5 Curiosidades sobre o Halloween

Por: Sónia Rodrigues Pinto a 2021-10-22

Mary Shelley

Mary Shelley

Mary Shelley (1797-1851) nasceu no seio de uma família intelectual britânica. Foi romancista, dramaturga, ensaísta, biógrafa, escritora de viagens e editora das obras do seu marido, o poeta romântico e filósofo Percy Bysshe Shelley, com quem casou em 1816. A sua obra mais relevante, Frankenstein, é considerada um dos primeiros exemplos no género da ficção científica.

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William Shakespeare

William Shakespeare

Poeta e dramaturgo inglês nascido em 1564, em Stratford-Upon-Avon, e falecido em 1616. O seu aniversário é comemorado a 23 de abril e sabe-se que foi batizado a 26 de abril de 1564. Stratford-Upon-Avon era então uma próspera cidade mercantil, uma das mais importantes do condado de Warwickshire. O seu pai, John Shakespeare, era um comerciante bem sucedido e membro do conselho municipal. A mãe, Mary Arden, pertencia a uma das mais notáveis famílias de Warwickshire. Shakespeare frequentou o liceu de Stratford, onde os filhos dos comerciantes da região aprendiam Grego e Latim e recebiam uma educação apropriada à classe média a que pertenciam. São conhecidos poucos factos da vida de Shakespeare entre a altura em que deixou o liceu e o seu aparecimento em Londres como ator e dramaturgo por volta de 1599. Em 1582 casou com Anne Hathaway, oito anos mais velha do que ele, e o casal teve três filhos: Suzanna (nascida em 1583), e os gémeos Hamnet e Judith (nascidos em 1585). A primeira referência a Shakespeare como ator e dramaturgo encontra-se em A Groatsworth of Wit (1592), um folheto autobiográfico da autoria do dramaturgo londrino Robert Greene, onde o escritor é acusado de plágio. Nesta altura Shakespeare era já conhecido em Londres, embora não se saiba com exatidão a data do seu aparecimento na capital. Em virtude do encerramento dos teatros londrinos entre 1592-94, Shakespeare compôs nessa época dois poemas narrativos: Venus and Adonis (publicado em 1593) e The Rape of Lucrece (publicado em 1594). No inverno de 1594 integrou a mais importante companhia de teatro isabelina, The Lord Chamberlain's Men, onde permaneceu até ao final da sua carreira. A companhia deveu à popularidade de Shakespeare o seu lugar privilegiado entre as restantes companhias de teatro até ao encerramento dos teatros pelo Parlamento inglês em 1642. Em 1598 foi inaugurado o Globe Theatre, o teatro da companhia a que Shakespeare se associara, construído pelo ator e empresário Richard Burbage no bairro de Southwark, na margem sul do Tamisa. Depois da ascensão ao trono de Jaime I (em 1603) a companhia The Lord Chamberlain's Men passou para a tutela real, e o seu nome foi alterado para The King's Men. A passagem de Shakespeare pelos palcos associa-se a breves desempenhos: Adam na peça As You Like It e o fantasma (Ghost) em Hamlet. Depois de ter comprado algumas propriedades em Strattford, Shakespeare retirou-se para a sua terra natal em 1610, mantendo todavia o contacto com Londres. O Globe Theatre foi destruído pelo fogo no dia 23 de junho de 1613, durante uma representação da peça Henry VIII. Além de uma coleção de sonetos e de alguns poemas épicos, Shakespeare escreveu exclusivamente para o teatro. As suas 37 peças dividem-se geralmente em três categorias: comédias, dramas históricos e tragédias. Entre os dramas históricos, género que primeiro cultivou, destacam-se Richard III (Ricardo III), Richard II (Ricardo II) e Henry IV (Henrique IV). Entre as suas comédias contam-se Love's Labour's Lost, The Comedy of Errors, The Taming of the Shrew, a comédia de intenção séria The Merchant of Venice (O Mercador de Veneza), As You Like It (Como Quiserem) e A Midsummer Night's Dream (Um Sonho de Uma Noite de Verão). A tragédia não é uma forma que pertença exclusivamente a um determinado período na evolução da obra de Shakespeare. Sob influência de Marlowe, a forma de tragédia já se encontrava nas peças que dramatizavam episódios da História inglesa. Em Romeo and Juliet (Romeu e Julieta) e Julius Caesar (Júlio César) Shakespeare combinou a perspetiva histórica com uma interpretação trágica dos conflitos humanos. O período em que Shakespeare escreveu as suas grandes tragédias iniciou-se com Hamlet, escrita entre 1600-1602, a que se seguiram Othelo, Macbeth, King Lear, Anthony and Cleopatra e Coriolanus, todas elas compostas entre 1601 e 1608. Na última fase da carreira de Shakespeare situam-se as peças de tom mais ligeiro: Cymbeline, The Winter's Tale e The Thempest. Parte das obras de Shakespeare foram publicadas durante a vida do autor, por vezes em edições pirateadas, mas só em 1623 apareceu a edição "Fólio", compilada por John Heminges e Henry Condell, dois atores que tinham trabalhado com Shakespeare. No século XVIII as peças foram publicadas por Alexander Pope (em 1725 e 1728) e Samuel Johnson (em 1765), mas só com o Romantismo se compreendeu a profundidade e extensão do génio de Shakespeare. No século XX reforçou-se a tendência para considerar a obra de Shakespeare integrada nos contextos dramáticos que a suscitaram.

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Prepare as abóboras à porta de sua casa, mas feche as janelas para o caso de algo sinistro querer entrar. Sente-se no sofá e aprecie os melhores livros de terror, embalado por  I Put a Spell on You de Nina Simone . Cuidado, caro leitor: hoje é Dia das Bruxas e já William Shakespeare acautelava em Macbeth : “Something wicked this way comes” .

Antes de se mascarar e entrar no espírito deste 31 de outubro assustador, descubra os feitiços que deram origem à spooky season.

 


1. O Samhain Irlandês dos Celtas

As origens do Halloween remontam aos Celtas, povo que viveu maioritariamente na atual Irlanda, Reino Unido e norte de França há cerca de dois mil anos. Todos os anos, de 31 de outubro para 1 de novembro, organizava-se o festival Samhain , onde as pessoas acendiam fogueiras e usavam trajes próprios para afastar espíritos e demónios.

O dia 1 de novembro era, para os Celtas, o fim do verão e das colheitas e o início de um novo ano, por norma associado ao inverno gelado e à morte humana. Estes povos acreditavam que, na noite de 31 de outubro, as fronteiras que separavam os mortos dos vivos se abriam e os espíritos do Além podiam caminhar na Terra. As famílias colocavam um lugar extra à mesa, para receber os familiares já falecidos e, à porta, deixava-se fruta e vinho para que fantasmas e demónios não trouxessem desgraça às suas casas.

Para celebrar este evento, os Druidas – os sacerdotes dos Celtas – montavam fogueiras enormes, onde as populações se juntavam para queimar colheitas e animais, em sacrifício às suas divindades. Durante o festival, usavam-se trajes que consistiam em cabeças e peles de animais, e tentava adivinhar-se o futuro.

 
2. A Origem das Abóboras Decoradas

As abóboras decoradas com caras assustadoras são dos adereços mais populares nesta época do ano. Denominadas de  Jack O’Lanterns , tiveram a sua origem num mito irlandês sobre um homem apelidado de Stingy Jack  ( Jack Avarento ). Reza a lenda que este homem convidou o Diabo para beber com ele e, honrando a sua alcunha, não queria pagar as bebidas. De alguma forma, Stingy Jack conseguiu convencer o Diabo a transformar-se numa moeda, para conseguir pagar tudo. Assim que o fez, o avarento homem guardou a moeda no bolso, junto de uma cruz de prata, o que fez com que o Diabo não conseguisse voltar à sua forma original.

Jack libertou o Diabo, eventualmente, sob a condição de que a sua alma não fosse levada para o Inferno, caso morresse. Quando chegou o seu fim, Deus não permitiu que ele fosse para o Céu. O Diabo,  chateado por ter sido enganado por Jack e mantendo-se fiel à sua palavra, não permitiu também que ele fosse para o Inferno. Em vez disso, libertou-o, numa noite escura, com apenas carvão em brasa para iluminar o seu caminho. Stingy Jack colocou o carvão num nabo e, desde então, tem andado a vaguear pela Terra.

Assim começou a tradição de decorar abóboras na época de Halloween. Um hábito que começou com nabos e batatas, em vez de abóboras, onde os irlandeses esculpiam caras aterradoras em memória do mito de Stingy Jack , depressa popularizado como Jack O’Lantern devido à sua sentença eterna. 

 
3. Rezar pela alma dos mortos em troca de comida

Aquilo que conhecemos hoje comummente como “Doçura ou Travessura?” é, na realidade, a junção de uma série de tradições de vários povos que existiram ao longo dos séculos. 

A prática nasceu, também, com os Celtas. No Samhain , as pessoas mascaravam-se de espíritos malignos, o que funcionava como um mecanismo de defesa na noite de 31 de outubro, quando todos os espíritos ultrapassavam o véu que dividia os mundos. Se encontrassem um verdadeiro espírito maligno, ele iria achar que se tratava, na realidade, de um deles.

Quando a Igreja Católica se enraizou pela Europa, os seus costumes misturaram-se com os do povo celta. Em vez de demónios, as pessoas começaram a vestir-se como anjos ou santos. As classes pobres e, mais tarde, as crianças, vestidas com trajes religiosos, andavam de porta em porta, implorando por comida ou dinheiro em troca de canções ou até de orações pelos familiares falecidos. 

Paralelamente, na Escócia e na Irlanda, manteve-se uma atividade semelhante, pagã, onde as pessoas se mascaravam e cantavam canções, recitavam poemas, contavam piadas e realizavam outro tipo de representações em troca dos seus doces  que, na altura, consistiam em fruta, nozes ou moedas.

 

4. Gatos pretos trazem má sorte

De todos os mitos e lendas que protagonizam à volta do Halloween,  a associação do gato preto ao azar é das mais conhecidas e propagadas. Em grande parte, esta ligação deve-se ao Papa Gregório IX que, na Idade Média, os descreveu como a encarnação de Satanás. Paralelamente, são várias as canções e lendas que relacionam o gato preto a algo diabólico, seja como ingredientes para feitiços, familiares de bruxas ou até como feiticeiras disfarçadas de animal. 

A crença de que os gatos pretos eram companheiros fiéis de bruxas manteve-se durante séculos. Há registos até, pelo menos  ao século XVII , onde mineiros e pescadores (ou indivíduos que trabalhavam em profissões perigosas) encontravam um gato preto a caminho do trabalho e voltavam para casa, aterrorizados. 

Embora já desmistificado, ainda existem muitas pessoas que acreditam que gatos pretos dão azar, principalmente em Portugal e nos Estados Unidos da América, onde alguns locais mantêm a tradição de sacrificar um gato preto no decorrer das celebrações do Halloween.

 

5. Um poeta nascido a 31 de outubro

John Keats nasceu a 31 de outubro de 1795. O poeta inglês foi uma das grandes figuras da segunda geração da Literatura Romântica do século XIX no Reino Unido, a par de nomes como Lord Byron e Percy Shelley , marido da autora de Frankenstein , Mary Shelley .

Provavelmente disposto a honrar o seu nascimento, Keats escreveu o poema ‘Tis the Witching Time of Night , baseado numa das frases mais populares de  Hamlet , de William Shakespeare

“‘Tis now the very witching time of night, when churchyards yawn and hell itself breathes out Contagion to this world: now could I drink hot blood, and do such bitter business, as the day would quake to look on” , in Hamlet (II), de William Shakespeare

John Keats morreu aos 25 anos, em 1821, vítima da tuberculose que assolava a época. Os seus contemporâneos faleceram igualmente em circunstâncias trágicas: Percy Shelley morreu um ano depois, afogado, numa viagem de barco a caminho de Itália e Lord Byron em 1824, na Grécia, prestes a lutar numa batalha contra o Império Otomano.

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