Rocio Bonilla: “Picasso dizia: Se as musas vierem até ti, que te apanhem a trabalhar. Eu concordo!”
Por: Bertrand Livreiros a 2023-06-01 // Coordenação Editorial: Marisa Sousa
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Rocio Bonilla nasceu em Barcelona em 1970, onde se graduou em Belas Artes na Universidade de Barcelona. Começou a sua carreira na área da pintura, fotografia e publicidade, área onde se manteve por 12 anos distanciada da ilustração. Depois de ser mãe, Rocio decidiu deixar a publicidade e voltar a trabalhar na ilustração e no imaginário infantil. Desde 2010 que se dedica à área editorial. Os seus três filhos são os seus maiores fãs e os seus maiores críticos também. Nos tempos livres gosta de se dedicar à cozinha, à leitura e ao croché.
Qual a melhor altura do dia para escrever?
Rocio Bonilla — O meu estúdio é em casa, pelo que tenho de ser muito disciplinada e marcar um horário de trabalho rígido, ao longo dia. Qualquer hora pode ser favorável à criatividade. Picasso dizia «se as musas vierem até ti, que te apanhem a trabalhar», e eu concordo!
Qual foi a personagem que mais gostou de ilustrar?
Todas! Mas talvez a Minimoni seja especial para mim.
Lê em voz alta?
Quando os meus filhos eram pequenos, lia-lhes em voz alta, as histórias dos nossos contos, antes de dormir. Agora leio para mim em voz alta os textos que estou a escrever, o que me ajuda a refletir sobre eles de uma forma mais profunda.
Qual a história infantil preferida?
Quando era pequena, adorava as histórias da família Hollister. Com os meus filhos, adorávamos O Grufalão, ilustrado por Axel Scheffler.
Quantos livros leva na sua mala de viagem?
Quando viajo, é habitualmente em trabalho, para feiras ou eventos internacionais ligados ao mundo da literatura infantil. Então, tento ir com a mala meio vazia para regressar com muitos álbuns ilustrados que normalmente não encontraria no meu país.
Qual o sítio em Barcelona que mais a inspira?
Acho que o meu bairro, o meu dia a dia; adoro-os e preenchem-me. E também o mar! Sempre o mar! Eu cresci diante do mar!
Qual foi o país que mais gostou de visitar?
Há vários países que eu adoro. Entre os meus preferidos talvez estejam França e Itália, mas tenho muita vontade de regressar a Portugal, onde estive há vinte anos; tenho vontade de me reencontrar com Lisboa (lembro-me de que a Torre de Belém estava em obras e não a pude visitar).
Com que autor gostaria de trabalhar?
Trabalho habitualmente com a Susanna Isern e sinto-me muito à vontade com ela. Acredito que, mais do que com um bom autor, o importante é encaixar com um bom texto.
Que talento mais gostaria de ter?
Estou satisfeita com os meus talentos! Se pudesse escolher mais algum, talvez fosse… a música! Canto bem, mas gostava de saber tocar um instrumento, por exemplo, piano.
Qual o prato que gosta mais de cozinhar?
Adoro cozinhar, e os meus amigos e família dizem que sou uma boa cozinheira. Gosto de preparar várias coisas. Correm-me bem as paellas.
Aguarelas ou lápis de cera?
Aguarelas, sem dúvida.
Fábulas ou histórias reais?
A realidade supera sempre a ficção.
Julgas um livro pela capa?
Reconheço que abro um livro se a capa me disser «algo». Umas vezes, para o bem; outras, para o mal. Boas capas podem esconder livros dececionantes e, vice-versa, capas más podem esconder um bom livro, mas é raro enganar-me. ;-)
Não posso viver sem…
Desenhar, a família, os amigos, presunto ibérico e queijo.
De Que Cor É Um Beijinho?
De todas as cores do Mundo, para que cada qual possa escolher a sua com liberdade.