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Sobre o livro
«Que comprida tem sido esta estrada! Já mais de meio século se passou desde que escrevi O Outro Eu, o primeiro romance para o qual encontrei editor.»
Assim começa este belo livro de memórias do grande escritor que é Graham Greene. Porquê Caminhos de Evasão? Busquemos resposta nele próprio.
«Vejo agora que tanto as minhas viagens como o próprio acto de escrever têm sido maneiras de me evadir... Escrever é uma forma de terapia. Por vezes pergunto a mim próprio como é que aqueles que não escrevem, compõem ou pintam, conseguem fugir à loucura, à melancolia e ao medo inerentes ao género humano.»
Com uma soberba mestria, Graham Greene descreve experiências e encontros desenrolados ao longo de uma vida extraordinária. Ora estamos no Haiti no período tenebroso de Duvalier, ora nos últimos anos de presença francesa no Vietname, ora no Quénia durante a rebelião dos Mau-Mau, ou em Cuba, em Praga e no Paraguai, ou vivemos os momentos em que o autor foi agente dos serviços secretos britânicos.
Ler, pois, os Caminhos de Evasão é compreender melhor Our Man in Havana ou The Confidential Agent, The Ministry of Fear ou The Quiet American, The Stamboul Train ou A Gun for Sale.
Ler Greene, afinal, é debruçarmo-nos sobre a dúvida e o medo, a angústia e a esperança que residem em todos, que residem em nós.