Jean Genet
Biografia
Filho ilegítimo e abandonado pelos pais, Jean Genet nasceu em Paris a 19 de dezembro de 1910.
Com apenas 10 anos foi acusado de roubo e levado para uma instituição destinada a jovens delinquentes. Apesar de inocente, Genet decidiu, devido à falsa acusação, tornar-se ladrão. Assim, passou grande parte da infância e da juventude em instituições para delinquentes, tendo vindo a desenvolver uma crença própria: endurecer-se contra a dor e repudiar um mundo que não o aceitava.
Na década de 1930, Genet viveu em vários países europeus como ladrão, até que, em 1943, depois de ter cumprido uma pena de prisão por roubo, começou a escrever. As suas peças transmitem as suas experiências na prisão, abordando temas como a prostituição, o roubo e a homossexualidade.
Enquanto dramaturgo, Genet tornou-se uma voz importante do teatro do absurdo. A sua obra inclui também vários romances e argumentos de filmes. Morreu no dia 15 de abril de 1986.
Com apenas 10 anos foi acusado de roubo e levado para uma instituição destinada a jovens delinquentes. Apesar de inocente, Genet decidiu, devido à falsa acusação, tornar-se ladrão. Assim, passou grande parte da infância e da juventude em instituições para delinquentes, tendo vindo a desenvolver uma crença própria: endurecer-se contra a dor e repudiar um mundo que não o aceitava.
Na década de 1930, Genet viveu em vários países europeus como ladrão, até que, em 1943, depois de ter cumprido uma pena de prisão por roubo, começou a escrever. As suas peças transmitem as suas experiências na prisão, abordando temas como a prostituição, o roubo e a homossexualidade.
Enquanto dramaturgo, Genet tornou-se uma voz importante do teatro do absurdo. A sua obra inclui também vários romances e argumentos de filmes. Morreu no dia 15 de abril de 1986.
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As Criadas
Obra primeira, inaugural do transbordar de variantes na escrita dramática de Genet, As Criadas (1947) trata de um delito - cismado, sonhado, ritualizado como uma missa negra. Duas criadas irmãs congeminam o homicídio da sua patroa, entregando-se a uma espiral de jogos de representação, espaço cerimonial de um sacrifício.
Em 2016, instigada pelo encenador Simão do Vale Africano, Luísa Costa Gomes traduziu pela primeira vez em Portugal a versão Genet, aqui publicada, que difere da chamada versão Louis Jouvet, o texto da primeira encenação d’As Criadas, tornado canónico nas inúmeras representações da mais representada das peças do dramaturgo francês.
Conta Genet que, na altura da estreia, um crítico de teatro fez notar que as verdadeiras criadas não falam como as da sua peça. "Pretendo o contrário", replicou. "Porque se eu fosse criada falaria como elas. Em determinadas noites. Porque as criadas só falam assim em determinadas noites."
Em 2016, instigada pelo encenador Simão do Vale Africano, Luísa Costa Gomes traduziu pela primeira vez em Portugal a versão Genet, aqui publicada, que difere da chamada versão Louis Jouvet, o texto da primeira encenação d’As Criadas, tornado canónico nas inúmeras representações da mais representada das peças do dramaturgo francês.
Conta Genet que, na altura da estreia, um crítico de teatro fez notar que as verdadeiras criadas não falam como as da sua peça. "Pretendo o contrário", replicou. "Porque se eu fosse criada falaria como elas. Em determinadas noites. Porque as criadas só falam assim em determinadas noites."