Dulce Freire
Biografia
Dulce Freire (Universidade de Coimbra), é professora auxiliar de História Económica e Social na Faculdade de Economia e investigadora principal do projeto ERC-StG ReSEED – Rescuing seed’s heritage: engaging in a new framework of agriculture and innovation since the 18th century no Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra. Tem desenvolvido pesquisa em temáticas da história rural, agrária e da alimentação na Península Ibérica. Nos últimos anos, tem coordenado vários projetos de investigação relacionados com as mudanças na agricultura, alimentação, sociedade, economia e políticas públicas desde o século XVIII, cruzando investigadores e estudantes com diferentes formações científicas, como História, Antropologia, Sociologia, Geografia, Arquitetura ou Biologia.
partilhar
Em destaque VER +
Uma História Agrária de Portugal 1000-2000
Este livro acompanha a renovação da história económica europeia oferecendo uma interpretação unificada sobre as fontes de crescimento e de estagnação. Para compreender melhor a diversidade dos padrões de crescimento devemos ir além do estudo da industrialização das economias dominantes e explorar os séculos que a antecederam.
A agricultura portuguesa raramente esteve na vanguarda da tecnologia e da produtividade da Europa e, ao longo do segundo milénio, a distância do país em relação às economias próximas variou substancialmente. Contudo, se tivermos em conta os períodos da Reconquista Cristã, a recuperação da Peste Negra, a resposta à globalização do Renascimento, o iluminismo económico do século XVIII ou a industrialização do século XIX, poderemos concluir que, neste país da periferia europeia, a agricultura foi com frequência dinâmica e adaptativa.
Considerando em conjunto a longa trajetória de 1000 anos, o facto de o atraso económico não ter sido superado no final do período deixou de ser o aspeto mais relevante dessa história.
A agricultura portuguesa raramente esteve na vanguarda da tecnologia e da produtividade da Europa e, ao longo do segundo milénio, a distância do país em relação às economias próximas variou substancialmente. Contudo, se tivermos em conta os períodos da Reconquista Cristã, a recuperação da Peste Negra, a resposta à globalização do Renascimento, o iluminismo económico do século XVIII ou a industrialização do século XIX, poderemos concluir que, neste país da periferia europeia, a agricultura foi com frequência dinâmica e adaptativa.
Considerando em conjunto a longa trajetória de 1000 anos, o facto de o atraso económico não ter sido superado no final do período deixou de ser o aspeto mais relevante dessa história.