Hélia Correia
Biografia
Escritora portuguesa contemporânea (1949), licenciou-se em Filologia Românica e é professora de Português do Ensino Secundário. Apesar do seu gosto pela poesia, é como ficcionista que é reconhecida como uma das revelações da novelística portuguesa da geração de 1980, embora os seus contos, novelas ou romances estejam sempre impregnados do discurso poético.
Estreou-se na poesia com O Separar das Águas, em 1981, e O Número dos Vivos, em 1982.
A novela Montedemo, encenada pelo grupo O Bando, dá à autora uma certa notoriedade. Aliás, Hélia Correia revelou, desde cedo, o gosto pelo teatro e pela Grécia clássica, o que a levou a representar em Édipo Rei e a escrever Perdição, levadas à cena, em 1993, pela Comuna. Escreveu também Florbela, em 1991, que viria a ser encenada pelo grupo Maizum.
Destacam-se ainda na sua produção os romances Casa Eterna e Soma e, na poesia, A Pequena Morte/Esse Eterno Conto.
Recebeu em 2002 o prémio PEN 2001, atribuído a obras de ficção, pela sua obra Lillias Fraser.
Venceu o prémio literário Correntes d'Escritas/Casino da Póvoa com o livro de poesia A Terceira Miséria.
Foi galardoada com o Prémio Camões, em 2015.
Estreou-se na poesia com O Separar das Águas, em 1981, e O Número dos Vivos, em 1982.
A novela Montedemo, encenada pelo grupo O Bando, dá à autora uma certa notoriedade. Aliás, Hélia Correia revelou, desde cedo, o gosto pelo teatro e pela Grécia clássica, o que a levou a representar em Édipo Rei e a escrever Perdição, levadas à cena, em 1993, pela Comuna. Escreveu também Florbela, em 1991, que viria a ser encenada pelo grupo Maizum.
Destacam-se ainda na sua produção os romances Casa Eterna e Soma e, na poesia, A Pequena Morte/Esse Eterno Conto.
Recebeu em 2002 o prémio PEN 2001, atribuído a obras de ficção, pela sua obra Lillias Fraser.
Venceu o prémio literário Correntes d'Escritas/Casino da Póvoa com o livro de poesia A Terceira Miséria.
Foi galardoada com o Prémio Camões, em 2015.
Prémios
2015 - Prémio Camões
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Certas Raízes
«Os séculos passaram sobre a vila como as aves, deixando as suas fezes. Os séculos passaram, desfazendo sombras de forcas, e higienizando, e espalhando o seu fumo fabril sobre a paisagem. Houve, por duas gerações, certo fulgor, aquilo a que chamavam o progresso, isto é, o caminho para a frente, como se existisse essa direcção. Depois a fábrica fechou, o rio secou e o pássaro do século acabou por entregar em casa das pessoas uma mensalidade que não era ganho nem rendimento. Era um fantasma que tinha a gratidão de toda agente. Pois os ares do tempo não deixavam morrer de fome, ainda que alguns morressem, nas montanhas, de frio. Não eram todos velhos, mas havia de comum entre eles a indiferença pelos prazeres tribais, pelas bebidas, pelos jogos estridentes. Alguns pintaram o arco-íris na capela porque supunham que os entusiasmaria sexualizarem um lugar assim, dançar com grandes efusões obscenas. Mas era pedir muito aos sentimentos. Já não havia fé para blasfémias. A capela mantinha o seu altar que serviu de balcão às cervejas cujo sabor antigo desgostava. Rapidamente se cansaram dela.»
De Certas Raízes
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