As 10 melhores dicas de Stephen King para escritores

Por: Beatriz Sertório a 2019-09-17 // Coordenação Editorial: Marisa Sousa

Stephen King

Stephen King

Stephen King nasceu em Portland, no Maine, em 1947. Após o divórcio dos pais ainda criança, foi criado pela mãe, Nelly Ruth Pillsbury King. Licenciou-se em Inglês na Universidade do Maine, em 1970, com uma especialização em Ensino. Conheceu a mulher, Tabitha Spruce, nos corredores da biblioteca da universidade, onde ambos trabalhavam enquanto estudantes. Casariam em 1971.
Publica o seu primeiro romance, Carrie, em 1974, cujo contrato de edição lhe permitiu abandonar o ensino e dedicar-se em exclusivo à escrita. Depois? Depois é história. E Depois é também o novo romance que se junta a 'Salem's Lot, The Shining, The Stand – A Dança da Morte, Samitério de Animais, It – A Coisa, Misery ou Se Tem Sangue, entre outros, todos publicados pela Bertrand Editora, que fazem de King um dos grandes mestres da moderna narrativa americana, um autor que concilia inquietação, entretenimento e qualidade literária como nenhum outro. Recebeu a National Book Foundation Medal for Distinguished Contribution to American Letters em 2003 e a National Medal of Arts em 2014.
www.stephenking.com

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Conhecido mundialmente como o Mestre do terror , Stephen King , é um dos mais prolíficos autores do género. Tendo escrito 61 romances, 6 livros de não ficção e cerca de 200 contos aos 71 anos, é apenas natural que aspirantes a escritores se virem para King para procurar conselhos. Na semana do aniversário deste que é um dos mais celebrados autores norte-americanos, partilhamos consigo 10 dicas do autor para escrever melhor.
 

 

1. Escrever uma palavra de cada vez

Embora possa parecer algo óbvio, um dos primeiros conselhos de King, para quem quer escrever, é concentrar-se em fazê-lo uma palavra de cada vez. Muitos aspirantes a escritor crêem que quando escrevem um livro, já devem ter presente o início, o meio e o fim mas, para King, “seja uma vinheta de uma única página ou uma trilogia como O Senhor dos Anéis, o trabalho é sempre feito uma palavra de cada vez.” Isto faz também com que a escrita o leve para caminhos inesperados sendo, frequentemente, nos desvios que se encontra a essência da história que estamos a escrever.

 

2. Estabelecer um objetivo diário

Se se questiona como é que King consegue escrever tanto, parte da resposta talvez esteja no facto de o autor estabelecer um objetivo de dez páginas por dia. Se o conseguir cumprir, terá escrito cerca de 2.000 palavras por dia, o que, ao fim de três meses, resulta em 180.000 palavras – segundo o autor, uma dimensão razoável para um romance. Talvez seja um objetivo demasiado elevado para a maior parte das pessoas, mas o importante é criar uma rotina e cumpri-la todos os dias. Se o  valor recomendado por Stephen King, de 1.000 palavras por dia, for demasiado por si, comece por 500 e, à medida que comece a ganhar o hábito de escrever todos os dias, tente aumentar gradualmente.

 

3. Eliminar as distrações

Para Stephen King, a escrita é uma atividade que deve ser feita em total isolamento do mundo exterior. Isso significa televisão e telemóvel desligados, porta do quarto  fechada e, se tiver janelas, corra os cortinados. Significa também que deve deixar as opiniões de segundos apenas para depois de ter um primeiro rascunho escrito. Para o autor, a escrita deve ser, num primeiro momento, uma atividade solitária, sendo da relação exlusiva do escritor com a página em branco que nascem as histórias. Nas palavras de King: “Write with the door closed; rewrite with the door open.”

 
 

Stephen King a escrever no seu escritório (1982).
 

4. Não escrever para agradar

Embora Stephen King goste de imaginar um leitor ideal para o ajudar a tomar decisões quando escreve uma história – por norma, considera a opinião da sua mulher, Tabitha, -, é crucial que escrevamos primeiro para nós próprios e só depois para os leitores. Em primeiro lugar, porque, para escrever de forma honesta não podemos estar preocupados com quem poderemos ofender com a nossa escrita. Depois, porque a principal motivação para a escrita deve ser a própria alegria de escrever. Como revela no seu livro On Writing: A memoir of the craft : “I did it for the pure joy of the thing. And if you can do it for joy, you can do it forever.” 

 

5. Evitar advérbios e palavras complexas

Um conselho mais prático que Stephen dá aos jovens escritores é evitar a utilização de advérbios e palavras complexas , uma prática que, para ele, revela imaturidade por parte do escritor. Se quer escrever como o grande Mestre do Terror , cada vez que se depare com um advérbio num texto seu, pergunte-se se este é, de facto, necessário. E em caso de dúvida: elimine-o. Em relação às palavras complexas, Stephen considera que estas dão a impressão de que o autor está a esforçar-se demasiado e que, talvez, não esteja muito seguro da qualidade daquilo que está a escrever. Para além disso, aconselha a escrever parágrafos curtos e evitar a voz passiva. Na sua opinião: “Timid writers like passive verbs for the same reason that timid lovers like passive partners. The passive voice is safe.”

 

6. All work and no play makes Jack a dull boy

Recorrendo a uma referência à adaptação cinematográfica do seu livro The Shining, por Stanley Kubrick , “ all work and no play makes Jack a dull boy” – que é o mesmo que dizer que é importante afastar-se do trabalho e fazer pausas. King recomenda até uma pausa de 6 semanas entre a conclusão da escrita do primeiro rascunho e a revisão do mesmo, para que o escritor consiga ler a sua obra de forma menos parcial e mais objetiva.

 

7. Rascunho = 1º Rascunho - 10%

Após a conclusão do primeiro rascunho, vem o trabalho mais difícil e, eventualmente, mais importante do escritor:  reler e editar. Para Stephen King, é fundamental que um escritor não tenha medo de cortar tudo o que está a mais na história: “Kill your darlings, kill your darlings, even when it breaks your egocentric little scribbler’s heart, kill your darlings.” O seu processo de escrita relembra o processo artístico de Michelangelo que, quando questionado acerca do modo como fazia uma escultura, respondeu:“Simplesmente retiro do bloco de mármore tudo o que não é necessário”. Para King, as histórias são como relíquias de um mundo pré-existente que cabe ao escritor descobrir e desenterrar. E, à semelhança do escultor, o escritor deve continuar a retirar o excesso até restar apenas o essencial.

 

STEPHEN KING NO TALK SHOW HUMORÍSTICO “THE LATE SHOW WITH STEPHEN COLBERT” A PARTILHAR “DICAS” PARA ESCRITORES.

 
8. Não imitar o estilo de ninguém

Para Stephen, tentar copiar o estilo de outro escritor é uma autêntica perda de tempo. Na sua opinião, pessoas que pensam que vão fazer uma fortuna a escrever como qualquer escritor consagrado, acabam a produzir nada mais que imitações pobres dos mesmos. Em vez disso, o autor incentiva todos os escritores a acreditar que, à semelhança de Dumbo que pensava, erradamente, que precisava da pena mágica para voar, também estes não precisam de se apoiar no talento de outros para criar magia. Nas suas palavras: “Writing is magic, as much the water of life as any other creative art. The water is free. So drink. Drink and be filled up.”

 

9. Se tudo falhar, tentar outra vez

Uma das histórias que Stephen King partilha com os aspirantes a escritor conta que, quando era adolescente, o prego que tinha na parede a segurar todas as suas cartas de rejeição, já não suportava mais o peso das mesmas. Em vez de desistir, substituiu-o por um prego maior e continuou a escrever. Essa é, talvez, a lição mais importante que o autor tem para ensinar a todos aqueles que sonham ter uma carreira como escritor. Se falhar à primeira, volte a tentar e não desista até ter sucesso. Ou, tomando emprestadas as palavras de outro autor consagrado, Samuel Beckett : “Tente outra vez. Fracasse de novo. Fracasse melhor.”

 

10. Ler mais para escrever melhor

Sendo da opinião que a televisão é um “veneno para a criatividade“, Stephen King aconselha que todos os aspirantes a escritor desliguem a televisão e peguem num bom livro. Para ele, é inconcebível que alguém aspire a ser um bom escritor sem ser, em primeiro lugar, um bom leitor. Esta é a melhor forma de aprender a escrever: ler muito e sobre assuntos variados. É por essa razão que King tem sempre um livro consigo e admite ler até durante refeições. De um livrólico para outro: “Read widely, and constantly work to refine and redefine your own work as you do so.”

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