Tenho o Direito de Me Destruir
de Kim Young-ha
Sobre o livro
Num tempo em que a eutanásia e a morte assistida estão na ordem do
dia, o narrador anónimo deste romance ajuda pessoas a morrer. Mas
não porque se encontrem doentes, simplesmente porque se sentem
fartas da vida. Bastam-lhe dois ou três clientes por ano para sobreviver;
mas nem sempre se torna fácil encontrá-los e, por isso, é preciso ler
muito, viajar, saber de pintura, fazer pesquisa, seguir alguma pista. («As
conversas fluirão mais facilmente se eu souber quais as bandas,
pintores e escritores que preferem.») Foi assim, de resto, que descobriu
a bela e tentadora Se-yeon, que partiu o coração aos dois irmãos que se
apaixonaram por ela; e também Mimi, a artista que nunca permitia que a
filmassem porque tinha medo de se ver a si mesma. E quem sabe se se
tornará sua cliente a rapariga de Hong Kong que conheceu num museu,
em Viena, e parecia fugir de um passado terrível?
Tomando a paisagem urbana e o ritmo louco de Seul como espelho da
vida contemporânea em todo o mundo - e combinando a tensão
emocional de Kundera com a angústia existencial de Bret Easton Ellis -
Tenho o Direito de Me Destruir, traduzido em mais de dez línguas,
inscreve a moderna literatura sul-coreana na tradição internacional e
institui Kim Young-ha como a voz mais importante da sua geração.
Book Reviews
«O romance de Kim é arte sobre arte. O seu estilo tem reminiscências de Kafka, Camus e Sartre, território arriscado para um jovem escritor. Mas os carros velozes, o sexo e os chupa-chupas emprestam um sabor único a um niilismo que podia passar por antiquado.»
Los Angeles Times
«Kim é um esteta do crime. Com um cinismo irresistível, oferece-nos um romance ímpar sobre a arte, o amor e a morte. »
Le Monde
«Com este romance, Kim ganhou um lugar de culto nas letras coreanas.»
Der Spiegel
«Uma escrita quase sempre espectacular, lembrando a espaços a prosa de Murakami.»
Time Out Chicago