O Estrangeiro
de Jacques Ferrandez
Sobre o livro
Num dia quente, Meursault apanha o autocarro que o conduz de Argel ao asilo, onde vai ao enterro da mãe. Mais tarde, no velório, aceita um café que lhe oferecem, tem vontade de fumar um cigarro e não chora. Encontra Marie com quem se envolve porque a deseja.
Num dia quente, Raymond - um amigo que se envolveu numa quezília com o irmão de uma amante -, Mersault e Marie vão à praia. E é nesse cenário que Mersault se desnorteia com o calor, puxa do gatilho e dispara cinco tiros que se revelam fatais para outro homem. É de imediato acusado de assassinato e preso.
Nesta obra, Camus apresenta-nos um homem estrangeiro a si próprio e que assiste, indiferente, ao seu próprio julgamento e condenação à morte.
L’Amour des livres
«O que da sua parte foi mais bem conseguido é ter dado a Meursault, esse estrangeiro de si próprio e do mundo, um rosto e um olhar que questionam as certezas sobre as quais são fundadas as nossas próprias comunidades humanas: a moral, Deus, o amor, a família»
Le Point
A ideia que retiro desta adaptação é que Ferrandez compreende "O Estrangeiro", e exprime-o perfeitamente nas suas ilustrações. A arte é fabulosa, e acrescenta à narrativa, juntando a aguarelas e o desenho mais tradicional. Destacam-se as representações das emoções dos personagens, patentes nos seus rostos, e a sequência do homicídio. Maravilhoso.