Bertrand.pt - Aracne
Opinião dos leitores
(1)
Grande Prémio de Poesia Diogo Bernardes APE/Câmara Municipal de Ponte da Barca
Editor: Assírio & Alvim
Edição: setembro de 2004
10,00€
Esgotado ou não disponível

Após «Duende» (galardoado com o Prémio D. Diniz — Fundação Casa de Mateus 2002), António Franco Alexandre regressa à escrita com «Aracne» de onde retirámos este poema:

É muito bonito o meu amigo de agora;
tem o mais belo pêlo da floresta,
e olhos onde brilha, em noite escura,
o faiscar do gelo nas alturas.
Demora-se a falar ao telefone
com a namorada, no vagar dos dias;
diz-lhe tudo o que faz, e pensa, e sente,
e ouve também, com ar inteligente,
as divertidas vidas que ela conta.
E há tantos episódios, desde o baile
dos mosquitos, no verão passado,
à recente soirée das sanguessugas,
que se distrai, e lento se espreguiça
ao sol, que lhe acentua as rugas.
Então eu subo pelo pêlo, e fico
a admirar tão sedosas harmonias;
no sussurro sem fios, que mal entendo,
colho o meu mel pequeno, e sou feliz.
(p. 8)

Críticas de imprensa
"A qualidade «densamente musical» da poesia de Franco Alexandre (...) ecoa por todos os lados nesta sublime e prodigiosa Aracne, para mim o grande livro do ano. Partindo do Canto VI das Metamorfoses de Ovídio, é urdida uma trama poética ao mesmo tempo antiga e moderna, filosófica e emotiva, que nos enleia e deslumbra a cada nova leitura."
Frederico Lourenço, In Mil Folhas (Público), 02 de Janeiro de 2005

  • O poeta enquanto aracnídeo
    Henrique Fialho - Livreiro Bertrand La Vie Caldas da Rainha | 14-09-2017

    Em Aracne é um aranhiço quem nos fala «da arte, dos mistérios / da sexta dimensão, e outras lérias / de quem já não tem fio, mas tem ideias». A lírica, com enredos frequentemente amorosos, mistura-se aqui com a narração de uma espécie de balanço pessoal de conotações fortemente críticas e, por vezes, morais: «fico a pensar se não teria sido / melhor ter construído uma doutrina / em duro nylon ou arame fino». O poeta como que se faz passar, desta forma, por «um aracnídeo inadaptado» que tece a sua «teia sem enredo» - os seus poemas -, onde poderá ser humano, pois «Ser outro é privilégio de quem tece / na face do destino um transparente / véu, e ao vão casulo / prefere a superfície de uma folha». Um dos mais belos livros de um dos mais relevantes poetas portugueses.

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ISBN:
978-972-37-0951-3
Ano de edição:
09-2004
Editor:
Assírio & Alvim
Idioma:
Português
Dimensões:
145 x 205 x 5 mm
Encadernação:
Capa mole
Páginas:
56
Tipo de Produto:
Livro
Classificação Temática:

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