Christopher Damien Auretta
Biografia
Christopher Damien Auretta doutorou-se pela Universidade da Califórnia, Santa Bárbara, EUA. Leciona na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa onde organiza seminários em Pensamento Contemporâneo e na área de Ciência e Literatura, focando, sobretudo, exemplos da representação estética da modernidade técnico-científica. As suas publicações recentes incluem: "Cem dias à sombra da Torre de Babel, Novas crónicas pedagógicas"; "Em torno do pensar na Torre de Babel do Século XXI (micro-ensaios e afins)"; "Ten Essays; Thinking in Babel (poesia)"; "Elogio do Intervalo, Um docente à janela do século XXI"; "Cine(gra)mas, Entre a Escrita e o Ecrã"; "Missivas da Noosfera"; "A Mala Anarquista"; "Diz-Me Tu Quem Eu Sou, Diálogo com Paulo Freire" e "Autobiografia de uma Sala de Aula, Entre Ítaca e Babel com Paulo Freire (com João Rodrigo Simões)" e Discurso do Bastardo.
partilhar
Em destaque VER +
Discurso do Bastardo
Não quero autoridades que mandem em mim nem nos outros. Quero compreender. Quero viver num mundo que ame compreender. Quero aprender a ser sábio na companhia dos meus próximos, também sábios. E democratizar a prosperidade do ser. E libertar os peões presos na tábua de xadrez. A inteligência cultiva-se em nós e entre nós. Cumpre-se na tábua de xadrez do mundo que, afinal, não é nem tábua nem xadrez mas, sim, mar liberto.
(Até acontecer esse momento de compreensão democraticamente criada e partilhada, fico à espera à porta. Escavo a terra. Olho para o horizonte. Respiro mais fundo que as pedras por mim pisadas. Aprendo a falar a língua dos cães. Abeiro-me da minha ignorância como se fosse um sintoma e também a minha única luz. Afinal, ela conduzir-me-á pela mão para fora da caverna antiga.
Na água que bebo ao pé da caverna, vejo o reflexo ténue de um corpo luminoso. Talvez seja um candeeiro. Talvez não. Ou talvez seja, na verdade, um sol ainda por inventar.
Não sei. Vou ver.)
* * *
We fall short of reaching the real, the realization of freedom, the early morning hours of utopia. We always fall short. We always fall short of understanding the necessity of freedom. We always fall short of understanding the risk of giving up. We always fall short of apprehending the possible. (Freedom is the apprehension of the possible.) We always fall short of dwel-ling in the real. We always fall short of realizing that the real is the only ground, the only eternity on earth, the only meal.
We always fall short.
We always fall.
We always.
Always.
We.
(Até acontecer esse momento de compreensão democraticamente criada e partilhada, fico à espera à porta. Escavo a terra. Olho para o horizonte. Respiro mais fundo que as pedras por mim pisadas. Aprendo a falar a língua dos cães. Abeiro-me da minha ignorância como se fosse um sintoma e também a minha única luz. Afinal, ela conduzir-me-á pela mão para fora da caverna antiga.
Na água que bebo ao pé da caverna, vejo o reflexo ténue de um corpo luminoso. Talvez seja um candeeiro. Talvez não. Ou talvez seja, na verdade, um sol ainda por inventar.
Não sei. Vou ver.)
* * *
We fall short of reaching the real, the realization of freedom, the early morning hours of utopia. We always fall short. We always fall short of understanding the necessity of freedom. We always fall short of understanding the risk of giving up. We always fall short of apprehending the possible. (Freedom is the apprehension of the possible.) We always fall short of dwel-ling in the real. We always fall short of realizing that the real is the only ground, the only eternity on earth, the only meal.
We always fall short.
We always fall.
We always.
Always.
We.
bibliografia
- ordenação
- Data Edição
- Ranking
portes grátis
20% + 10% Cartão Leitor Bertrand
10,00€
8,00€
Edições Colibri
portes grátis
20% + 10% Cartão Leitor Bertrand
20,00€
16,00€
Edições Colibri
portes grátis
20% + 10% Cartão Leitor Bertrand
10,00€
8,00€
Edições Colibri