Perder-se
de Annie Ernaux
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Sobre o livro
Vencedor Prémio Livro do Ano Bertrand 2023 | Escolha dos Leitores – Não ficção
Perder-se revela o diário íntimo mantido por Annie Ernaux durante o ano e meio em que viveu uma relação intensa e secreta com um diplomata russo, mais jovem, casado, que a deixou à beira da obsessão. Conhecem-se em setembro de 1988. Annie está divorciada, tem dois filhos crescidos, mora nos arredores de Paris e acaba de fazer quarenta e oito anos. Sem conseguir trabalhar num novo livro e desempenhando automaticamente as tarefas banais do dia a dia, é a expectativa da visita daquele homem que lhe ocupa os pensamentos. Quando tudo acaba, sem um gesto de despedida, restam-lhe os sonhos – e a escrita. Esta é a relação retratada em Uma Paixão Simples, aqui exposta através de apontamentos mais imediatos e sem artifícios, que põem a nu toda a vulnerabilidade de uma mulher perdida de amor e de desejo.
Uma Paixão Simples foi uma memória inteligentemente talhada; Perder-se é uma grande porção da sua vida e a versão mais interessante do caso. (...) Suspeito que este livro virá a tornar-se uma espécie de totem para amantes: um manual para os ajudar a encontrar o seu centro quando, tal como Ernaux, se perdem de amor.
The Guardian
The Guardian
Ernaux não consegue escrever mal, nem mesmo numa publicação com uma escrita mais intimista como um diário. Interessante para se perceber os processos, para entender o ponto de partida, cru, visceral, sem artifícios (não é que a autora os use muito, mas…) que dá lugar depois à “obra final”. No caso em questão, este diário de alguns anos onde transparecem os sentimentos e dúvidas de uma relação com um diplomata russo, tem em Uma Paixão Simples, o seu projecto acabado… Uma das magias de ler Annie Ernaux, é a interligação da maior parte da sua obra escrita. Numa outra nota, positiva, a tradução da Tânia Ganho…