Kingsley Amis
Biografia
Escritor inglês, Sir Kingsley Amis nasceu em 1922, em Londres, no seio de uma família da classe média baixa, da qual ascendeu sobretudo graças à sua força de vontade. Estudou na City of London School e no St. Jonh's College, em Oxford.
Após ter cumprido o serviço militar no Royal Corps of Signals, Amis completou os seus estudos universitários e trabalhou como Leitor de Inglês na University College of Swansea (1948-1961), em Cambridge (1961-63), e nos Estados Unidos da América, não sem terem decorrido cerca de vinte anos de carreira antes de poder subsistir como escritor a tempo inteiro.
Homem de astúcia e génio ousado, ganhou a reputação de boémio, bebedor e grande frequentador dos Clubs ingleses. Um radical enquanto jovem adulto, Amis tornou-se posteriormente conhecido pela sua crítica conservadora da vida e costumes seus contemporâneos.
O seu talento viria a manifestar-se em diversos géneros literários. À altura da sua morte, com 73 anos de idade, Amis havia publicado dezenas de volumes de poesia, contos, coletâneas de ensaios e de crítica, mas foi principalmente como romancista que se destacou. A sua obra mais conhecida é o seu romance de estreia, Lucky Jim (1954), no qual o protagonista é o anti-herói Jim Dixon, que viria a reaparecer em That Uncertain Feeling, publicado em 1956, e filmado em 1962 com a presença de Peter Sellers, e I Like It Here (1958), de cariz xenofóbico e cuja ação decorre em Portugal.
Amis era grande apreciador de romances policiais e de ficção científica. Após a morte de Ian Fleming, em 1964, escreveu uma aventura de James Bond, Colonel Sun (1968), e um estudo sobre o espião mundialmente famoso, The James Bond Dossier (1965). Publicou também policiais, o estudo crítico Rudyard Kipling And His World (1975), Memoirs (1990) e The King's English, uma série de pequenos ensaios sobre a arte de bem escrever. Dedicou também algumas obras ao álcool, On Drink (1972), How's Your Glass (1984) e Everyday Drinking (1983). As grandes desilusões do escritor, que se desenrolaram em azedume em algum do seu trabalho mais tardio, podem ser notadas em Wasted (1973). O seu último romance, inacabado, Black and White, fala-nos de uma atração entre um homem homossexual branco e uma mulher heterossexual negra.
Em 1986 foi galardoado com o Booker Prize pelo título The Old Devils e, em 1990, armado cavaleiro. É pai do autor Martin Amis.
Após ter cumprido o serviço militar no Royal Corps of Signals, Amis completou os seus estudos universitários e trabalhou como Leitor de Inglês na University College of Swansea (1948-1961), em Cambridge (1961-63), e nos Estados Unidos da América, não sem terem decorrido cerca de vinte anos de carreira antes de poder subsistir como escritor a tempo inteiro.
Homem de astúcia e génio ousado, ganhou a reputação de boémio, bebedor e grande frequentador dos Clubs ingleses. Um radical enquanto jovem adulto, Amis tornou-se posteriormente conhecido pela sua crítica conservadora da vida e costumes seus contemporâneos.
O seu talento viria a manifestar-se em diversos géneros literários. À altura da sua morte, com 73 anos de idade, Amis havia publicado dezenas de volumes de poesia, contos, coletâneas de ensaios e de crítica, mas foi principalmente como romancista que se destacou. A sua obra mais conhecida é o seu romance de estreia, Lucky Jim (1954), no qual o protagonista é o anti-herói Jim Dixon, que viria a reaparecer em That Uncertain Feeling, publicado em 1956, e filmado em 1962 com a presença de Peter Sellers, e I Like It Here (1958), de cariz xenofóbico e cuja ação decorre em Portugal.
Amis era grande apreciador de romances policiais e de ficção científica. Após a morte de Ian Fleming, em 1964, escreveu uma aventura de James Bond, Colonel Sun (1968), e um estudo sobre o espião mundialmente famoso, The James Bond Dossier (1965). Publicou também policiais, o estudo crítico Rudyard Kipling And His World (1975), Memoirs (1990) e The King's English, uma série de pequenos ensaios sobre a arte de bem escrever. Dedicou também algumas obras ao álcool, On Drink (1972), How's Your Glass (1984) e Everyday Drinking (1983). As grandes desilusões do escritor, que se desenrolaram em azedume em algum do seu trabalho mais tardio, podem ser notadas em Wasted (1973). O seu último romance, inacabado, Black and White, fala-nos de uma atração entre um homem homossexual branco e uma mulher heterossexual negra.
Em 1986 foi galardoado com o Booker Prize pelo título The Old Devils e, em 1990, armado cavaleiro. É pai do autor Martin Amis.
partilhar
Em destaque VER +
O Homem Verde
Como compete a todas as boas estalagens inglesas, situadas nas antigas rotas das carruagens, a pousada do Homem Verde, no Hertfordshire, pode gabar-se de ter um fantasma residente, embora reformado. Trata-se do Dr. Thomas Underhill, um notório praticante de magia negra e de perversões sexuais do século xvii, o qual, segundo consta, terá assassinado a mulher.
O proprietário da estalagem, Maurice Allington (personagem central que nos faz lembrar o memorável Basil de «Faulty Towers»), é a única testemunha do renascimento do sinistro Underhill. Movido pela curiosidade e pelo desejo extremo de demonstrar a sua sanidade mental, Maurice descobre a chave dos satânicos segredos de Underhill. Mas Maurice vive obcecado pela morte e pelo declínio físico, bebe desalmada e ininterruptamente e começa a perder o controlo sobre tudo: da relação com a mulher, da filha adolescente, dos seus empregados e, sobretudo, do seu forte apetite sexual que o faz atirar-se para uma ligação adúltera - com um desfecho totalmente imprevisível.
O Homem Verde é uma história de fantasmas e uma comédia sexual que nos mostra que a única maneira de resistir a uma vida cinzenta chata e cinzenta é sermos loucos e imaginativos.
O proprietário da estalagem, Maurice Allington (personagem central que nos faz lembrar o memorável Basil de «Faulty Towers»), é a única testemunha do renascimento do sinistro Underhill. Movido pela curiosidade e pelo desejo extremo de demonstrar a sua sanidade mental, Maurice descobre a chave dos satânicos segredos de Underhill. Mas Maurice vive obcecado pela morte e pelo declínio físico, bebe desalmada e ininterruptamente e começa a perder o controlo sobre tudo: da relação com a mulher, da filha adolescente, dos seus empregados e, sobretudo, do seu forte apetite sexual que o faz atirar-se para uma ligação adúltera - com um desfecho totalmente imprevisível.
O Homem Verde é uma história de fantasmas e uma comédia sexual que nos mostra que a única maneira de resistir a uma vida cinzenta chata e cinzenta é sermos loucos e imaginativos.