João Pinto Coelho
Biografia
João Pinto Coelho nasceu em Londres em 1967. Licenciou-se
em Arquitetura em 1992 e viveu a maior parte da sua vida
em Lisboa. Passou diversas temporadas nos Estados
Unidos, onde chegou a trabalhar num teatro profissional
perto de Nova Iorque e dos cenários que evoca neste
romance. Em 2009 e 2011 integrou duas ações do Conselho
da Europa que tiveram lugar em Auschwitz (Oswiécim), na
Polónia, trabalhando de perto com diversos investigadores
sobre o Holocausto. No mesmo período, concebeu e
implementou o projeto Auschwitz in 1st Per-son/A Letter to
Meir Berkovich, que juntou jovens portugueses e polacos e
que o levou uma vez mais à Polónia, às ruas de Oswiécim e
aos campos de concentração e extermínio. A esse propósito
tem realizado diversas intervenções públicas, uma das quais,
como orador, na conferência internacional Portugal e o
Holocausto, que teve lugar na Fundação Calouste
Gulbenkian. Em 2012 publica Perguntem a Sarah Gross, o seu
primeiro romance. O seu romance seguinte Os Loucos da Rua Mazur foi o vencedor do prémio LeYa 2017, finalista do Prémio Literário Fernando Namora e semifinalista do Prémio Oceanos.
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Mãe, Doce Mar
Depois de passar a infância num orfanato, Noah conhece finalmente Patience, a mãe, aos doze anos. Mas, apesar de ela fazer tudo para o compensar, nunca se refere ao motivo do abandono; e, por isso, seja na casa de praia de Cape Cod, onde passam temporadas, seja no teatro do Connecticut onde acabam a trabalhar juntos, há um caminho de brasas que teima em separá-los mas que nenhum ousa atravessar.
Quando Noah encontra Frank O’Leary - um jesuíta excêntrico que guia um Rolls-Royce às cores -, descobre nele o amparo que procurava. Mesmo assim, há coisas que o padre prefere guardar para si: os anos de estudante; o bar irlandês de Boston onde ele e os amigos se encharcavam de cerveja e recitavam poemas; e ainda Catherine, a jovem ambiciosa que não temeu desviá-lo da sua vocação.
É, curiosamente, a terrível experiência de solidão num colégio religioso o primeiro segredo que Patience partilhará com Noah; contudo, quando essa confissão se encaixar no relato do padre Frank, ficará no ar o cheiro da tragédia e a revelação que se lhe segue só pode ser mentira
Quando Noah encontra Frank O’Leary - um jesuíta excêntrico que guia um Rolls-Royce às cores -, descobre nele o amparo que procurava. Mesmo assim, há coisas que o padre prefere guardar para si: os anos de estudante; o bar irlandês de Boston onde ele e os amigos se encharcavam de cerveja e recitavam poemas; e ainda Catherine, a jovem ambiciosa que não temeu desviá-lo da sua vocação.
É, curiosamente, a terrível experiência de solidão num colégio religioso o primeiro segredo que Patience partilhará com Noah; contudo, quando essa confissão se encaixar no relato do padre Frank, ficará no ar o cheiro da tragédia e a revelação que se lhe segue só pode ser mentira