Michel Houellebecq
Biografia
Michel Houellebecq é um autor francês nascido na ilha de Reunião em 1956.
Escreveu e publicou vários romances e obras de poesia, e está publicado em mais de quarenta países. Entre os seus romances estão publicados em Portugal, na Alfaguara: Extensão do domínio da luta (2016), Lanzarote (2017), Partículas elementares (2021), Plataforma (2021), A possibilidade de uma ilha (2018), O mapa e o território (2011), Submissão (2015) e Serotonina (2019). Venceu, entre outros, o Prémio Novembre, em 1998, e o Prémio Impac Dublin, em 2002.
Com A possibilidade de uma ilha venceu o Prémio Interallié e foi finalista do Prémio Goncourt.
O prestigiado Prémio Goncourt foi-lhe atribuído em 2010 pelo romance O mapa e o território.
Em 2019 foi-lhe atribuída a Legião de Honra.
Escreveu e publicou vários romances e obras de poesia, e está publicado em mais de quarenta países. Entre os seus romances estão publicados em Portugal, na Alfaguara: Extensão do domínio da luta (2016), Lanzarote (2017), Partículas elementares (2021), Plataforma (2021), A possibilidade de uma ilha (2018), O mapa e o território (2011), Submissão (2015) e Serotonina (2019). Venceu, entre outros, o Prémio Novembre, em 1998, e o Prémio Impac Dublin, em 2002.
Com A possibilidade de uma ilha venceu o Prémio Interallié e foi finalista do Prémio Goncourt.
O prestigiado Prémio Goncourt foi-lhe atribuído em 2010 pelo romance O mapa e o território.
Em 2019 foi-lhe atribuída a Legião de Honra.
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Alguns Meses na Minha Vida
Michel Houellebecq participou, com a sua mulher, num filme pornográfico. Queria, por puro prazer, eternizar vestígios da vida sexual do casal para os saborear com ternura quando, como é inescapável, esses actos já não fossem possíveis. E, subitamente, o expectável momento de prazer converteu-se num pesadelo habitado por três monstros, a Barata, a Porca e a Perua.
Alguns Meses na Minha Vida conta, com uma transparência que roça a candura, toda a canalhice de que Houellebecq foi objecto. Mas este não é só o livro de uma chantagem, é também uma funda, por vezes dolorosa e auto-irónica reflexão sobre o sexo, a pornografia, o amor, que Houellebecq afirma ser o elemento mais importante da sexualidade. Este é um livro sem tabus, que fala da beleza e ataca a fealdade de Picasso e de Sade, por exemplo, defendendo a inocência da pornografia, de que Houellebecq queria fazer parte, e rejeitando a pornografia indigna.
Houellebecq fala ainda da França e esclarece o que, realmente, pensa da ameaça islâmica. Penitencia-se por algumas declarações tontas, mas recusa qualquer responsabilidade de incitação ao ódio racial. Num testemunho sincero, afirma que os franceses têm medo e «não se pensa quando se tem medo»: o que os franceses «também sabem, empiricamente, é que os bairros onde os muçulmanos são numerosos são igualmente os bairros em que os delinquentes são numerosos».
Alguns Meses na Minha Vida conta, com uma transparência que roça a candura, toda a canalhice de que Houellebecq foi objecto. Mas este não é só o livro de uma chantagem, é também uma funda, por vezes dolorosa e auto-irónica reflexão sobre o sexo, a pornografia, o amor, que Houellebecq afirma ser o elemento mais importante da sexualidade. Este é um livro sem tabus, que fala da beleza e ataca a fealdade de Picasso e de Sade, por exemplo, defendendo a inocência da pornografia, de que Houellebecq queria fazer parte, e rejeitando a pornografia indigna.
Houellebecq fala ainda da França e esclarece o que, realmente, pensa da ameaça islâmica. Penitencia-se por algumas declarações tontas, mas recusa qualquer responsabilidade de incitação ao ódio racial. Num testemunho sincero, afirma que os franceses têm medo e «não se pensa quando se tem medo»: o que os franceses «também sabem, empiricamente, é que os bairros onde os muçulmanos são numerosos são igualmente os bairros em que os delinquentes são numerosos».