Ondjaki
Biografia
Ondjaki nasceu em Luanda em 1977. Prosador. Às vezes poeta. É membro da União dos Escritores Angolanos. Está traduzido em francês, espanhol, italiano, alemão, inglês, sérvio, swahili e polaco. Prémio Literário Sagrada Esperança 2004 (Angola) e Prémio Literário António Paulouro 2004; Grande Prémio de Conto «Camilo Castelo Branco» C. M. de Vila Nova de Famalicão/APE 2007, com os da minha rua; o Grinzane for Africa Prize – Young Writer 2008 (pelo conjunto da obra); Prémio FNLIJ (Brasil 2010, 2013 e 2014); prémio JABUTI (Brasil 2010), na categoria Juvenil, com AvóDezanove e o segredo do soviético (romance); e o Prémio Bissaya Barreto de Literatura para a Infância, 2012, com a bicicleta que tinha bigodes. Em 2013, com os transparentes, ganhou o Prémio José Saramago.
Vence o prémio Literário Vergílio Ferreira 2023 da Universidade de Évora. O júri, que decidiu a atribuição por unanimidade, destacou "o contributo que Ondjaki faz para que a língua portuguesa seja língua de reconciliação e mesmo de consciência crítica para todos os falantes de português".
Vence o prémio Literário Vergílio Ferreira 2023 da Universidade de Évora. O júri, que decidiu a atribuição por unanimidade, destacou "o contributo que Ondjaki faz para que a língua portuguesa seja língua de reconciliação e mesmo de consciência crítica para todos os falantes de português".
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O Assobiador
Inclui cartas entre o autor e Ana Paula Tavares, bem como alguns pensamentos em forma de poemas dos personagens.
A infinitude do alcance daquele assobio resultava, certamente, de um também enorme conhecimento metafísico da arte de assobiar, que mexesse não só com o ouvido das pessoas, mas alcançasse, de modo incisivo, a profundidade das suas almas, o recôndito canto onde cada um escondia as suas coisas - essa assustadora gruta a que muitos chamam âmago do ser.
As pessoas boquiabertavam-se, incapazes dos mínimos movimentos, comentários, vivências conscientes. Num tom menos exaltado mas com a mesma capacidade hipnotizante, cada um naquela praça sentiu uma mão invisível e assobiada entrar-lhe pela boca adentro, arranhando a garganta da alma, revolvendo as mais delicadas vísceras do passado. em verdade, era um momento quase bruto, delicadamente bruto.
A infinitude do alcance daquele assobio resultava, certamente, de um também enorme conhecimento metafísico da arte de assobiar, que mexesse não só com o ouvido das pessoas, mas alcançasse, de modo incisivo, a profundidade das suas almas, o recôndito canto onde cada um escondia as suas coisas - essa assustadora gruta a que muitos chamam âmago do ser.
As pessoas boquiabertavam-se, incapazes dos mínimos movimentos, comentários, vivências conscientes. Num tom menos exaltado mas com a mesma capacidade hipnotizante, cada um naquela praça sentiu uma mão invisível e assobiada entrar-lhe pela boca adentro, arranhando a garganta da alma, revolvendo as mais delicadas vísceras do passado. em verdade, era um momento quase bruto, delicadamente bruto.
bibliografia
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