As Bruxas de Salém
de Arthur Miller
Sobre o livro
"As Bruxas de Salém foi um acto de desespero." Nestas palavras, Arthur Miller sinaliza o paralelo que com esta peça quis traçar entre dois períodos negros de caça às bruxas na América: o do julgamento de homens e mulheres acusados de bruxaria na pequena comunidade de Salém, em 1692, e o do macarthismo, nos anos 1950, de que também foi vítima.
Do seu epicentro - um fascínio primevo pela paranóia, que sacrifica indivíduos na sua fúria colectiva - alastra o medo, a força que a atravessa. A angústia das personagens sobrevém de não terem palavras para dizer a sua verdade, até mesmo na mais pura intimidade.
A honra e o nome incandescem na prova de fogo do processo judicial: "Como posso eu viver sem o meu nome?", pergunta John Proctor. Puritanismo, manipulação política, vingança privada, delação, culpa - achas que ardem no cadinho desta peça.