5 Autores Portugueses que precisa de conhecer

Por: Sónia Rodrigues Pinto a 2019-05-22 // Coordenação Editorial: Marisa Sousa

João Pedro Porto

João Pedro Porto

João Pedro Porto nasceu nos Açores, em abril de 1984. A Brecha é o seu quarto romance, tendo publicado O Rochedo que Chorou, O 2egundo M1nuto e Porta Azul para Macau. Viu também editado, em formato livro, o conto O Homem da Mansarda, e fez parte da primeira antologia coordenada pelo Centro Mário Cláudio, O País Invisível. São também suas as letras do álbum Terra do Corpo, de Medeiros/Lucas. É presença recorrente em diversos jornais de pequena ou grande tiragem, bem como em revistas e suplementos literários. Sobre a sua escrita, Valter Hugo Mãe escreveu: «Reverberam séculos nas suas construções. Um invasor absoluto, um denunciador. João Pedro Porto é cénico, performativo, esdrúxulo, temperamental, mas sem arrogância. Apenas luxuoso, desse luxo de poder fazer.»

VER +
Carla Pais

Carla Pais

Carla Pais nasceu em Leiria, em 1979. Abandonou a escola aos dezassete anos para ser mãe, terminando mais tarde o 12.º ano à noite. Em 2012, partiu para França, onde fez limpezas, embalou salmão e tomou conta de crianças. Trabalha atualmente num Centro de Formação à Distância.
Em 2015 venceu o Prémio Literário Horácio Bento Gouveia com o conto «A Alma do Diabo». Em 2016, o seu conto «O búzio do meu pai» foi selecionado para a antologia A infância, promovida pelo Centro Mário Cláudio. E, em 2017 foi-lhe atribuído o Prémio de Poesia Francisco Rodrigues Lobo, pela obra A Instrumentação do Fogo.
O seu primeiro romance, Mea culpa, também no catálogo da Porto Editora, foi indigitado para o Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís e granjeou um enorme reconhecimento por parte do público e da crítica. Um cão deitado à fossa, que agora se publica, venceu em 2018 o Prémio Cidade de Almada.

VER +
Djaimilia Pereira de Almeida

Djaimilia Pereira de Almeida

Djaimilia Pereira de Almeida é autora de vários livros, entre os quais Luanda, Lisboa, Paraíso, As Telefones, Três Histórias de Esquecimento, Ferry e Toda a Ferida É Uma Beleza, vencedor do Grande Prémio de Romance e Novela APE/DGLAB 2024. Os seus livros e ensaios receberam vários prémios, incluindo o Prémio Oceanos, e estão traduzidos em dez línguas. Em 2023, Djaimilia recebeu o Prémio FLUL Alumni, atribuído pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se doutorou. Em 2025, recebeu o Prémio Vergílio Ferreira, atribuído pela Universidade de Évora, pelo conjunto da sua obra literária. Ensinou na New York University. Escreve na Quatro Cinco Um e no Observador. Nasceu em Luanda.

VER +
Rodrigo Magalhães

Rodrigo Magalhães

Rodrigo Magalhães nasceu em 1975. É livreiro. Vive em Lisboa.

VER +
Ana Cristina Leonardo

Ana Cristina Leonardo

Ana Cristina Leonardo estudou Filosofia. Há muita ligada à edição e jornalismo, trabalhou na Assírio & Alvim e em diversos jornais e revistas. Mantém atualmente uma crónica no Expresso. Publicou em 2008 o livro infantil, ilustrado por Álvaro Rosendo, «Joaninha, a Menina que não Queria Ser Gente» e, em 2018, o romance «O Centro do Mundo». Tem três filhas e dois netos e vive no Algarve com dois cães.

VER +

10%

Esse Cabelo
14,90€
10% CARTÃO LEITOR BERTRAND
PORTES GRÁTIS

10%

Luanda, Lisboa, Paraíso
17,45€
10% CARTÃO LEITOR BERTRAND
PORTES GRÁTIS

10%

Pintado com o Pé
17,00€
10% CARTÃO LEITOR BERTRAND
PORTES GRÁTIS

10%

A Brecha
16,60€
10% CARTÃO LEITOR BERTRAND
PORTES GRÁTIS

10%

Mea Culpa
16,65€
10% CARTÃO LEITOR BERTRAND
PORTES GRÁTIS

10%

O Centro do Mundo
16,60€
10% CARTÃO LEITOR BERTRAND
PORTES GRÁTIS

10%

Joaninha, a menina que não queria ser gente
7,07€
10% CARTÃO LEITOR BERTRAND
PORTES GRÁTIS

10%

Cinerama Peruana
7,50€
10% CARTÃO LEITOR BERTRAND
PORTES GRÁTIS

10%

Os Corpos
18,80€
10% CARTÃO LEITOR BERTRAND
PORTES GRÁTIS
O Dia do Autor Português, instituído em 1985, reconhece a importância do autor nas mais variadas áreas artísticas. Homenageia quem ajuda a tecer sonhos e a enriquecer a nossa cultura.  Este dia assinala igualmente o aniversário da Sociedade Portuguesa de Autores.

Celebramos consigo este dia tão importante para a arte em Portugal, partilhando consigo 5 autores portugueses que estão a dar que falar. 

 


 

 

Djaimilia Pereira de Almeida

Escreveu o primeiro texto como Djaimilia há quatro anos e, de então para cá, publicou três livros em três editoras diferentes. O primeiro, Esse Cabelo, publicado pela Teorema em 2015, é, segundo o jornal Público, “uma espécie de romance-ensaio que despertou a atenção de leitores e da crítica para a que parecia uma voz inovadora de uma geração que falava de raça, identidade, género, questionando clichés associados à condição de negritude ou do que é viver num mundo de estranheza seja no lugar onde nasceu, Angola, como naquele onde cresceu e vive, Portugal“. 

Em 2018, publica o seu segundo romance, Luanda, Lisboa, Paraíso, pela Companhia das Letras, livro que lhe valeu o Prémio Literário Fundação Inês de Castro 2018, e que conta o percurso feito por um pai e o seu filho, numa viagem sem retorno, que começa em Luanda, passa por Lisboa, onde vivem algum tempo numa pensão, para, mais tarde, acabarem a viver no Paraíso, um bairro da lata na margem sul do Tejo. 

Atualmente, trabalha em dois projetos que mantém em segredo. O seu mais recente livro, Pintado com o Pépublicado em abril pela Relógio d’Água, é uma coletânea de textos dispersos.

 
 

 

João Pedro Porto

Nasceu nos Açores, em abril de 1984. Esteve entre os finalistas do Prémio Casino da Póvoa com A Brecha, um livro que necessita de “espírito de aventura“, segundo o escritor. Sobre o seu processo de escrita, define-o como “muito estranho” e afirma que “não há método, é muito rápido” porque se quer “livrar da ideia o mais rapidamente possível”. 

É presença recorrente em diversos jornais, bem como em revistas e suplementos literários. Sobre a sua escrita, Valter Hugo Mãe escreveu: “Reverberam séculos nas suas construções. Um invasor absoluto, um denunciador. João Pedro Porto é cénico, performativo, esdrúxulo, temperamental, mas sem arrogância. Apenas luxuoso, desse luxo de poder fazer.”

Para além de A Brecha, já publicou O Rochedo que Chorou, O 2egundo M1nuto e Porta Azul para Macau. Viu também editado, em formato livro, o conto O Homem da Mansarda, e fez parte da primeira antologia coordenada pelo Centro Mário Cláudio, O País Invisível.

 
 

 

Carla Pais

O percurso literário de Carla Pais é bastante atípico. Terminou o 12º ano já depois de casada e do nascimento do seu primeiro filho, em 1998, com 19 anos. Mais de dez anos depois, emigra com a família para França, onde trabalhou em limpezas e a tomar conta de crianças. Como outros autores da sua geração, foi treinando a mão nos blogues.

A Porto Editora publicou o seu primeiro romance, Mea Culpa, em 2017, que fala sobre os marginalizados de uma aldeia portuguesa. É, segundo a escritora, um livro cru, “não muito fácil” e do qual ‘se gosta muito ou não se gosta nada‘. Ainda assim, Mea Culpa esteve nos finalistas do Grande Prémio da APE, ao lado de nomes como José Eduardo Agualusa ou H. G. Cancela, que acabou por ser o galardoado.

Em 2018, viu o seu livro Um Cão Deitado à Fossa vencer o Prémio Literário Cidade de Almada, obra em que trabalha atualmente, por estar em fase de revisão, e com publicação prevista ainda para 2019.

 
 

 

Ana Cristina Leonardo

Estudou filosofia, que trocou por uma estadia no estrangeiro, após ler  que “a metafísica é um ramo da literatura fantástica” (Jorge Luis Borges). Trabalhou na Assírio & Alvim e andou pelo jornalismo cultural, viagens e moda. Para uma ilha, se só pudesse levar um escritor, levava Tolstói, apesar de não saber russo (via Expresso).

Colabora semanalmente com o Expresso, onde publica crónicas e críticas literárias. Publicou, em 2008, o livro infantil Joaninha, a menina que não queria ser gente (com ilustrações de Álvaro Rosendo).

O seu primeiro romance, O Centro do Mundo, foi publicado em 2018, pela Quetzal. Olhão é o centro do seu mundo, o centro da sua história, a cidade onde nasceu no seio de uma família de conserveiros. Em entrevista ao Público, a escritora não consegue definir o género da sua obra: “Não sei se é um romance, não sei como é que se chama”. Pode ser, talvez, um romance picaresco e pós-moderno, em que a História da Europa do século XX se entrelaça com a saborosa petite histoire, conferindo às personagens ignoradas pela grande História o estatuto de protagonistas. 

 

Rodrigo Magalhães

Na sua biografia, consta apenas que é livreiro. Nunca publicou antes dos 38 por achar que os seus textos não eram suficientemente bons para serem publicados – além de se considerar “muito preguiçoso e desprendido“. Em conversa com Gonçalo Mira, para o Público, o escritor assegura que o seu primeiro livro, Cinerama Peruana, surge apenas em 2013 graças a um amigo, João Leal (autor de Alçapão, Quetzal, 2011) que “decidiu tomar o assunto entre mãos e levar os textos até à editora“.

Autor discreto e contido, mas com uma extraordinária capacidade narrativa, Rodrigo Magalhães aparece sem qualquer bagagem em termos de publicação ou de atribuição de prémios, mas apresenta uma maturidade única, que lhe dá destaque nas críticas literárias. Sobre Cinerama Peruana, José Riço Direitinho escreve: “Com grande maturidade narrativa, e uma riqueza vocabular pouco comum, o autor constrói um universo literário que surpreende pela sua singularidade na recente literatura portuguesa“.

Em 2017, pela Quetzal, publica Os Corpos, uma espécie de policial, inspirado no caso Tamam Shud, e que cuja história é desdobrada, multiplicada por tantas quantas as perspetivas dos protagonistas, das testemunhas, das figuras secundárias, dos figurantes. Cada um transporta consigo uma história, a sua própria história, e esta intromete-se na história dos outros, interrompendo-a. Um livro misterioso, inquietante, de uma imensa originalidade, em que ressoam ecos de Buzatti, Bolaño ou Knausgaard.

X
O QUE É O CHECKOUT EXPRESSO?


O ‘Checkout Expresso’ utiliza os seus dados habituais (morada e/ou forma de envio, meio de pagamento e dados de faturação) para que a sua compra seja muito mais rápida. Assim, não tem de os indicar de cada vez que fizer uma compra. Em qualquer altura, pode atualizar estes dados na sua ‘Área de Cliente’.

Para que lhe sobre mais tempo para as suas leituras.