Jean-Luc Nancy
Biografia
Jean-Luc Nancy nasceu em 1940, em Bordéus e licenciou-se em Filosofia, em 1962. Ensinou por algum tempo em Colmar, e em 1968 ocupou uma vaga de assistente no Instituto de Filosofia em Estrasburgo. Em 1973 recebeu o doutoramento com uma dissertação sobre Kant, sob a supervisão de Paul Ricoeur.
Nos anos 70 e 80 foi professor convidado em universidades um pouco por todo o mundo. A sua reputação internacional cresceu, e foi convidado para delegado cultural do Ministério Francês dos Negócios Estrangeiros. Nos finais dos anos 80, princípio dos anos 90, Nancy teve que fazer uma pausa na sua carreira, para fazer um transplante ao coração. Deixou de dar aulas e participar em conferências, contudo nunca deixou de escrever. Hoje é ainda um filósofo ativo, falando por todo o mundo em muitos congressos filosóficos.
Ainda ensina Filosofia na Universidade de Estrasburgo.
Nos anos 70 e 80 foi professor convidado em universidades um pouco por todo o mundo. A sua reputação internacional cresceu, e foi convidado para delegado cultural do Ministério Francês dos Negócios Estrangeiros. Nos finais dos anos 80, princípio dos anos 90, Nancy teve que fazer uma pausa na sua carreira, para fazer um transplante ao coração. Deixou de dar aulas e participar em conferências, contudo nunca deixou de escrever. Hoje é ainda um filósofo ativo, falando por todo o mundo em muitos congressos filosóficos.
Ainda ensina Filosofia na Universidade de Estrasburgo.
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Sulcos
«Digamos que a filosofia designa a excedência ou o transbordo da linguagem sempre a partir da linguagem e segundo ela. A poesia, pelo contrário, diz este transbordo ou este fora por dentro da sua própria dicção. O filósofo fala sempre, mesmo quando se trata do fora-da-linguagem. O poeta cala-se sempre num momento ou noutro - e, de cada vez, no seio da sua própria fala…»
«Ser surpreendido, trazer-se para a obra [de arte contemporânea], tentar nela entrar, é também contemplar. Contemplar - verdadeiramente - não é de todo passivo e imóvel. Ou é uma passividade activa, mesmo quando se fica a olhar…»
«[…] não sabemos o que é a técnica. Trata-se sem dúvida da revelação da nossa própria finalidade sem fim: inventamos fins, mas não sabemos se esses fins têm eles próprios fins. […] a nossa medicina é muito mais performativa do que a de todas as outras culturas, mas é também uma medicina ligada a um conjunto que nós produzimos (doenças, durações de vida, alimentações, respirações, exposições a agentes tóxicos diversos, etc.). Isso revela-nos que a nossa vida enquanto duração, conservação e «saúde» não pode constituir um fim em si. Haverá, pois, que lhe dar um outro sentido…»
Jean-Luc Nancy
«Sintetizando, o título Sulcos para este pequeno livro surgiu em acordo com Nancy, partindo da ideia de linhas possíveis que se foram traçando, sulcando em abertura e por vezes em deriva, segundo as abordagens indicadas no subtítulo e nas partes que dividem o texto.
A ilustração da capa é uma imagem possível para Sulcos, onde se observa uma estratigrafia de linhas gravadas num emaranhado labiríntico, divisando-se figuras de animais (gravuras rupestres de Foz Côa). Outras pistas e analogias ficarão ao critério do leitor.»
Luís de Barreiros Tavares, na Nota Prévia
«Ser surpreendido, trazer-se para a obra [de arte contemporânea], tentar nela entrar, é também contemplar. Contemplar - verdadeiramente - não é de todo passivo e imóvel. Ou é uma passividade activa, mesmo quando se fica a olhar…»
«[…] não sabemos o que é a técnica. Trata-se sem dúvida da revelação da nossa própria finalidade sem fim: inventamos fins, mas não sabemos se esses fins têm eles próprios fins. […] a nossa medicina é muito mais performativa do que a de todas as outras culturas, mas é também uma medicina ligada a um conjunto que nós produzimos (doenças, durações de vida, alimentações, respirações, exposições a agentes tóxicos diversos, etc.). Isso revela-nos que a nossa vida enquanto duração, conservação e «saúde» não pode constituir um fim em si. Haverá, pois, que lhe dar um outro sentido…»
Jean-Luc Nancy
«Sintetizando, o título Sulcos para este pequeno livro surgiu em acordo com Nancy, partindo da ideia de linhas possíveis que se foram traçando, sulcando em abertura e por vezes em deriva, segundo as abordagens indicadas no subtítulo e nas partes que dividem o texto.
A ilustração da capa é uma imagem possível para Sulcos, onde se observa uma estratigrafia de linhas gravadas num emaranhado labiríntico, divisando-se figuras de animais (gravuras rupestres de Foz Côa). Outras pistas e analogias ficarão ao critério do leitor.»
Luís de Barreiros Tavares, na Nota Prévia