As Velas Ardem Até ao Fim
de Sándor Márai; Tradução: Mária Magdolna Demeter
Grátis
Sobre o livro
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura.
Um pequeno castelo de caça na Hungria, onde outrora se celebravam elegantes saraus e cujos salões decorados ao estilo francês se enchiam da música de Chopin, mudou radicalmente de aspecto. O esplendor de então já não existe, tudo anuncia o final de uma época. Dois homens, amigos inseparáveis na juventude, sentam-se a jantar depois de quarenta anos sem se verem. Um, passou muito tempo no Extremo Oriente, o outro, ao contrário, permaneceu na sua propriedade. Mas ambos viveram à espera deste momento, pois entre eles interpõe-se um segredo de uma força singular...
Comentários
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Leitura obrigatória
"As velas ardem até ao fim" data de 1942. A Europa estava mergulhada na Segunda Grande Guerra, com o Reino da Hungria a fazer parte do eixo que apoiava a estratégia nazi. Uma das características geralmente associadas ao livro de Márai é a nostalgia da multiculturalidade do Império Austro-Húngaro, aflorada em brevíssimas passagens que parecem indiferentes ao corpo do texto. É bom lembrar, no entanto, que as duas personagens centrais do livro provêm de contextos socioculturais diversos. O general Henrik é rico e nobre, vive num palácio com Nini, a velha ama que o criou, filha do carteiro da aldeia, fiel companhia de uma vida solitária. «Havia vinte anos que não recebiam visitas» (p. 13), quando Konrád, amigo de infância, resolve reaparecer passados 41 anos de uma ausência intrigante. No colégio que frequentaram havia rapazes provenientes dos palácios da Boémia, dos solares da Morávia, dos castelos tiroleses e dos palacetes de caça estirianos, das casas de província húngaras, «rapazes eslavos de testa estreita, em cujo sangue se misturavam todas as características humanas do Império» (p. 29). É neste ambiente multicultural que germinará a amizade entre dois seres bem distintos. Separados até ao reencontro.
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Uma ode à amizade
Este livro é uma verdadeira ode à amizade, escrito de tal forma intensa, magistral e cheia de sentimento. Quando o terminei senti uma tremenda nostalgia. Uma entrada direta para a minha estante dos imortais.
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Um excelente livro sobre a amizade em forma de romance.
Num pequeno Castelo de Caça na Hungria, se celebram elegantes festas em salões decorados ao estilo francês, e se ouvia música de Chopin, encontram-se dois homens, amigos inseparáveis na juventude, num jantar depois de 40 anos de afastamento. Um passou muito tempo no extremo oriente o outro permaneceu na sua propriedade. O reencontro destes dois amigos leva-nos a desvendarem os seus maiores segredos, nunca deixando de existir entre eles, um dos sentimentos mais notável - AMIZADE!
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Um livro escrito com uma intensidade que nos absorve completamente. A amizade entre dois homens, que supera as diferenças sociais, económicas e culturais e a erosão do tempo e de um amor partilhado.
Este é um daqueles títulos que recomendo muito, pela sua intensidade e qualidade de escrita. Reflexões da vida numa história pequena mas muito forte.
As velas ardem até ao fim é um clássico intemporal sobre a amizade entre dois homens e de que forma essa amizade molda as suas experiências de vida. Um retrato sobre as emoções humanas e a importância das relações.