O Conde de Monte Cristo I

Dumas tem o dom de encantar os leitores com os seus romances. E com este não nos deixa mal, só queremos ler até ao fim. Devorar e ansiar por mais.

Uma história que começa trágica, que nos faz roer as unhas, com a modéstia e ingenuidade de Dantés. O facto desse humilde funcionário da marinha mercante ver apenas o melhor de cada um e, inicialmente, se recusar a ver e aceitar que foi traído e enganado deixa-nos, cativantemente tristes. Fazendo reflectir o quão ganancioso, invejoso e podre o ser humano pode ser. Um clássico imperdível.

Indescritivelmente complexo, mas simultânea e brilhantemente simples. Toda a história, todas as acções, conversas, comportamentos são escrupulosamente previstos, arquitectados e executados com um fim específico: vingança, que parece efectivamente providencial, divina, até que, finalmente, os culposos descobrem quem está por detrás de tão engenhosa mas certeira e fatal máquina vingativa.