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Sobre o livro
O segundo volume da colecção de literatura e filosofia pensa sobre as possibilidades da linguagem a partir do erotismo.
«Conhecida por sua abordagem original da literatura erótica, a crítica e professora Eliane Robert de Moraes agora coroa e sintetiza, com A Parte Maldita Brasileira, uma trajetória de décadas de estudos sobre pensadores modernos, como Marquês de Sade, e contemporâneos, como Georges Bataille, bem como de organização de antologias fundamentais da prosa e da poesia eróticas brasileiras.
O título deste ensaio estabelece um diálogo explícito com o livro de Bataille, A parte maldita, ao se debruçar sobre a literatura erótica produzida no Brasil. No entanto, mais do que apenas interpretar escritores brasileiros à luz do autor francês, Eliane Robert de Moraes põe em diálogo filosofia e literatura, pensando as possibilidades da linguagem erótica. Ou melhor, pensando as possibilidades da linguagem a partir do erotismo.
Se faz parte do erotismo chamar as coisas pelos seus nomes baixos, faz parte da vitalidade da linguagem encontrar seu próprio erotismo.» — Pedro Duarte e Tatiana Salem Levy, Coordenadores da colecção. Sobre a colecção «Ensaio Aberto»: Na tradição ocidental, deu-se por certa a separação entre Filosofia e Literatura, tendo-se como consequência um entendimento histórico que cindia, de um lado, a mente, a reflexão ou a razão, e, de outro lado, o corpo, a criação ou a emoção. Perdia-se, assim, a possibilidade de um conhecimento que, em vez de separar, aproximasse Filosofia e Literatura, perguntando-se: mas escritores não filosofam, e filósofos não escrevem?
Os Ensaios Abertos desta colecção surgiram da vontade de explorar como, apesar da conhecida crítica metafísica que a Filosofia dirigiu à Literatura, elas não cessaram de se aproximar.