Shusaku Endo
Biografia
Considerado um dos mais refinados escritores do século XX, Shusaku Endo (1923-1996) escreveu a partir da perspetiva fora do comum de ser japonês e católico. Nascido em Tóquio, foi batizado aos 12 anos, numa altura em que os cristãos representavam menos de 1% da população japonesa. Formou-se em Literatura Francesa, pela Universidade de Keio, e estudou durante algum tempo em Lyon como Bolseiro do governo japonês. O seu estilo de escrita tem sido sucessivamente comparado ao de Graham Greene, que aliás o considerava um dos maiores escritores do século XX. De entre as suas obras mais representativas, além de Rio Profundo, destacam-se também O Samurai e Silêncio, adaptado ao cinema por Martin Scorsese. Shusaku Endo foi galardoado com os mais importantes prémios literários do seu país – entre eles o Prémio Noma, atribuído a O Samurai –, e por diversas vezes apontado para o Prémio Nobel de Literatura.
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Rio Profundo
Entre um grupo de turistas japoneses que partiu para uma viagem à Índia, quem encontrará a paz e a regeneração da alma e do coração de que cada um tanto precisa?
Romancista católico, Endo escolheu deliberadamente os lugares sagrados de uma outra religião para melhor transmitir aquela que foi a sua derradeira mensagem: a de um Deus universal que aceita todos aqueles que sofrem.
Tudo se passa nas margens do Ganges, o rio sagrado da Índia, em torno de cinco japoneses que para aí convergem numa viagem que é tanto física quanto espiritual. Assombrados pelo seu passado, todos eles enfrentam uma ampla gama de dilemas morais e vão em busca de algo que perderam. Isobe, que chora a morte da mulher, procura um sinal da sua reencarnação.
Kiguchi, um sobrevivente dos horrores da guerra na selva da Birmânia, tem esperança de poder dar descanso às almas dos camaradas que viu morrer na Autoestrada da Morte. Numada, escritor de contos para crianças que se separou dos animais que amava e sobreviveu a uma doença grave, procura conforto junto da Natureza.
Mas o Ganges é também o local do reencontro de Otsu, um padre japonês rejeitado pelos seus irmãos católicos, e Mitsuko, a mulher que o seduziu nos seus tempos de estudante universitário e que o tentou arrancar à sua fé cristã.
Romancista católico, Endo escolheu deliberadamente os lugares sagrados de uma outra religião para melhor transmitir aquela que foi a sua derradeira mensagem: a de um Deus universal que aceita todos aqueles que sofrem.
Tudo se passa nas margens do Ganges, o rio sagrado da Índia, em torno de cinco japoneses que para aí convergem numa viagem que é tanto física quanto espiritual. Assombrados pelo seu passado, todos eles enfrentam uma ampla gama de dilemas morais e vão em busca de algo que perderam. Isobe, que chora a morte da mulher, procura um sinal da sua reencarnação.
Kiguchi, um sobrevivente dos horrores da guerra na selva da Birmânia, tem esperança de poder dar descanso às almas dos camaradas que viu morrer na Autoestrada da Morte. Numada, escritor de contos para crianças que se separou dos animais que amava e sobreviveu a uma doença grave, procura conforto junto da Natureza.
Mas o Ganges é também o local do reencontro de Otsu, um padre japonês rejeitado pelos seus irmãos católicos, e Mitsuko, a mulher que o seduziu nos seus tempos de estudante universitário e que o tentou arrancar à sua fé cristã.