Três Irmãs
de Heather Morris; Tradução: Miguel Romeira
Grátis
Sobre o livro
Finalista Prémio Livro do Ano Bertrand 2021
Prometeram nunca se separar.
Entre elas, nasceu um laço inquebrável.
E uma força tremenda para sobreviver.
Contra todas as probabilidades, três irmãs eslovenas sobreviveram a vários anos no mais conhecido campo de morte da Alemanha nazi: Auschwitz.
Livia, Magda e Cibi aguentaram tudo juntas: quase morreram de fome e trabalhos forçados e sofreram todos os requintes de malvadez dos guardas de um dos mais horríveis sítios de que há memória.
Mas, agora, os Aliados aproximam-se e as três irmãs têm de enfrentar uma última provação: a marcha da morte - sim, os nazis querem tentar apagar todas e quaisquer provas da existência de prisioneiros em Auschwitz. Por sorte do destino, Livia, Magda e Cibi conseguem escapar à formação da marcha e escondem-se na floresta durante vários dias, até serem salvas.
E é aqui que esta história realmente começa. Dali, as três irmãs viajam para Israel, a sua nova casa, mas a luta pela liberdade ganha então novas formas. Livia, Magda e Cibi têm de enfrentar os fantasmas do seu passado - além dos segredos que esconderam umas das outras - para encontrar a paz e a felicidade verdadeiras.
Inspirado numa história real, e com episódios que se entrelaçam com os de Lale, Gita e Cilka, Três Irmãs vai tocar o espírito e o coração dos leitores - e neles ficará, como história sobre o que é a verdadeira coragem, para sempre.
Ibi, Magda e Livi são três irmãs eslovenas, que em 1929 o pai pede-lhes que prometam que se apoiem sempre e nunca se separem. Em 1942, Livi com apenas quinze anos é convocada para se apresentar, e Cibi, de dezanove decide juntar-se à irmã, cumprindo a promessa que tinha feito ao pai. Na altura, Magda, com dezassete anos, está internada no hospital. Cibi e Livi são então levadas para Auschwitz, onde vamos ficar a conhecer todas as dificuldades e horrores que sofreram. Mas, ao mesmo tempo, com uma força e coragem incríveis e sempre com um grande amor fraternal. Mais tarde, Magda acaba também por não escapar a Auschwitz-Birkenau e as três irmãs reencontram-se. É certo que, para quem já leu mais sobre a 2ª Guerra, estes relatos no campo de concentração, não trazem nada de novo ao que já sabemos, no entanto, não deixam de nos impressionar todos os horrores que estas pessoas sofreram às mãos dos nazis. Acompanhamos também a vida das três irmãs no pós-guerra, o regresso à casa de origem, as suas dificuldades, e a partida para Israel. E achei muito importante a autora ter continuado a dar-nos a conhecer a vida destas irmãs. Achei bastante interessante como a autora conseguiu abordar os sentimentos de culpa dos vários sobreviventes, uns por não terem sentido o sofrimento dos outros, outros com os próprios fantasmas. Quanto à escrita, é muito simples e um pouco mais juvenil, o que está totalmente em linha com a idade inicial das três irmãs, o que nos faz sentir mais próximos delas e da promessa que tinham feito ao pai. Outro ponto que me conquistou foi a nota da autora, onde ela nos conta, um pouco mais, o que aconteceu a cada membro da família depois de a guerra ter terminado. Temos também posfácios de Lívia e de outros membros da família. Uma grande história de resiliência, esperança e amor fraternal!
Que livro !! Que história dura e tão inspiradora. Relata o inferno, mas transmite tanto amor e esperança. Tanta resiliência em corpos tão frágeis. Este testemunho começa com uma promessa. Uma promessa entre três irmãs, de sempre se apoiarem e nunca se abandonarem. A força dessa promessa revelou-se na coragem destas jovens. Cibi, Magda e Livi, três irmãs, três mulheres que conseguiram sobreviver ao extermínio de seis milhões de judeus. Conseguiram resistir aos campos de concentração, à fome, às doenças e, especialmente, à maldade humana. Este é um livro muito completo sobre o que os sobreviventes do Holocausto passaram. Depois de lhes ter sido roubado tudo, incluindo a sua dignidade e identidade, no seu regresso à vida, voltaram para as suas terras e descobriram que não tinham nada, que perderem casa e bens, familiares e amigos. Apenas recuperaram a sua identidade. Mas em quem se tornaram? Nos seus países ainda vigorava o anti-semitismo, eram constantemente humilhados e não lhes era fácil arranjar trabalho, tinham de viver da caridade daqueles que se compadeciam deles. Para além disso viviam assombrados com os fantasmas do passado, com a saudade, com os pesadelos, com o medo e com a culpa. A culpa de sobrevivência. Porque conseguiram elas sobreviverem enquanto milhares padeceram? Mais um testemunho muito importante que aconselho sem reservas. É duro mas com uma forte mensagem de homenagem à vida.