Nunca Te Esqueças das Flores
de Genki Kawamura; Tradução: Maria Ferro
Grátis
Sobre o livro
Quando uma mãe e um filho fecham um ciclo e nasce uma nova geração, o passado ganha vida e traz consigo os delicados fios das memórias perdidas.
Izumi vai ser pai e está tremendamente feliz. Há, porém, uma pequena nuvem que paira sobre esse sentimento: conseguirá ser um bom pai? E o que será isso - ser bom pai? Izumi cresceu só com a mãe, Yuriko, e a relação que têm, até hoje, é tão profunda, tão próxima, que é difícil encontrar palavras para a descrever. E é a mãe que o preocupa ainda mais, e faz a pequena nuvem multiplicar-se e tingir de cinzento o céu.
Na mesma altura em que descobre que vai ser pai, Yuriko manifesta os primeiros sintomas de Alzheimer e Izumi pensa que, de certa forma, vai deixar de ser filho. À medida que a doença avança, chega o dia em que a mãe não o reconhece, e Izumi sente que se reabre uma velha ferida: como esquecer o que aconteceu quando era ainda criança? Porque saiu a mãe de casa? Que ausência prolongada foi aquela e que memórias perdidas há por contar?
Numa história que junta a leveza e a melancolia japonesas na medida certa, o autor de Se os Gatos Desaparecessem do Mundo regressa com um romance que sublima a aparente simplicidade dos momentos mais íntimos da vida.
The Observer
«Uma história inesquecível sobre o nosso confronto com a mortalidade, reconhecermos os nossos erros e as escolhas que fazemos.»
The Herald
É certamente um dos livros mais comoventes e marcantes deste ano. Num retrato puro e duro de como o Alzheimer abala não só o doente mas toda a estrutura familiar. A história de Izumi que está prestes a ser pai quando descobre que a sua mãe, Yuriko se encontra doente. Com um passado controverso que minou a relação dos dois, Izumi tem pela frente o difícil caminho de também ele sobreviver a esta doença que nos afunda em solidão, que rouba as melhores memórias, que rasga a capacidade de sentir o amor que nos rodeia e de reconhecer quem mais nos ama. A doença que nos faz sentir impotentes e tristes por assistir a uma pessoa totalmente despejada de toda a sua essência e amor. E mais do que a doença, o livro retrata sobretudo o amor entre pai e filhos, resiliência e superação. ´´É perdendo um pouco de nós próprios que nos tornamos adultos.´´ ´´É provável que te esqueças. Todos nós nos esquecemos de muitas coisas ao longo do caminho. Não faz mal nenhum.´´