António Chaves
Biografia
António Carneiro Chaves nasceu em Negrões, concelho de Montalegre, a 20 de Novembro de 1943. Licenciou-se em Economia, no Instituto Superior de Economia de Lisboa, e obteve o grau de Mestre em Economia Europeia, no Instituto de Estudos Europeus da Universidade Livre de Bruxelas (1980). Foi correspondente da RTP e do semanário O Jornal, e colaborador de outros órgãos de informação, durante a sua permanência na Bélgica. Foi bolseiro do Instituto para a Alta Cultura; do Governo Belga; e da Gulbenkian para a especialização em Economia Europeia.
Como Quadro Superior do ICEP (Instituto do Comércio Externo de Portugal) foi responsável pelo acompanhamento da conjuntura económica nacional e internacional e do Sistema Monetário Internacional, tendo publicado vários estudos na imprensa especializada. Foi docente do ensino superior na área de Gestão e Marketing Internacional, durante mais de duas décadas, e consultor das mais destacadas empresas de serviços na área de gestão e formação de gestores, directores e quadros superiores de empresas.
Colaborou, desde muito jovem, na imprensa regional, estando sempre ligado a projectos socioculturais da sua região, sobre a qual escreveu monografias e argumentos para documentários e obras de ficção, como Um Natal em Barroso, a convite da RTP para exibição na quadra natalícia, em 1976. Desenvolveu, ainda, actividade como empresário, ao longo de vários anos, e colaborou, de modo activo, com várias associações ligadas à área da cultura. É presidente da Academia de Letras de Trás-os-Montes.
Como Quadro Superior do ICEP (Instituto do Comércio Externo de Portugal) foi responsável pelo acompanhamento da conjuntura económica nacional e internacional e do Sistema Monetário Internacional, tendo publicado vários estudos na imprensa especializada. Foi docente do ensino superior na área de Gestão e Marketing Internacional, durante mais de duas décadas, e consultor das mais destacadas empresas de serviços na área de gestão e formação de gestores, directores e quadros superiores de empresas.
Colaborou, desde muito jovem, na imprensa regional, estando sempre ligado a projectos socioculturais da sua região, sobre a qual escreveu monografias e argumentos para documentários e obras de ficção, como Um Natal em Barroso, a convite da RTP para exibição na quadra natalícia, em 1976. Desenvolveu, ainda, actividade como empresário, ao longo de vários anos, e colaborou, de modo activo, com várias associações ligadas à área da cultura. É presidente da Academia de Letras de Trás-os-Montes.
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Barroso
«Em Barroso mantém-se entre homens e animais uma solidariedade que remonta ao Paraíso de Adão. Uma cozinha de Gostofrio é uma arca de Noé: os cães e os gatos passam a vida açapados à lareira ou no colo dos amos, dos quais recebem, conforme os ventos, afagos, pontapés e lambiscos; as galinhas levam o dia a entrar e a sair, a bicar o cibo nos escanos, nos potes, nas camas, a esgravatar a cinza e o lixo, e, à noite, empoleiram-se atrás da porta ao bafo do borralho; os coelhos entocam-se debaixo da lenha ou da masseira e daí fazem incursões a todos os recantos do casebre, e a qualquer hora; os recos criados ao caco, num caixote, muito perto do lume, porque são friorentos, fazem-se, com a idade, zaragateiros terríveis, espatifando trastes e canelas à dentada; os cabritos chegadiços, ou aleitados a biberão, não largam as pernas das pessoas com més e turras; e o burro e a vaca espreitam por cima da trancada que os separa da pedra do lar. Isto nas casas térreas»