Fósforos e Metal sobre Imitação de Ser Humano
de Filipa Leal
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Filipa Leal: “A poesia é como ter uma chave fixa do Euromilhões”.
É sempre com algum deslumbramento e muito medo que se parte para uma conversa com uma poeta viva. Os poetas mortos são mais fáceis de retratar. A coisa complica-se se tivermos por hábito devorar a poesia dessa autora e, pior, se um dos seus poemas teve, um dia, o descaramento de nos fazer chorar. Tropeçamos logo numa frase que a Filipa disse numa entrevista: “Como jornalista, tenho o maior respeito por quem me faz as perguntas certas (…)”. A partir daqui, é ter fé na prosa e acreditar que não convidaremos, para a conversa, as perguntas erradas. Ela começa por pedir desculpa pelo seu poema me ter feito chorar. Há pessoas assim, das que “dão laranjas”.
Filipa Leal: “A poesia é como ter uma chave fixa do Euromilhões”.
É sempre com algum deslumbramento e muito medo que se parte para uma conversa com uma poeta viva. Os poetas mortos são mais fáceis de retratar. A coisa complica-se se tivermos por hábito devorar a poesia dessa autora e, pior, se um dos seus poemas teve, um dia, o descaramento de nos fazer chorar. Tropeçamos logo numa frase que a Filipa disse numa entrevista: “Como jornalista, tenho o maior respeito por quem me faz as perguntas certas (…)”. A partir daqui, é ter fé na prosa e acreditar que não convidaremos, para a conversa, as perguntas erradas. Ela começa por pedir desculpa pelo seu poema me ter feito chorar. Há pessoas assim, das que “dão laranjas”.
O minuto certo, de Filipa Leal
Formada em Jornalismo pela Universidade de Westminter (Londres), é Mestre em Estudos Portugueses e Brasileiros pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Filipa Leal é também poeta e argumentista. Os seus livros mais recentes Vem à Quinta-feira e Fósforos e Metal sobre Imitação de Ser Humano (ed. Assírio & Alvim), foram ambos finalistas do Prémio Correntes d’Escritas e semifinalistas do Prémio Oceanos. Hoje escutamos “O Minuto certo”.
Editor:
Assírio & Alvim
Edição:
março de 2019
Formatos Disponíveis:
Livro
Portes
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Sobre o livro
Mulher a inventar o corpo, a boca
cheia de vestígios de pântano, de heras,
de lodo, de incomunicabilidade.
Mulher segurando a máscara,
preparando-se para o esconderijo,
para a fácil loucura de já não ser real.
Mulher de perfil, tão pendurada, tão sem olhos
frontais, provocando-se a própria obra que a inclui,
desmotivando-se de tudo o que não for matéria,
soltando-se de todos os que a vêem bem.
Mulher enchendo-se de bronze,
tapando-se com a escultura que ela fará
de si mesma.
Comentários
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Consumir diariamente, sem moderação
Lido de um fôlego. Depois, é recuperar e voltar ao início. As vezes que foram necessárias, parar em cada palavra, contrariar a vertigem de olhar para dentro do sentido. Consumir diariamente a poesia da Filipa, sem moderação.
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Detalhes do produto
Fósforos e Metal sobre Imitação de Ser Humano
ISBN:
978-972-37-2079-2
Ano de edição:
03-2019
Editor:
Assírio & Alvim
Idioma:
Português
Dimensões:
145 x 205 x 7 mm
Encadernação:
Capa mole
Páginas:
72
Tipo de Produto:
Livro
Coleção:
Poesia Inédita Portuguesa
Classificação Temática:
Sobre o autor
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Um livro de poesia retratando a perspectiva feminina de uma variedade de tópicos. Por alguma razão que a autora é um dos grandes nomes femininos do panorama poético português. Sem dúvida um livro que vale a pena.
De grande poder poético e palavras intensas, sem no entanto complicar demasiado, Filipa Leal é um nome de peso na poesia portuguesa contemporânea. Um livro para ler e voltar a ler vezes sem conta.