David Martelo
Biografia
É oficial do Exército (coronel) reformado. Nascido em 1946, em Viseu, ingressou na carreira militar em 1963, mantendo-se no ativo até 1995. Encetou, então, a sua atividade como escritor, privilegiando o debate dos temas de defesa contemporâneos e a história militar. É autor das seguintes obras: O Exército Português na Fronteira do Futuro, As Mágoas do Império, A Espada de Dois Gumes, 1974 – Cessar-Fogo em África, O Cerco do Porto, A Dinastia de Avis e a construção da União Ibérica e Os Caçadores. Colaborou na obra Portugal e a Grande Guerra (coord. A. Afonso e C. M. Gomes). Para as Edições Sílabo, traduziu e prefaciou as três principais obras de Maquiavel (O Príncipe, Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio e A Arte da Guerra) e a História da Guerra do Peloponeso, de Tucídides. É membro efetivo do Conselho Científico da Comissão Portuguesa de História Militar. De 2007 a 2012, foi membro do Comité Bibliográfico da Comissão Internacional de História Militar.
partilhar
Em destaque VER +
Da Guerra à Paz na Argélia
O golpe militar de 25 de Abril de 1974 proporcionou a instauração de um regime democrático em Portugal, o fim da guerra em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique e a descolonização dos territórios sob administração portuguesa em África e na Oceânia.
Essa retirada do Ultramar deixou um registo histórico pleno de dificuldades e sofrimentos humanos, levando muitos dos que dela foram contemporâneos a lamentar o seu desenlace e, sobretudo, a pôr em dúvida que o processo tivesse decorrido de forma honrosa para Portugal. Não faltaram os que classificaram a descolonização como «vergonhosa» e, até, como uma «traição» à Pátria.
Para chegar a um correto julgamento, é indispensável conhecer a forma como a França se retirou da Argélia, após oito anos de guerra, porque é o único processo de descolonização que permite uma comparação com o processo de obtenção da paz e as descolonizações conduzidas pelo governo português.
Nesses dois processos, destacaram-se as figuras dos generais Charles de Gaulle, presidente da França, e António de Spínola, presidente de Portugal, que, de igual modo, aqui são colocadas em paralelo.
Na condução das diligências para a obtenção da paz em África, Spínola copiaria as metas intermédias utilizadas por de Gaulle, na ilusão de que, aplicando o mesmo método, seria capaz de chegar a um resultado diferente. Não chegou.
Essa retirada do Ultramar deixou um registo histórico pleno de dificuldades e sofrimentos humanos, levando muitos dos que dela foram contemporâneos a lamentar o seu desenlace e, sobretudo, a pôr em dúvida que o processo tivesse decorrido de forma honrosa para Portugal. Não faltaram os que classificaram a descolonização como «vergonhosa» e, até, como uma «traição» à Pátria.
Para chegar a um correto julgamento, é indispensável conhecer a forma como a França se retirou da Argélia, após oito anos de guerra, porque é o único processo de descolonização que permite uma comparação com o processo de obtenção da paz e as descolonizações conduzidas pelo governo português.
Nesses dois processos, destacaram-se as figuras dos generais Charles de Gaulle, presidente da França, e António de Spínola, presidente de Portugal, que, de igual modo, aqui são colocadas em paralelo.
Na condução das diligências para a obtenção da paz em África, Spínola copiaria as metas intermédias utilizadas por de Gaulle, na ilusão de que, aplicando o mesmo método, seria capaz de chegar a um resultado diferente. Não chegou.
bibliografia
- ordenação
- Data Edição
- Ranking
portes grátis
10% Cartão Leitor Bertrand
25,50€
Edições Sílabo
portes grátis
10% Cartão Leitor Bertrand
15,80€
Edições Sílabo
portes grátis
10% Cartão Leitor Bertrand
18,17€
Edições Sílabo
portes grátis
10% Cartão Leitor Bertrand
21,00€
Publicações Europa-América
portes grátis
10% Cartão Leitor Bertrand
19,90€
Publicações Europa-América