaun Whiteside (William Heinemann);
- Tyll, de Daniel Kehlmann (Alemanha). Traduzido por Ross Benjamin (Quercus);
- Hurricane Season, de Fernanda Melchor (México). Traduzido por Sophie Hughes (Fitzcarraldo Editions);
- The Memory Police, de Yoko Ogawa (Japão). Traduzido por Stephen Snyder (Harvill Secker);
- Faces on the Tip of My Tongue, de Emmanuelle Pagano (França). Traduzido por Sophie Lewis e Jenninfer Higgins (Peirene Press);
- Little Eyes, de Samanta Schweblin (Argentina). Traduzido por Megan McDowell (Oneworld);
- The Discomfort of Evening, de Marieke Lucas Rijneveld (Holanda). Traduzido por Michele Hutchison (Faber & Faber);
- Mac and His Problem, de Enrique Vila-Matas (Espanha). Traduzido por Margaret Jull Costa e Sophie Hughes (Harvill Secker).
Além de Hodgkinson e de Campos, o júri do Booker Prize International de 2020 é composto pela tradutora Jennifer Croft (que recebeu este galardão pela tradução de Flights, da polaca Olga Tokarczuk), pelo jornalista e escritor Jeet Thayil e pela autora Valeria Luiselli.
No ano passado, o Booker Prize International foi atribuído a Jokha Alharti, pelo romance Corpos Celestes (2020, Relógio D’Água). Alharti foi a primeira escritora do Sultanato de Omã a vencer o prémio.
Os seis finalistas que compõem a shortlist do Booker Prize International serão revelados a 2 de abril e o vencedor será conhecido a 19 de maio.
Fontes: Observador e The Guardian