Notas de um Velho Nojento
de Charles Bukowski
Descubra mais VER +
Grátis
Sobre o livro
Notas de um velho nojento mostra-nos Bukowski como ele é (ou como ele queria que o leitor pensasse que ele era). É certo que os leitores de Bukowski sabem que a sua obra é o seu autor, mas nestes textos autobiográficos, publicados desde 1967 no jornal Open City, temos um Bukowski ainda mais inteiro, menos filtrado, mais visceral. Quase sempre bêbedo, quase sempre falido, quase sempre à procura de uma mulher, Bukowski calcorreia as ruas da América pobre e marginalizada, habitada por figuras como John Kerouac, William Burroughs e um sem fim de personagens à deriva.
Apontamentos crus e honestos que deixam o leitor à beira do desespero. Retratos implacáveis da outra cara do sonho americano. Instantâneos de uma vida desregrada e desolada, que sublinham a beleza e fragilidade do que andamos aqui a fazer.
É difícil sair desta leitura intocado. E quase impossível, se gostamos de Bukowski, não ficar a gostar ainda mais deste "velho nojento".
Bukowski não procurou ser outro que não ele próprio. Descreve o que vivencia sem floreados e sem omitir quaisquer pormenores por mais sórdidos ou vulgares que eles sejam, de tal forma que muitas vezes se torna cómico ler o que ele escreve, por mais degradante que seja aquilo que está a descrever. Para além disso é genial e debate com mestria temas profundos quando lhe apetece. Sem dúvida que foi um meio louco e meio génio como muitos dos maiores nomes da literatura também o foram.