Roberto Bolaño
Biografia
Roberto Bolaño nasceu em 1953, em Santiago do Chile. Aos quinze anos mudou-se com a família para a Cidade do México. Durante a adolescência leu vorazmente e escreveu poesia. Fundou com amigos o Infrarrealismo, um movimento literário punk-surrealista, que consistia na «provocação e no apelo às armas» contra o establishment das letras latino-americanas. Nos anos setenta, Bolaño vagabundeou pela Europa, após o que se instalou em Espanha, na Costa Brava, com a mulher e os filhos. Aí, dedicou os últimos dez anos da sua vida à escrita. Fê-lo febrilmente, com urgência, até à morte (em Barcelona, em julho de 2003), aos cinquenta anos. A sua herança literária é de uma grandeza ímpar, sendo considerado o mais importante escritor latino-americano da sua geração – e da atualidade. Entre outros prémios, como o Rómulo Gallegos ou o Herralde, Roberto Bolaño já não pôde receber o prestigiado National Book Critics Circle Award, o da Fundación Lara, o Salambó, o Ciudad de Barcelona, o Santiago de Chile e o Altazor, todos atribuídos a 2666, unanimemente considerado, juntamente com Os Detetives Selvagens, o maior fenómeno literário das últimas décadas.
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Poesia Completa
Finalista Prémio Livro do Ano Bertrand 2023 – Poesia
Apesar de ser autor de algumas das mais marcantes obras de ficção do nosso tempo, como Os Detetives Selvagens ou o monumental 2666, Roberto Bolaño cultivava a poesia como uma forma de arte superior: «A poesia é mais corajosa do que ninguém.» A sua obra confirma o dom de Bolaño para associar registos completamente diferentes, reunindo poemas escritos em prosa, histórias em verso e outros fragmentos que dificilmente podem ser catalogados num ou noutro campo. Para Bolaño, poesia e prosa não são duas, mas muitas coisas sempre em movimento, alterando a sua identidade e a forma como a literatura ilumina a nossa vida - e explica parte da sua própria biografia.
Aliás, muitos dos seus poemas são profundamente autobiográficos e - como a generalidade da sua ficção - estão cheios de poetas e artistas famintos, errantes, em cenas de pugilato, loucos por sexo, magoados, egocêntricos, mergulhados na noite, à beira da penúria, literatos corruptos ou canções que nunca foram escritas. É um mundo interminável, belo e terrível.
Apesar de ser autor de algumas das mais marcantes obras de ficção do nosso tempo, como Os Detetives Selvagens ou o monumental 2666, Roberto Bolaño cultivava a poesia como uma forma de arte superior: «A poesia é mais corajosa do que ninguém.» A sua obra confirma o dom de Bolaño para associar registos completamente diferentes, reunindo poemas escritos em prosa, histórias em verso e outros fragmentos que dificilmente podem ser catalogados num ou noutro campo. Para Bolaño, poesia e prosa não são duas, mas muitas coisas sempre em movimento, alterando a sua identidade e a forma como a literatura ilumina a nossa vida - e explica parte da sua própria biografia.
Aliás, muitos dos seus poemas são profundamente autobiográficos e - como a generalidade da sua ficção - estão cheios de poetas e artistas famintos, errantes, em cenas de pugilato, loucos por sexo, magoados, egocêntricos, mergulhados na noite, à beira da penúria, literatos corruptos ou canções que nunca foram escritas. É um mundo interminável, belo e terrível.
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