O Acontecimento
de Annie Ernaux
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Sobre o livro
Uma jovem de 23 anos, estudante universitária brilhante, descobre que está grávida. Tomada pela vergonha, consciente de que aquela gravidez representará um falhanço social para si e para a sua família, sabe que não poderá ter aquela criança. Mas, na França de 1963, o aborto é ilegal e não existe ninguém a quem possa acorrer. Quarenta anos mais tarde, as memórias daquele acontecimento continuam presentes, num trauma impossível de ultrapassar e cujas sombras se estendem para além da história individual. Escrito com uma clareza acutilante, sem artifícios, este é um romance poderoso sobre sofrimento, justiça e a condição feminina. Escrito por Annie Ernaux em 1999, foi adaptado ao cinema em 2021 por Audrey Diwan, num filme vencedor do Leão de Ouro em Veneza.
Sérgio Almeida, Jornal de Notícias
Susana Romana, Observador
Ana Bárbara Pedrosa, Observador
Sara Figueiredo Costa, Blimunda
José Mário Silva, Expresso
O aborto decidido pelo homem, na época em que os homens o decidiram ilegal. Annie Ernaux tem um registo autobiográfico e isso torna este livro ainda mais angustiante, uma revolta e uns gritos mudos que nos absorvem a cada página. Dos livros mais duros de ler da autora, e também, por isso, um dos mais belos: porque as suas palavras são pinceladas de vermelho sangue-vivo. Para quem gosta da dureza da vida e da arte de a contar sem adjetivações de adornos, então este é o livro que não pode deixar de ler.
Difícil, íntimo, bárbaro. Na sua escrita de frustração por pretensões e convencionalismos, relata-nos uma história que a autora vivenciou, até rebeldemente, contra os arcaísmos duma sociedade face aos atuais direitos das mulheres. O seu estilo, de facto, fazem dela uma escritora que faz por se sentir livre meio às provações da vida.