Fernanda Bernardo
Biografia
Fernanda Bernardo é professora de filosofia contemporânea na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - de longa data filosoficamente posicionada na Desconstrução e trabalhando na intersecção da filosofia com a literatura, a poética, as artes do visível, a ética e a política. Para além de tradutora de Jacques Derrida, de Emmanuel Levinas, de Maurice Blanchot e de Jean-Luc Nancy, é também autora de vários escritos, em revistas e obras colectivas nacionais e internacionais, "sobre" estes autores, de que se lembrarão aqui apenas os títulos dos do ano em curso: "Jean-Luc Nancy - peut-être du côté de l’anastasis"; "Les Carnets de Captivité - par-delà la mort, une ouverture sur le visage de Levinas. Entretien avec Alain David"; "A assinatura ético-metafísica da experiência do cativeiro de Emmanuel Levinas. Uma nova orientação para a filosofia - uma outra incondição para o humano"; "L'athéisme messianique de Derrida. "Penser et Agir à Contretemps" ou La portée hyper-politique de la Déconstruction"; "Moradas da Promessa. Demorança & Sobre-Vivência: Aporias da fidelidade infiel. Em torno do pensamento e da obra de Jacques Derrida"; "Penser le monde - Faire l'impossible: penser (et) agir à contretemps (La question de l'action dans la trace de Kant et de Heidegger contresignée par Derrida)" e "A "loucura" do perdão - um "impossível" da desconstrução derridiana"; "E. Levinas - J. Derrida: pensamentos da alteridade ab-soluta".
Membro do Comité Científico de Filosofia do SSHRC - CRSH (Canadá/2012), Fernanda Bernardo foi também a Representante de Coimbra-Cidade refúgio (2003-2006) no Réseau International des Villes Refuge afecto ao Parlement International des Écrivains (Strasbourg).
Membro do Comité Científico de Filosofia do SSHRC - CRSH (Canadá/2012), Fernanda Bernardo foi também a Representante de Coimbra-Cidade refúgio (2003-2006) no Réseau International des Villes Refuge afecto ao Parlement International des Écrivains (Strasbourg).
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Derrida – Em Nome da Justiça
«Die Welt ist fort, ich muss dich tragen» / «O mundo acabou, [eu] tenho de portar-te» é o verso de Paul Celan que, a título de exergo, me serve aqui de fio condutor para tentar dilucidar, a par, quer a singularidade da Desconstrução derridiana, como idioma de pensamento filosófico no contexto da História da Filosofia, quer a singularidade da ousadia sonhadora da sua proposta de re-pensar o cosmopolitismo em termos de alter-mundialização por vir ou de «nova Internacional democrática», assim revolucionando o tradicional paradigma onto-fenomenológico e, mesmo, onto-teológico do político (polis).
Índice
Preliminar
Uma nova arca de Noé para o século XXI
I
Cosmopolitas, mais um esforço!
1. - Derrida e a promessa de um novo espírito das Luzes
II
«O mundo está longe, […]»
Para além do cosmopolitismo - por um novo espírito alter-mundialista por vir
1. - Para além do cosmopolitismo - o espírito da Justiça
2. - «O mundo está longe» - ou os pressupostos metafísicos do cosmopolitismo
2. 1. - A paixão do animal e o destino sacrificialista
2. 2. - Origem, história e traços da tradição sacrificialista
2. 3. - A «via de saída» da tradição sacrificialista - a «via da compaixão»
III.
«[…] eu tenho de portar-te»
O meridiano poético da alter-mundialização por vir
1. - Celan e o meridiano poético
2. -Lévinas e Derrida e a «eticidade da ética»
3. - Lévinas - a ética ou o reconhecimento da "santidade" (Kadosh)
4. - O "terceiro" - a questão da justiça/direito
5. - Derrida - a Desconstrução é a justiça
6. - A justiça (ética) - o "para além" do cosmopolitismo
Bibliografia
Índice
Preliminar
Uma nova arca de Noé para o século XXI
I
Cosmopolitas, mais um esforço!
1. - Derrida e a promessa de um novo espírito das Luzes
II
«O mundo está longe, […]»
Para além do cosmopolitismo - por um novo espírito alter-mundialista por vir
1. - Para além do cosmopolitismo - o espírito da Justiça
2. - «O mundo está longe» - ou os pressupostos metafísicos do cosmopolitismo
2. 1. - A paixão do animal e o destino sacrificialista
2. 2. - Origem, história e traços da tradição sacrificialista
2. 3. - A «via de saída» da tradição sacrificialista - a «via da compaixão»
III.
«[…] eu tenho de portar-te»
O meridiano poético da alter-mundialização por vir
1. - Celan e o meridiano poético
2. -Lévinas e Derrida e a «eticidade da ética»
3. - Lévinas - a ética ou o reconhecimento da "santidade" (Kadosh)
4. - O "terceiro" - a questão da justiça/direito
5. - Derrida - a Desconstrução é a justiça
6. - A justiça (ética) - o "para além" do cosmopolitismo
Bibliografia