10 exposições virtuais de arte para livrólicos

Por: Beatriz Sertório a 2020-04-15 // Coordenação Editorial: Marisa Sousa

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A urgência da descolonização e o Verão Quente africano

A compreensão das consequências do Verão Quente de 1975, bem como a memória de quem o viveu, tem passado por diversas interpretações, sendo duas delas dominantes. A primeira, mais escutada nas últimas décadas, tem uma tonalidade negativa, avaliando o período que vai da tentativa de golpe spinolista de 11 de março até 19 de setembro, a data da queda do V Governo Provisório, de Vasco Gonçalves, como um tempo essencialmente conturbado e caótico, em que o país viveu conflitos sociais e políticos permanentes, considerados de natureza destrutiva. Já a segunda interpretação, de sentido oposto, é, acima de tudo, positiva, julgando aquele tempo, pautado por um processo revolucionário que visava alterar profundamente a sociedade portuguesa, por importantes conquistas sociais e políticas e por uma alteração do lugar do país no mundo, como laboratório de uma democracia ainda em busca de si própria.

7 livros que vai querer levar de férias consigo

Não há nada como um bom livro novo para tornar uma viagem de avião, uma tarde na praia ou uma pausa na esplanada ainda mais idílicas. Se – como nós – esteve o ano todo a sonhar com estes momentos em que finalmente se pode entregar à leitura sem distrações, vai adorar as nossas sugestões de Verão. A nossa seleção inclui ideias para todos os gostos e estados de espírito, entre thrillers, romances, banda desenhada, bem-estar e até algo para os mais pequenos. E o melhor? Todos têm descontos até 30%. Assim, não há mesmo desculpa para não pôr a leitura em dia.

Verão Quente de 1975 – um sobressalto na democracia

Em 1975, o verão começou mais cedo do que é habitual em Portugal. Ainda o ano ia em março, quando, no dia 11, os portugueses despertaram com a tentativa spinolista de um golpe de estado e, daí em diante, a temperatura foi sempre a de um Verão Quente, conhecido como o Período Revolucionário Em Curso (PREC), até que, no dia 25 de novembro, um novo golpe, ou contragolpe, arrefeceu os ânimos de um ano que também ficou conhecido como o ano da brasa.

Escrevia Simone de Beauvoir, autora e filósofa francesa, que "é na arte que o homem se ultrapassa definitivamente". Da mesma forma que os escritores dedicaram muitas páginas ao ofício das artes, também as artes plásticas encontraram, frequentemente, inspiração nos livros. Neste Dia Mundial da Arte, celebrado no dia do aniversário do multifacetado Leonardo da Vinci, sugerimos-lhe que viaje sem sair de casa: visite 10 exposições de arte virtuais, especialmente pensadas para livrólicos, e encontre conforto no poder terapêutico da arte.


 

1. Vinte e Sete Poemas de As Flores do Mal

The Metropolitan Musem of Art, Nova Iorque (EUA)

Em 1887, o editor e bibliófilo Paul Gallimard pediu ao célebre escultor Auguste Rodin para ilustrar a sua cópia pessoal de uma edição rara (de 1857) da obra do "poeta maldito" Charles Baudelaire, As Flores do Mal. Em 1918, a Sociedade dos Amigos do Livro Moderno (Society of Friends of the Modern Book) publicou 200 cópias fac-símile do livro ilustrado, das quais a acima representada é a cópia n.º 74. Nesta exposição que junta dois génios de duas vertentes artísticas diferentes, poderá contemplar as ilustrações de Rodin da obra poética mais importante de Baudelaire, bem como aproveitar para ler (ou reler) os seus poemas. 

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2. O Diário de Frida Kahlo

Museo Dolores Olmedo, Cidade do México (México)

A mais popular artista mexicana que atualmente se tornou um verdadeiro ícone feminista, Frida Kahlo, não expressava os seus sentimentos apenas através das artes plásticas mas também pela escrita. O seu diário, do qual pode ficar a conhecer inúmeras páginas nesta exposição, é o exemplo perfeito da combinação das duas artes na sua obra. Escrito durante os 10 últimos anos da sua vida, permite uma viagem íntima à mente criativa de Frida, acompanhado de belíssimas ilustrações. Serve também como um guia precioso para interpretar a sua obra pictórica, contendo apontamentos da artista, como o significado que esta atribuía a cada cor - por exemplo, para Frida, azul significava "eletricidade e pureza", enquanto a cor amarela representava "loucura, doença, medo, parte do sol e felicidade."

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3. RE.CREATE: Poesia

Tate Britain, Londres (Reino Unido)

O Tate Britain, em Londres, é a mais antiga galeria da rede Tate (para além do Britain, Tate Modern, Tate Liverpool eTate St Ives) e um dos maiores museus do Reino Unido. Para comemorar 500 anos de arte britânica, iniciou uma série de exposições virtuais para as quais foram convidadas figuras de diferentes áreas - desde a moda à gastronomia - para partilharem o processo criativo por detrás da sua obra, retirando inspiração das 5 centenas de anos de arte britânica. Neste caso, foi a vez da poesia, tendo sido pedido a três poetas que criassem algo a partir das obras presentes no Tate Britain. Pode ouvir o resultado nos vídeos da iniciativa partilhados pelo museu.

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4. 10 factos essenciais acerca do Codex Atlanticus de Leonardo Da Vinci

Veneranda Biblioteca Ambrosiana, Milão (Itália)

Codex Atlânticus é uma coleção composta por doze volumes de documentos de Leonado Da Vinci. Com mais de mil páginas, que datam de 1478 a 1519, é um testemunho riquíssimo dos conhecimentos do artista nas mais diversas áreas: desde anatomia, a astronomia, matemática, química ou botânica. Reunido pelo escultor e colecionador italiano Pompeo Leoni, no século XVI, este é um dos mais importantes documentos escritos na tentativa de compreender o génio de Da Vinci em todas as suas vertentes. Uma vez que neste momento não é possível contemplar o original em Milão, pode folhear digitalmente este documento histórico, bem como aprender 10 factos essenciais sobre o mesmo, sem deixar o conforto da sua casa.

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5. Que livros lia Vincent Van Gogh?

The Van Gogh Museum, Amsterdão (Holanda)

O Van Gogh Museum, em Amsterdão, abriga a maior coleção de obras do autor de Noite Estrelada, do mundo. Embora, com certeza, já conheça a aptidão de Vincent Van Gogh para a pintura, talvez não saiba que o artista holandês lia tanto quando escrevia. De acordo com o Van Gogh Museum“durante os muitos contratempos que enfrentou, mais tarde, na sua vida, a literatura foi algo que o ajudou a continuar.”Já numa carta escrita ao seu irmão Theo, em 1881, o artista afirmou que “ler livros é como olhar para quadros: sem duvidar, sem hesitar, com autoconfiança, é preciso achar bonito aquilo que é belo.” Se já teve oportunidade de ler o nosso artigo sobre O que lia Vincent Van Gogh?, poderá agora ficar a conhecer as obras em que Van Gogh retratou o seu amor pelos livros, acompanhadas por observações acerca dos seus livros e autores preferidos.

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6. Poesia e Exílio

British Musem, Londres (Reino Unido)

Da coleção de mais de dois milhões de história e cultura humanas do British Museum, chega-nos esta exposição de artistas oriundos do Médio Oriente e do Norte de África. Tendo como foco de exploração os efeitos do exílio, a partir da visão de cinco artistas, apresenta obras que combinam os universos das artes plásticas e da literatura. De entre os exemplos de obras que poderá ficar a conhecer constam o livro "Refugee" de Ipek Duben, escrito em folhas de gaze, cuja delicadeza contrasta com o terror e o desespero de um povo forçado a abandonar o seu país. Já Mona Saudi e Abdallah Benanteur combinam os versos poderosos do poeta palestino Mahmoud Darwish com desenhos, enquanto Mireille Kassar cria uma história de exílio a partir da sua própria história pessoal e do poema persa A Conferência dos Pássaros. 

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7. Harry Potter - Uma História da Magia

British Library, Londres (Reino Unido)

Se é um(a) Potterhead assumido(a), não vai querer perder esta exposição. A propósito dos 20 anos da publicação do primeiro volume da saga por J. K. Rowling, a British Library, em Londres, montou uma exposição que reúne material original dos arquivos da própria autora e da sua editora, Bloomsbury. Como a original, a exposição virtual está dividida por diferentes disciplinas de Hogwarts, tais como, Poções, Astronomia, Alquimia ou Defesa Contra as Artes das Trevas. Com Hogwarts à distância de um clique, pode viajar pela História da magia em todo o mundo, através de documentos como livros de feitiçaria, manuscritos e objetos do acervo da biblioteca. Se quiser aprender mais sobre este universo de culto, pode ainda retomar essa viagem nas páginas do livro da exposição, Harry Potter - A History of Magic.

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8. Walt Whitman e as Artes em Brooklyn 

The Brooklyn Museum, Nova Iorque (Eua)

Walt Whitman, um dos mais influentes poetas americanos, viveu em Brooklyn (Nova Iorque) durante uma parte da sua vida. Pelo impacto cultural que o autor teve no icónico bairro de Nova Iorque, o Brooklyn Museum dedicou-lhe esta exposição que faz uma retrospetiva à sua contribuição artística e cultural em Brooklyn. Em honra da sua obra-prima Folhas de Erva, a exposição explora o envolvimento de Whitman com as instituições culturais de Brooklyn e oferece um relato vívido da vida e atividade do escritor em Nova Iorque no século XIX.  

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9. Escrever

Galleria Nazionale d'Arte Moderne, Roma (Itália)

Na Galleria Nazionale d'Arte Moderne, em Roma, a exposição "Writing" foca-se na relação das artes plásticas com a escrita. Nela, poderá encontrar diversas obras nos quais as duas artes se fundem, refletindo assim sobre o papel de uma em relação à outra.

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10. Anne Frank

Anne Frank House, Amsterdão (Holanda)

Se já leu o O Diário de Anne Frank mas ainda não teve oportunidade de visitar a Casa-museu em Amsterdão, esta é a sua oportunidade. Através da visita virtual, poderá ficar a conhecer mais sobre a vida e o legado desta jovem que se tornou num verdadeiro símbolo do sofrimento causado pelo Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial. Para além disso, poderá ainda ver imagens do icónico diário que se tornou num dos livros mais lidos de sempre.

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