João Pedro Cachopo
Biografia
João Pedro Cachopo é musicólogo e filósofo. Atualmente, leciona na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde integra o Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical. Foi Investigador Visitante na University of Durham (2012) e na Columbia University in the City of New York (2015), além de Professor Convidado na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e na Universidade Federal de Campinas (2016). Entre 2017 e 2019 foi Marie Sklodowska-Curie Fellow na University of Chicago. Os seus interesses de pesquisa incidem sobre a relação entre estética e política, a interação entre as artes e questões de remediação, dramaturgia e crítica. É o autor de Verdade e Enigma: Ensaio sobre o Pensamento Estético de Adorno (Vendaval, 2013), que recebeu o Prémio Primeira Obra do PEN Clube Português em 2014, bem como de ensaios publicados em revistas como New German Critique, The Opera Quarterly, Europe: Revue Littéraire, Colóquio Letras ou Electra. Coeditou Rancière and Music (Edinburgh University Press, 2020), Estética e Política entre as Artes (Edições 70, 2017) e Pensamento Crítico Contemporâneo (Edições 70, 2014). Traduziu para português Theodor W. Adorno, Jacques Rancière e Georges Didi-Huberman.
partilhar
Em destaque VER +
Callas e os Seus Duplos
«Quase meio século após a morte de Maria Callas (1923-1977), o mito da cantora persiste. Somando-se a exposições, documentários e biografias, multiplicam-se os projectos em que os novos meios desempenham um papel decisivo: um dueto virtual, um espectáculo holográfico, uma ópera multimédia.
Callas e os Seus Duplos examina o paradoxo que atravessa estes projectos. Por um lado, o fascínio pela disseminação de imagens, cópias e duplos é manifesto, e é com entusiasmo que se recorre a meios digitais para reanimar a memória e o legado da intérprete. Por outro lado, mantém-se a obsessão pelos valores do original: a autenticidade, a presença, a imediatez. Afinal, numa era marcada pelo triunfo da reprodutibilidade técnica, a aura sofre um declínio ou uma metamorfose? E o que nos diz a aceleração do mito de Callas, não apenas sobre a artista, mas também sobre nós e sobre o nosso tempo?»
João Pedro Cachopo
Callas e os Seus Duplos examina o paradoxo que atravessa estes projectos. Por um lado, o fascínio pela disseminação de imagens, cópias e duplos é manifesto, e é com entusiasmo que se recorre a meios digitais para reanimar a memória e o legado da intérprete. Por outro lado, mantém-se a obsessão pelos valores do original: a autenticidade, a presença, a imediatez. Afinal, numa era marcada pelo triunfo da reprodutibilidade técnica, a aura sofre um declínio ou uma metamorfose? E o que nos diz a aceleração do mito de Callas, não apenas sobre a artista, mas também sobre nós e sobre o nosso tempo?»
João Pedro Cachopo